Uso De Hormônios Na Avicultura
Por: Maria Augusta Mendes Gonçalves • 25/11/2023 • Trabalho acadêmico • 616 Palavras (3 Páginas) • 90 Visualizações
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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
NOME COMPLETO: MARIA AUGUSTA MENDES GONÇALVES
ATIVIDADE EXTRA 1 - AVICULTURA
DOIS VIZINHOS - PR
2023
Motivos de não utilizar hormônios exógenos na avicultura?
Ao longo dos anos a avicultura como um todo, passou por diversificados avanços tecnológicos, o que garantiu uma revolução na produção de frangos de corte, onde se destacou a precocidade de abate, conversão alimentar, onde a ave utiliza quantidade sempre menor de ração por unidade de peso de carcaça produzida e ganho de peso em tempo recorde.
A produção de carne de frango passou de 2.628 mil toneladas de equivalente carcaça em 1991, para 5.700 mil toneladas (2011), onde o consumo interno aumentou também, passou de 15,8 kg/habitante, em 1991, para aproximadamente 45,0 kg/ano atualmente e o aumento da carcaça desde 1997, aumentou 32%, de 1,8 kg para quase 2,4 kg. Onde foi dados, que aumentou o mito que são utilizados hormônios na produção avícola.
Foi realizado pesquisas com o uso de hormônios em frangos de cortes, conduzidas recentemente onde avaliaram o possível efeito destes compostos principalmente por esteroides, hormônios da tireoide, e peptídeos somatotrópicos, para fins de crescimento e ganho de peso. Nenhum dos testes contabilizou diferença significativa na produção de aves de corte, onde não obteve efeito benéfico no peso corporal ou sobre o rendimento de carcaça.
Além disso, estes hormônios não apresentam vantagens por questões fisiológicas, já que esses produtos não teriam tempo suficiente para agir no metabolismo destas aves.
E, dependendo da substância, estes requererem procedimentos elaborados e onerosos, tais como injeção individual ou por meio de cateter implantado, para possibilitar liberação hormonal em frequência pulsátil, visando imitar o processo natural. Todavia, novamente considerando que no Brasil são criados mais de seis bilhões de frangos por ano, a dificuldade ou inviabilidade prática é evidente, o manejo é praticamente inviável, já que a aplicação deve ser individual.
Outro agravante, é que estas substâncias são de custo elevado, o que não seria compatível com as margens de lucro estreitas já verificadas nas relações comerciais da avicultura industrial moderna, onde não possui vantagens lucrativas, pois elevariam muito o custo de produção.
Ainda que possível a utilização de hormônios exógenos, a legislação brasileira há uma Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Nº 17, de 18 de junho de 2004) que, proíbe a administração, por qualquer meio, na alimentação e produção de aves, de substâncias com efeitos tireostáticos, androgênicos, estrogênicos ou gestagênicos, bem como de substâncias ß-agonistas, com a finalidade de estimular o crescimento e a eficiência alimentar.
É preciso destacar que, tais avanços na produção da carne de frango, são resultados de pesquisa no campo da genética e nutrição animal, mostram que 85% a 90% são oriundas de melhoramento genético e 10 a 15% da nutrição destas aves.
Onde o melhoramento genético apresenta resultados impressionantes, verificou-se melhoras de 320% para ganho de peso, 20% para conversão alimentar, e 60% para rendimento de peito neste período de seleção e melhorando das aves. A nutrição das aves, se destaca também, onde atualmente, as aves consomem dietas que satisfazem seu metabolismo energético, e que possuem balanceamento nutricional completo, principalmente de aminoácidos, macro e micro minerais e vitamina. Ainda podemos salientar que todos esses avanços só teriam tais resultados com tecnologia no manejo, ambiência e sanidade destes animais.
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