RESENHA : “AGRICULTURA FAMILIAR E CAMPESINATO: RUPTURAS E CONTINUIDADES”
Por: Karol Montagnini • 16/3/2021 • Resenha • 840 Palavras (4 Páginas) • 498 Visualizações
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Universidade Federal de São Carlos
Campus Lagoa do Sino Centro de Ciências da Natureza
Engenharia Agronômica
RESENHA : “AGRICULTURA FAMILIAR E CAMPESINATO: RUPTURAS E CONTINUIDADES”
Karol Montagnini de Oliveira RA: 772140
BURI (SP)
2021
"Agricultura familiar e campesinato: rupturas e continuidade" é um artigo escrito por Maria de Nazareth Baudel Wanderley cujo objetivo principal é debater o processo da modernização da agricultura e o impacto que ocorreu através da adaptação do camponês para a agricultura familiar. A autora nos faz refletir sobre questões como o fato do camponês deixar de utilizar apenas seus costumes passados de geração em geração para então passar a utilizar novas tecnologias que possam facilitar o seu processo de produção possibilitando que se mantenha ativo no mercado, que normalmente visa alta produção e maior capital de giro.
A autora também remete a adaptações feitas pelos agricultores familiares que ainda mantém sua forma camponesa do passado, como por exemplo, a produção orgânica que visa a não utilização de agrotóxicos bem como o respeito à natureza. Além desses fatores a autora trás a tona diversos aspectos e argumentos capazes de nos fazer repensar como foi o processo de adaptação e continuidade da agricultura familiar.
A agricultura brasileira passou por diversas etapas até hoje, uma delas foi à modernização da agricultura datada em meados dos anos 70, essa modernização tinha como base a produtividade e o capital, fazendo uso intensivo de altos insumos tecnológicos.
Dessa forma, o campesinato acabou sendo mitigado pelas novas tecnologias, pois seus métodos de produção era em menor escala de produtividade comparada a agricultura modernizada onde a priorização era em relação a monocultura e o latifúndio das maiores propriedades.
A agricultura familiar veio como o camponês que trazia a sua essência de geração em geração, porém que teve de se adaptar ás novas tecnologias vindas da modernização da agricultura, sendo assim eles passaram a ser chamados de agricultores 'consolidados'. Através do PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) o agricultor familiar passou a ter maior acesso para a modernização através do apoio do programa, onde passou a se inserir no mercado novamente.
Quanto mais perto da modernização chega o agricultor familiar mais longe ele fica de sua essência e de seus costumes, dessa forma apesar da adaptação muitas vezes eles vivem conforme o campesinato, onde além de trabalhar e gerar renda ele tira a comida que consome da sua própria terra.
Com a concentração fundiária ocorrida por conta da distribuição de terras desiguais os agricultores familiares acabaram detendo de uma menor quantidade de terras, o que gerou a necessidade de estudos e tecnologias voltamos em maior quantidade de produção em menor espaço de terra, esse fato fez com que se agravassem questões de má utilização de agrotóxicos, gerando assim problemas sociais e ambientais.
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