Resenha Crítica: "POLÍTICAS AGRÍCOLAS E DESEMPENHO DA AGRICULTURA BRASILEIRA, 1950/2000". Com Base No Tema: Uma década Perversa: As Políticas Agrícolas E Agrárias Nos Anos 80.
Artigos Científicos: Resenha Crítica: "POLÍTICAS AGRÍCOLAS E DESEMPENHO DA AGRICULTURA BRASILEIRA, 1950/2000". Com Base No Tema: Uma década Perversa: As Políticas Agrícolas E Agrárias Nos Anos 80.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: priscilasouzas1 • 28/7/2014 • 927 Palavras (4 Páginas) • 792 Visualizações
Resenha Crítica: Uma década Perversa (década de 1980)
Populariza-se a ideia de que a década de 1980 se constituiu para a economia brasileira, na "década perdida". Porque o PIB per capita, que de 1970 a 1980 vinha se expandindo diminui 13% entre 1980 e 1983. Mais, a agricultura efetivamente cresceu no período, embora com taxas relativamente baixas, não impediram que a agricultura tivesse um desempenho mais favorável que a indústria, em termos agregados, ao afetar mais severamente a demanda pelos produtos industriais do que os agrícolas, no período.
Na resenha crítica que segue, do texto: “POLÍTICAS AGRÍCOLAS E DESEMPENHO DA AGRICULTURA BRASILEIRA, 1950/2000”. Baseado no tema - “Uma década perversa: as políticas agrícolas e agrárias nos anos 80” - serão apresentadas as mudanças das regras de financiamento de cada safra, a produtividade do setor agrícola. Enfatizando, a década de 80 e também a crise que foi fruto do somatório das políticas econômicas, cuja gênese ocorreu no governo do então Presidente João Figueiredo, e que teve continuação nos governos que o sucederam.
Na década de 1970 houve expansão do setor exportador, pois os preços internacionais incentivavam o aumento das exportações agrícolas, como soja e café. Predominou a política de crédito rural altamente subsidiado, responsável pelo desenvolvimento do setor agrícola.
No início dos anos oitenta há uma brusca reversão na trajetória de crescimento seguida pela economia brasileira e esta mergulha na mais grave crise de sua história, a crise do investimento. A raiz desta está nas políticas adotadas na década anterior, quando a opção pela manutenção do crescimento econômico após o primeiro choque do petróleo e a busca do salto definitivo no aprofundamento do processo de substituição de importações levou o Estado brasileiro a assumir um padrão de financiamento baseado no crescente endividamento externo. O segundo choque do petróleo em 1979 e o brusco aumento das taxas de juros internacionais aprofundaram a crise externa brasileira. E após a moratória mexicana, com a paralisação da entrada de capital externo, a reciclagem da dívida passou a exigir a realização de saldos comerciais crescentes (que se traduziram em sérios desequilíbrios) e um ajustamento da política econômica dos países devedores.
Desse modo, a prioridade do Governo Figueiredo (1979/1985) foi combater a inflação, através de cortes dos gastos públicos. Houve redução de recursos para o financiamento rural. O Governo estava pressionado por dois problemas básicos no início de 1979: altas taxas de inflação e crescimento da dívida externa. Para estimular a produção e a exportação de produtos agrícolas, o Governo viria a substituir o subsídio ao crédito por uma política de preços mínimos. Esta foi responsável pela elevação da produção de grãos no País. O crescimento da agricultura brasileira também não pode ser separado das políticas relativas a fertilizantes e máquinas agrícolas. Houve também uma queda dos preços dos principais insumos agrícolas, o que teria amenizado o efeito da queda de preços agrícolas na década de 80 e repercutido em crescimento da produtividade e da produção agrícola.
O Plano Cruzado I, de fevereiro de 1986, provocou efeitos perversos sobre a agricultura, a retração da oferta e a pressão da demanda provocaram o desabastecimento. Em novembro de 1986 foi adotado o Plano Cruzado II, que descongelou os preços e elevou os encargos financeiros do crédito rural. Em 1987, a inflação acumulada provocou aumento das taxas de juro, tornando impossível saldar as dívidas, principalmente de pequenos produtores. Estimuladas pela desvalorização cambial do cruzeiro em 1987,
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