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Resenha industrialização e urbanização da Agricultura

Por:   •  15/4/2021  •  Resenha  •  1.325 Palavras (6 Páginas)  •  325 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA DO TEXTO: A Industrialização e a Urbanização da Agricultura Brasileira de José Graziano da Silva

Professor: Marcelo Duncan

Aluno: Fabrício R. M. Dias

INTRODUÇÃO

O processo de Industrialização foi ao longo da história, um dos principais causadores de transformação geopolítica nas sociedades, que se manifesta em ritmos e períodos diferentes. Nesse sentido, a obra analisada oferece elementos para a compreensão do processo de Industrialização e Urbanização da Agricultura Brasileira, sendo este diretamente relacionado a grandes mudanças no campo e nas cidades.

A relação entre Industrialização e urbanização se dá no fato de que a tecnificação alavancada pela industrialização induz a dinamizar as sociedades e atua no sentido de modernizá-las levando-se em conta que esse não é o único fator responsável por isso. Ampliam-se os chamados fatores atrativos das cidades, que atraem os migrantes advindos do campo.

Todo esse processo é relativamente recente no Brasil, década de 70 início de 80 teve seu ápice, onde através de incentivos governamentais, se deu a integração Inter setorial de três segmentos, a indústria que produzia para o Agro, a Agricultura propriamente dita, e as Indústria processadoras.

Com tudo isso se deu uma corrida de interesses políticos e monetários, surge uma elite agrária, abastada e com um grande apetite por poder, e com visões distintas da elite urbana. Muda-se a relação com a terra, muda também a relação de trabalho com o homem do campo, que por vezes até permanece dono da terra, mas perde o “controle” para as grandes Agroindústrias incorporadoras, visto que mantém uma relação de assalariado com o produtor e exige metas a serem cumpridas para isso.

A Industrialização e a Urbanização da Agricultura Brasileira

Na publicação de José Graziano da Silva, o autor chama a atenção para o processo de industrialização da agricultura brasileira, este é relativamente recente, com aproximadamente 60 anos, está baseado em três elementos básicos: As indústrias que produzem para a agricultura, a agricultura moderna e as agroindústrias, sendo todos os três elementos amplamente subsidiados pelo governo. Tendo a explosão desse fenômeno no início dos anos 80.

Toda essa integração técnica financiada trouxe grandes mudanças na concentração de capital aplicado no campo, ampliando propriedades e de certa forma a relação com a política.

A agricultura no Brasil vem se tornando, desde então, cada vez mais uma estrutura complexa, percebendo-se uma burguesia agrária, distinta da burguesia nacional, os grandes capitais passam a ter uma face agrária.

O estado perde o controle do segmento agrário e só consegue manter algum, através de política cambial e monetária, refletindo na própria composição do estado, visto as atuais bancadas políticas do nosso país, resultando em polarização política.

As tendências nas relações sociais não se mostram tão claras como as apontadas para as estruturas produtivas, a reforma agrária mais do que nunca se mostra atravancada por interesses políticos e o pequeno produtor é deixado à própria sorte.

Essas Tendências vêm se acentuando ano a ano, e quanto a proletarização, espera-se a continuidade dessa relação de trabalho assalariada através da expropriação dos trabalhadores de que vivem de suas terras, e também o crescimento de mão de obra assalariada permanente em relação aos temporários.

Falando-se de campesinato, desenha-se uma polarização crescente: de um lado perda do papel produtivo, de outro a tecnificação crescente dos produtores familiares, integrados aos complexos agroindustriais.

Em relação ao processo de transição demográfica, existe uma queda acentuada no crescimento populacional, e com os dados existentes para a época (2000), permite-se afirmar que essa diminuição da taxa de fecundidade no Brasil, não está ligado a um

fenômeno conjuntural, trata-se de um processo irreversível, coerente com a verdadeira transição demográfica.

Deve se esperar para o século XXI uma população bem distinta da atual, pois teremos diminuição da população em idade escolar, maior pressão sobre os ingressos no mercado de trabalho, pois precisarão ampliar sua capacidade produtiva e um crescimento da proporção de aposentados.

Observa-se também o processo de multiplicação de cidades e concentração populacional em algumas poucas metrópoles.

Em resumo, a consolidação dos CAI´s alavancam uma crescente urbanização rural, com isso, dois processos se destacam: De um lado a perda de atratividade do setor agrícola que caracteriza o velho complexo rural ( as cidades absorvem a população rural). Do outro, podemos chamar de urbanização do trabalho rural, que são as relações de trabalho assalariado no campo, associados a maiores níveis de qualificação e tecnificação do trabalho dos produtores ligados à indústria, e tem mostrado uma visível dissociação entre o local de residência do trabalhador e seu local de trabalho.

O que se pode esperar sem dúvidas é a aceleração da urbanização do meio rural até o final do século.

Existem outros fatores que também influenciam na urbanização,

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