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REFERENCIAL TEÓRICO COMUNICAÇÃO RURAL

Por:   •  11/6/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.001 Palavras (5 Páginas)  •  221 Visualizações

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Referencial Teórico Comunicação e Extensão Rural

        

        A comunicação surge desde a era dos primatas, onde os mesmos viram a necessidade de se comunicar, tendo em vista que estes já viviam em grupos. O meio de comunicação usado na época eram as pinturas em rochas, onde essa era forma de expressar os seus sentimentos, pensamentos e história. Assim, a comunicação começou a evoluir, surgindo posteriormente, além da linguagem falada, outras formas de comunicação como a escrita, o alfabeto e logo depois, os tipos móveis de impressão, onde multiplicou o poder da comunicação. (SEGER, et al. 2016).

        As questões relacionadas a Comunicação Rural começam a surgir em meados da Segunda Guerra Mundial (1945), onde os Estados Unidos ver a necessidade de ampliar a concepção de crescimento agrícola, tendo em vista que a população necessitava de melhores condições de vida ou pelo menos de condições mínimas de sobrevivência. Daí, a agricultura volta a ser um dos fatores importantes no desenvolvimento econômico no mundo. Em vista disto, a Comunicação Rural no Brasil surge em 1950, coincidentemente com a Extensão Rural, com o objetivo de transmitir as novas informações tecnológicas que surgiram a partir da necessidade citada anteriormente. (LUCENA, et al, LEITE 2014).

        Segundo Braga (1993), em síntese, a comunicação rural é um processo de transmissão de mensagens informativas, motivacionais ou aprendizagem, ligadas pelos diversos setores envolvidos, com o fim de facilitar sua ação recíproca e fazer mais consciente, organizada e efetiva sua participação no desenvolvimento rural.

        Bordenave (1983), com relação à comunicação rural, afirma que é importante escolher a opção pedagógica empregada na aprendizagem de novas tecnologias pelos agricultores. Para o autor, enquanto a comunicação difusionista e motivadora consistem em eterna dependência do agricultor com relação ao extensionista a comunicação dialógica e colaborativa prepara o agricultor para propor soluções adequadas para suas condições, associadas com as sugestões do extensionista. (apud, SILVA 2014, p. 3)

        A assistência técnica e a extensão rural (Ater), “são serviços de importância fundamental no processo de desenvolvimento rural e da atividade agropecuária”, (PEIXOTO, 2008) e se fazem de grande importância também no processo de transformação social dos indivíduos nela envolvidos. Para isso, é necessário que os envolvidos trabalhem em conjunto, e que a consciência de desenvolvimento comece primeiramente em cada um. De acordo com LANDINI (2015, apud THORNTON, 2006), “no Brasil, a Ater surgiu no final dos anos 40, a partir da implementação de diferentes iniciativas pontuais”.

        “A Extensão Rural trata da difusão, propagação do conhecimento por meios e métodos extraescolares, a exemplo de encontros, reuniões, oficinas, cursos, seminários, no contato direto com os agricultores, em seus lares e comunidades” (CELINA, 2011). Sendo um processo continuo, onde o conhecimento é obtido através de estudos e pesquisas e dos conhecimentos empíricos por parte dos agricultores, havendo uma troca de saberes.

        De acordo com LIMA et al. (2014) “atualmente, a extensão rural está pautada em modelos de comunicação com os enfoques dialógico e participativo, objetivando a participação dos atores sociais envolvidos no processo de desenvolvimento rural”. Sendo assim o extensionista assume um papel de educador e de agente de mudanças, estando presente, levando inovações, ajudando o agricultor desde a parte burocrática até a comercialização de seus produtos, etc.

        As ações da Ater, tem um caráter ainda muito importante no desenvolvimento social, pois devem promover uma visão holística (que compreenda os processos socioeconômicos em sua relação com o ambiente), não permitindo transformar a natureza em mercadoria, pois há uma forte interação do homem com a mesma. Mas para que essa consciência ocorra é preciso haver um desenvolvimento econômico das comunidades e buscar isso de forma criativa aproveitando os recursos e tecnologias e ao mesmo tempo preservando. Conforme ressalta CELINA (2011), “a condição de cidadão não será plenamente conquistada e usufruída sem consciência ecológica e sem melhoria das condições de vida das comunidades e famílias rurais. Tudo está interligado... literalmente!”.

        É preciso ainda segundo SILIPRANDI (2002), “estimular dinâmicas de participação ativa das populações, através de diagnósticos e planejamentos em conjunto; estimular parcerias em todos os níveis; respeitar as diferenças de gênero, de culturas, de grupos de interesses; buscar a inclusão social; etc.” Para consolidar as mudanças e o desenvolvimento econômico e social, os extensionistas devem estar preparados para agir, tanto como mediadores dessas mudanças como transmissores de conhecimentos.

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