Produtividade de frango
Tese: Produtividade de frango. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: MILAAAEU • 4/12/2014 • Tese • 507 Palavras (3 Páginas) • 364 Visualizações
AVALIAÇÃO lI
Era uma vez um granjeiro que criava galinhas. Era um granjeiro incomum, intelectual e progressista. Estudou
administração para que sua granja funcionasse cientificamente. Não satisfeito, doutorou-se em criação de galinhas. No
curso de administração aprendeu que em um negócio o essencial é a produtividade. O improdutivo dá prejuízo; deve,
portanto, ser eliminado. Aplicado á criação de galinhas, o princípio se traduz assim: Galinha que não bota ovo, não vale a
ração que come. Não pode ocupar espaço no galinheiro. Logo, deve ser transformada em cubinhos de caldo de galinha. Para
garantir a qualidade total de sua granja, o granjeiro estabeleceu um rigoroso sistema de controle da produtividade.
Produtividade de galinhas é um conceito matemático que se obtém dividindo o número de ovos botados pela unidade de
tempo escolhida. Galinhas cujos índices de produtividade fossem iguais ou superiores a 250 ovos por ano podiam continuar
a viver na granja como galinhas poedeiras. O granjeiro estabeleceu inclusive um sistema de mérito galináceo: As galinhas
que botavam mais ovos recebiam mais ração. As galinhas cuja produtividade fosse igual ou inferior a 249 ovos por ano não
tinham mérito algum e eram transformadas em cubinhos de caldo de galinha. Porém, conviviam com as galinhas poedeiras,
galináceos peculiares que se caracterizavam por um hábito curioso. Em intervalos regulares e sem razão aparente, esticavam
os pescoços, abriam os bicos e emitiam um ruído estridente. Ato contínuo: subiam nas costas das galinhas, seguravam-nas
pelas cristas com o bico e as obrigavam a se agachar. Consultados os relatórios de produtividade, o granjeiro verificou que
isso era tudo o que os galos (esse era o nome daquelas aves) faziam. Ovos, mesmo, nunca em toda história da granja
nenhum deles havia botado. O granjeiro lembrou-se das lições que aprendera na escola e ordenou que todos os galos fossem
transformados em cubinhos. As galinhas continuavam a botar os ovos como sempre haviam botado: Os números escritos
nos relatórios não deixavam margens de dúvidas. Mas, uma coisa estranha começou a acontecer. Antes, os ovos eram
colocados em chocadeiras: Ao final de 21 dias, quebravam-se e de dentro deles saiam pintinhos vivos. Agora, os ovos das
mesmas galinhas, depois de 21 dias, não se quebravam. Ficavam lá, inertes. Deles não saíam pintinho. Se ali continuassem
por muito tempo, estourariam e, de dentro deles sairia um cheiro de coisa podre. Coisa morta. Aí o granjeiro científico
aprendeu duas coisas: Primeiro o que importa não é a quantidade dos ovos, é o que tem dentro deles.
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