As Diferentes substratos na produção de rúcula
Por: karinactonon • 7/8/2018 • Seminário • 2.006 Palavras (9 Páginas) • 349 Visualizações
INTRODUÇÃO
A rúcula (Eruca sativa) é pertencente à família Brassicaceae e procedente de áreas do Mediterrâneo e da Ásia Ocidental. Produz folhas muito apreciadas na forma de salada, sendo a mais rica em ferro dentre as demais hortaliças. A cultivar usualmente plantada é a cultivada, que produz plantas vigorosas, com folhas alongadas e de limbo profundamente recortado, de coloração verde-escura e sabor picante (Filgueira, 2003). É uma planta anual, de porte baixo, com folhas relativamente espessas e divididas. Em boas condições culturais e de pleno desenvolvimento, antes de iniciar a formação da haste floral, a planta apresenta-se com altura média de 12 cm (Filgueira, 2003). Apesar de produzir melhor sob temperaturas amenas (20 a 25 ˚C), a rúcula tem sido cultivada ao longo do ano em numerosas regiões do país (Embrapa, 2006).
O início da colheita que, em geral, ocorre 40-60 dias após o plantio, sob temperatura elevada, antecipa-se em razão da emissão prematura do pendão floral e, consequentemente, as folhas tornam-se menores e fibrosas, logo, a produção de mudas com substratos de qualidade, torna-se capaz de oferecer um aporte nutricional e, consequentemente, maior produção de biomassa vegetal e poderá favorecer o rendimento desta cultura sobre condições adversas (Silva, 2009).
Para o bom desenvolvimento de qualquer cultura, é de fundamental importância a utilização de sementes e mudas de boa qualidade (Silva, 2009).
A característica do substrato utilizado na produção de mudas é de fundamental importância no crescimento e desenvolvimento inicial da planta e na definição de seu potencial produtivo. Esse fato se justifica, pois quando se produzem mudas dentro de um recipiente, o crescimento do sistema radicular e a absorção de nutrientes, ao contrário do que ocorre no campo, ficam restritos ao volume do material (substrato) contido no interior do recipiente utilizado. Por essa razão, a condição química do substrato deve ser tal que seja capaz de promover o fornecimento de nutrientes à planta, sem que ocorra deficiência de qualquer elemento essencial a seu crescimento (Moreira, 2005).
Um bom substrato proporciona retenção de água suficiente para germinação, através da porosidade adequada, além de permitir a emergência das plântulas, conjuntamente com atributos de boa aeração para permitir a difusão de oxigênio para as raízes, baixa resistência à penetração das raízes e boa resistência à perda de estrutura, além de apresentar disponibilidade de aquisição e transporte, ausência de patógenos, riqueza em nutrientes essenciais, pH adequado, textura leve-média e estrutura com agregados estáveis (Silva et al., 2001).
Palavras chave: substrato, rúcula, mudas.
JUSTIFICATIVA
Este trabalho visa a utilização alternativa de substratos procedentes de matérias primas de fácil obtenção pelo agricultor. O aproveitamento desses substratos alternativos disponíveis nas propriedades rurais ou próximos a elas, na produção de mudas, constitui-se numa fonte de nutriente economicamente importante, por reduzir os custos decorrentes da aquisição de adubos químicos para este fim.
OBJETIVO
Neste trabalho, objetivou-se avaliar o efeito dos diferentes tipos de substratos na produção de biomassa vegetal em mudas de Rúcula, através dos pesos de massa úmida e massa seca e o desenvolvimento da raiz, através da medição do comprimento de raiz.
REVISÃO DE LITERATURA
O uso de substratos na produção de diversas espécies de hortaliças vem sendo muito estudado devido a presença de inúmeros tipos de substratos e combinações entre eles. Como exemplo, o estudo de Freitas et al. (2013) teve como objetivo avaliar a produção de mudas de alface em função de diferentes combinações de substratos. O experimento foi implantado seguindo um delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os 20 tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 4x5; sendo o primeiro fator constituído por quatro substratos (PlantHort I, PlantHort II, PlantHort III e substrato comercial Plantmax®) e o segundo constituído de cinco níveis de casca de arroz carbonizada (0; 25; 50; 75; 100%). Foi utilizada a cultivar de alface Elba (Lactuca sativa L.). As sementes foram semeadas nos diferentes substratos contidos em bandejas de poliestireno expandido, com 128 células, na profundidade 0,5 cm. Os indicadores avaliados foram: Altura de Plantas (AP), Diâmetrodo Colo (DC), Número de Folhas (NF); Massa Seca Foliar (MSF), Massa Seca Caulinar (MSC), Massa Seca Radicular (MSR), Comprimento de Raiz (CR), Condutividade Elétrica (CE), pH e Índice de Qualidade do Desenvolvimento (IQD). Os dados obtidos foram submetidos à análise de regressão, avaliando a significância dos betas e dos coeficientes de determinação. O aumento da porcentagem de casca de arroz carbonizada nos substratos avaliados apresentou comportamentos semelhantes em todas as características avaliadas. Os substratos PlantHort I, PlantHort II, PlantHort III considerados alternativos, independentemente da proporção adicionada de casca de arroz carbonizada proporcionaram maiores crescimentos em relação ao substrato comercial Plantmax®. Outro estudo realizado por Gomes et al (2008) que teve o mesmo método de avaliação, utilizou misturas de casca de arroz carbonizada e húmus de minhoca com diferentes doses de SulPoMag®, Como testemunha utilizou-se o substrato comercial Bioplant® que juntamente ao tratamento 1 apresentaram maiores valores de massa fresca e massa seca da parte aérea. Para o mesmo parâmetro avaliado, os outros tratamentos, independentemente das doses de SulPoMag®, não diferiram entre si, à exceção do tratamento 3, que foi semelhante ao tratamento 1 e ao substrato comercial. O aumento das doses de SulPoMag® resultou em uma elevação da condutividade elétrica para todos os tratamentos de forma linear. A produção de mudas de alface semelhante àquela obtida com o substrato comercial é viável, utilizando-se matéria prima obtida na propriedade. Porém, a produção de massa fresca da parte aérea foi afetada negativamente pela adição de SulPoMag® ao substrato.
Viggiano et al (2012) avaliou o efeito de subproduto do processo de produção de Pochonia chlamydosporia var. chlamydosporia no desenvolvimento de mudas e plantas de alface. Esse subproduto, um resíduo constituído de arroz que continha propágulos do fungo, foi adicionado em diferentes concentrações (0, 2 e 4% volume de resíduo) a três tipos de
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