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TIPOS DE PREPARO DE SOLO PARA O CULTIVO DA CANA DE ACUÇAR

Por:   •  14/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.109 Palavras (5 Páginas)  •  2.214 Visualizações

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TIPOS DE PREPARO DE SOLO PARA O CULTIVO DA CANA DE ACUÇAR

INTRODUÇÃO

  O Brasil possui hoje, um dos maiores e mais importantes projetos de produção de biocombustíveis fundamentados principalmente na cana-de-açúcar (Saccharum spp.), com capacidade para oferecer ao mundo uma alternativa eficiente e ecologicamente correta em detrimento ao uso do petróleo.

  O setor sucroenergético tem assumido grande importância na economia brasileira, com forte aumento na demanda por seus produtos tanto no mercado interno quanto externo, sendo o etanol idealizado como combustível alternativo aos derivados de petróleo, bem aceito por se tratar de uma fonte renovável (GULLO, 2007).

  Nesse cenário, o uso de máquinas e implementos agrícolas com alta eficiência no preparo do solo é importante para criar condições ideais para o desenvolvimento das raízes, viabilizar a produção de cana de açúcar e manter a competitividade alta. Nesse cultivo, o manejo inicial pode influenciar a produção entre os cortes consecutivos, quando as operações de preparo não são conduzidas com tecnologia adequada para cada tipo de solo (TOMAZ, 2013).

  A operação de preparo do solo é fundamental para o desenvolvimento da cana de açúcar e representa parte significativa do custo de operação. Em estudo sobre os custos do setor sucroenergético, RAMOS (2010) conclui que o preparo do solo representa 8,87% do custo das operações em cana e 34,92% do gasto de energia não renovável utilizada no processo. As figuras abaixo apresentam os resultados obtidos pelo autor e reforçam a importância da operação no processo produtivo da cana-de-açúcar.

Figura 1 - Custo de operações em porcentagem da produção de cana, RAMOS, RP

[pic 1]

Figura 2 - Gasto de energia não renovável por operação, RAMOS, RP

[pic 2]

PREPARO DO SOLO EM CANA DE AÇÚCAR

Os tipos de preparo de solo mais utilizados no cultivo de cana de açúcar são o preparo convencional, o reduzido(cultivo mínimo), o plantio direto e o preparo localizado(preparo profundo).

PREPARO CONVENCIONAL

  O preparo convencional utiliza-se das operações sucessivas como gradagens pesadas, aração, subsolagem e gradagens niveladoras com diversas variações, dependendo de cada região, unidade produtora e da disponibilidade de máquinas e implementos (GONÇALVES, 2006).

Tais operações são aplicadas de modo variável de acordo com  a região e a decisão do produtor visando a incorporação de matéria orgânica, corretivos e fertilizantes no solo, o rompimento de camadas adensadas, o destorroamento da camada superficial do solo, o nivelamento da superfície do solo e a eliminação de plantas daninhas, doenças e pragas (BELARDO, 2015).

Segundo GONÇALVES(2006), as vantagens do preparo convencional são o menor uso de agroquímicos para o controle de plantas daninhas e o bom controle de pragas de solo como migdolus e cupins. As desvantagens eleitas pelo autor são a maior degradação mecânica ou pulverização do solo, maior exposição do solo ao impacto das gotas de chuva, com subsequente erosão, maior necessidade no uso de máquinas e equipamentos agrícolas e necessidade de liberação da área pela colheita antecipadamente para que todas as operações possam ser realizadas a tempo.

 PREPARO REDUZIDO E PLANTIO DIRETO

O preparo reduzido do solo é um sistema de manejo conservacionista do solo. Para ser considerado conservacionista deve atender duas premissas: 1) haver um mínimo de 30% da superfície do solo coberta por resíduos de culturas após o plantio; 2)proporcionar um mínimo revolvimento do solo e não haver inversão da leiva(BELARDO, 2015)

De acordo com GONÇALVES(2006), o preparo reduzido é caracterizado pela diminuição do revolvimento do solo e composto pelas operações de sistematização do terreno, distribuição de corretivos na superfície, subsolagem(se necessário) e destruição química de restos de cultura e plantas daninhas.

A utilização de sistemas de cultivo mínimo tem sido cada vez maior por promover benefícios como melhorias da estrutura, porosidade, retenção e infiltração de água no solo, atividade biológica, conteúdo de carbono orgânico e nitrogênio total no solo, capacidade de troca de cátions e conteúdo de nutrientes(BAYER, 1996; CATTELAN; VIDOR, 1990; BAYER; MIELNICZUC, 1997 citados por TOMAZ, 2013).

As vantagens do cultivo mínimo em relação ao tradicional são a possibilidade de plantio em épocas chuvosas, a utilização mais intensa da área de plantio, a redução do uso de máquinas e combustível e o controle de plantas daninhas como a tiririca e a grama-seda (ROSSETO & SANTIAGO, 2010).

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