Revisão Literária sobre a Cultura do Melão
Por: Pauled • 9/7/2024 • Bibliografia • 1.025 Palavras (5 Páginas) • 72 Visualizações
- Aspectos gerais do meloeiro
O meloeiro pertence à família Cucurbitacea, gênero Cucumis e espécie Cucumis melo L. As plantas têm hábito de crescimento rasteiro com ramos laterais e podem atingir até 3 m de comprimento. Possui raízes fasciculadas, abundantes e superficiais concentradas entre 0,20 m e 0,4 m de profundidade (Ferreira De Sousa José et al., n.d.). Os melões são divididos em dois grupos: aromáticos e não aromáticos. Fazem parte do primeiro grupo os melões que exalam aroma intenso e bem característico quando os frutos estão maduros, como é o caso do melão cantaloupe (casca bastante rendada e polpa laranja) e do melão gália (casca suavemente rendada e polpa verde). Os melões não aromáticos têm um aroma pouco perceptível, mesmo quando maduros, como acontece com o melão amarelo, principal representante desse grupo, seguido pelo melão pele de sapo, segundo tipo mais produzido no Brasil (Embrapa Hortaliças, 2021).
O melão (Cucumis melo L.) é uma cultura milenar talvez originária da África tropical, espalhando-se depois disso para a Índia e a Ásia. Outras teorias sobre a origem desta espécie sugerem que a mesma se irradiou a partir de Índia, Arábia e Sul da Ásia e China. A introdução do melão no Brasil ocorreu pelos europeus imigrantes e a maior expansão da cultura do melão ocorreu somente a partir de 1970, quando importantes centros produtivos surgiram nos estados de São Paulo, Pará e Vale do rio São Francisco, principalmente em Petrolina, Pernambuco e Juazeiro, Bahia, no Nordeste (Food and Agriculture Organization of the United Nations, 2018).
Historicamente, nas décadas de 1970 e 1980, a região do Vale do São Francisco era o maior polo produtor de melão do País, até que, no início da década de 1990, ocorreu uma alteração no mapa de produção de melão, com a migração da cultura para o Rio Grande do Norte e o Ceará, estados que hoje lideram os volumes produzidos e exportam parte significativa de sua produção para o mercado europeu. A aptidão da região para o cultivo de frutas e hortaliças deve-se, sobretudo, a condições climáticas favoráveis como temperatura, umidade relativa e índices de precipitação (Embrapa Hortaliças, 2021).
- Abordagem de Manejo da irrigação
- Clima
- Evapotranspiração de referência (Et0)
Dentro dos conceitos de Allen et al., n.d. o processo de evapotranspiração consiste da combinação de dois processos separados, onde de um lado a água é perdida de superfícies como de solos, lagos, rios, pavimentos por evaporação, que se conceitua como a conversão de água em estado líquido à vapor de água por meio da energia advinda da radiação solar direta associados a fatores climáticos e por de outro lado é perdida na superfície das folhas de dada cultura por transpiração, que como diferencial do processo mencionado anteriormente perde a água contida nos tecidos das plantas para a atmosfera por meio dos estômatos predominantemente.
Por sua vez, a evapotranspiração de referência (Et0) refere-se ao caso específico de evapotranspiração de uma gramínea de referência (cultura específica), afetadas precisamente por fatores climáticos que, diante das afirmações de (Allen et al., n.d.) foi introduzida para estudar a demanda evaporativa da atmosfera independentemente do tipo de cultura, desenvolvimento da cultura e práticas de gestão. Sendo os valores calculados em diferentes situações comparáveis entre si devido isso.
- Coeficiente da cultura (Kc)
- Solo
- Lisimetria
- Tensiometria (Curva de retenção)
- Planta
- Fator de depleção
- Irrigação localizada
- Gotejamento
- Cobertura do solo
(Aspectos gerais da pratica e o porquê)
- Cobertura com filme plástico de polietileno
- Cobertura com palha de carnaúba
- Exigências hídricas e edafoclimáticas do meloeiro
A necessidade hídrica do meloeiro varia em razão da demanda climática da região onde a cultura estiver sendo explorada. Em condições de intensa evaporação e em solos com baixa capacidade de retenção, a necessidade de reposição de água pode atingir de 300 mm a 500 mm durante o ciclo de produção (Ferreira De Sousa José et al., n.d.). Quanto as condições climáticas, em experimentos realizados por Pereira et al. (2017) o mesmo contestou que a cultura do meloeiro, neste caso em especifico a cultivar híbrida Gladial (tipo amarelo) é bastante exigente em fatores como temperatura do ar e radiação solar. Sendo este ensaio realizado em Petrolina-PE sob manejo irrigado feito por gotejamento e cobertura do solo tipo mulching cujo resultantes foram necessários 1.012,96 graus-dias (GD) acumulados para o melão completar seu ciclo, totalizando 70 dias. Além da cultura ser responsiva à altas temperaturas e luz solar a umidade relativa também conta como fator, sendo ideal em torno de 65% a 75% para a mesma, propiciando um bom desenvolvimento, boa produtividade de frutas com açucares elevados, consistentes e de melhor sabor.
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