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A ANGÚSTIA DA VIDA EXECUTIVA

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Por:   •  10/3/2015  •  1.739 Palavras (7 Páginas)  •  427 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Estamos observando, nos últimos anos, empresas nacionais passarem por uma revolução na produtividade. Segundo pesquisas apresentadas recentemente em revistas e jornais, o Brasil foi o segundo país em um ranking de aumento de produtividade na década de 1990. Essa revolução transformou a vida das pessoas nos grandes centros urbanos, estabelecendo um ritmo de vida considerado alucinante, com excesso de horas de trabalho e uma pressão excessiva para serem cada vez mais produtivas. O lado profissional passou, portanto, a ser a face predominante do ser humano, que se sentiu forçado a ser um super-profissional e, para tanto, não poupa esforços em jornadas de trabalho acima de 12 horas diárias.

O fato, porém, é que esse ritmo vai sendo assimilado por todos na sociedade e passa a ser um novo padrão. Trabalha-se aos sábados, domingos, desaparecem os feriados etc. Tudo parece ir bem até que uma ou mais das esferas da vida do ser humano (familiar, social, física...) passam a apresentar problemas como, por exemplo: um filho drogado, um pedido de divórcio, um enfarte ou outrosproblemas de saúde. Nesse momento o super-profissional se desperta, então, para as outras dimensões do ser humano e questiona-se: Como conciliar a situação de empresária ou funcionária de longas jornadas diárias, com o papel de esposa, mãe e administradora do lar. As empresas ocupam lugar de destaque no contexto contemporâneo, estando presentes na vida dos indivíduos de tal maneira que é nelas que o indivíduo sonha, cria projetos, procura se destacar, se relaciona com inúmeras pessoas, vive tristezas, angústias e alegrias.

Ao mesmo tempo, a empresa ocupa lugar de destaque na construção social da

realidade, no desenvolvimento sócio-econômico e na definição do atual sistema político mundial. As empresas colaboram com o desenvolvimento econômico global e também estão permeadas, implícita ou explicitamente, por dimensões que afetam substancialmente a vida das pessoas, as quais se relacionam, direta ou indiretamente, com elas.

STRESS NO AMBIENTE DE TRABALHO

Como desenvolvemos um ambiente organizacional saudável? Uma empresa é formada por pessoas que interligadas, constituem uma sociedade organizacional,na qual cada uma desempenha suas funções, conforme suas competências e habilidades. Para uma maior eficácia no desempenho destas habilidades, cada pessoa deve estar em perfeita harmonia com seu ambiente de trabalho. Uma vida profissional de qualidade contribui para uma maior produtividade da organização e para a saúde ocupacional dos colaboradores. Contudo, podemos afirmar que funcionário doente significa empresa doente. Como foco de objetivo, de uma forma mais ampla pode-se relacionar a produtividade com interferência direta aos ganhos financeiros de uma organização, pois com funcionários com stress diagnosticado, como poderá a frente da empresa numa negociação, ou ganho de cliente por exemplo. No mais podemos enfatizar que um funcionário doente pode causar desmotivação aos seus colegas de trabalho, causando assim um mal estar.

As empresas buscam cada vez mais a competitividade, conseqüência da Globalização, a Liberalização( Livre da intervenção do Estado) e a Excelência;A saúde do funcionário se comprometeu, quando ele inicia um papel de multifuncionalidade dentro da organização ocasionando assim o cansaço e o desgaste profissional. Estes sintomas exercem de tal modo poder no trabalhador em seu processo produtivo de maneira a tornar deficiente seu sistema psicológico, gerando assim um quadro clínico o estresse. O estresse é um processo vital e fundamental onde pode ser dividido em dois tipos, ou seja, quando passamos por mudanças boas, temos o estresse positivo e quando atravessamos alguma fase negativa, estamos vivenciando o estresse negativo. Com o decorrer dos anos, o ambiente de trabalho vem se modificando e acompanhando o avanço das tecnologias ultrapassando cada vez mais o nível de capacidade de adaptação dos trabalhadores. Os profissionais vivem hoje sob contínua pressão, sendo o tempo todo cobrado não só no trabalho como também na vida de uma maneira geral. O estresse ambiental pode exercer grande influência na maneira como o indivíduo se comporta socialmente, como exemplo, pode torná-lo agressivo. O desgaste profissional, que as pessoas estão submetidas diariamente, poderá gerar algum tipo de doença. Os modelos expostos são responsáveis pelos seguintes fatores: agentes estressantes de natureza diversas (física, biológica, mecânica, social, etc.), como conjunto de características pessoais têm (tipos de personalidade, modos de reação ao estresse etc.), um conjunto de consequências relacionado à saúde do indivíduo (doenças cardiovasculares, perturbações psicológicas etc.) e da organização.Os sintomas físicos do estresse mais comuns são: fadiga, dores de cabeça, insônia, dores no corpo, palpitações, alterações intestinais, náusea, tremores e resfriados constantes. Outros sintomas são apresentados através do pensamento que podem ser representados de forma compulsiva e obsessiva, levando em consideração a angústia e a sensibilidade emocional, tornando o sujeito agressivo e violento. No entanto, os fatores que geram os sintomas depressivos podem estar relacionados ao estresse. Os fatores são: ruído, alterações do sono, sobrecarga, falta de estímulos, mudanças determinadas pela empresa e mudanças devido a novas tecnologias; o autor explica que o ruído excessivo pode levar ao estresse, provocando irritações, reduzindo o poder de concentração, principalmente nas atividades que apresentam certo grau de complexidade, o que afetará o desempenho do indivíduo, levando a fadiga física. Podendo também alterar suas funções fisiológicas, como o sistema cardiovascular. Alterações do Sono ocorre através dos trabalhos que são realizados em turnos alternados. Fazendo com que aumente o desgaste do trabalhador, afetando seu desempenho, pois a sensação de cansaço e sono é maior quando estão acordados, alternando o ciclo normal do organismo, provocando reações no corpo, fazendo alterações tanto na vida familiar e social do sujeito. Os fatores que resultam na sobrecarga no trabalho são: urgência do tempo, responsabilidade excessiva, falta de apoio, expectativas contínuas de nós mesmos e daqueles que estão a nossa volta. A falta de estímulos no trabalho poderá ocorrer quando as tarefas se tornam repetitivas, não tendo certo grau de importância, resultando em um profissional altamente estressado e desmotivado com o seu trabalho.

As mudanças determinadas pela empresa, gera estresse e insegurança. No entanto, o profissional que sofre com as mudanças da empresa, passa por momentos de ansiedade afinal, teme que seu setor seja extinto. É importante constatar que mesmo que isso aconteça fazendo com que o trabalhador perca a sua posição, ele continuará sendo o mesmo profissional, onde seus conhecimentos continuarão intactos e a empresa poderá aproveitá-lo da melhor forma possível, na Organização. Com as consequentes inovações tecnológicas, aliadas a velocidade das mudanças no processo produtivo, fazendo com que as pessoas desenvolvam competências e habilidades. Dessa forma, as pessoas são solicitadas a se adaptarem as novas exigências impostas no mercado de trabalho. Dessa forma sofrerão mais com esse tipo de mudança, as pessoas que estejam passando por certa instabilidade afetiva, que apresentam características de insegurança, ansiedade e indivíduos que não conseguem se adaptar com as novas tecnologias. Sendo assim é possível observar que os fatores que geram os riscos à saúde e ao sofrimento psíquico estão crescendo cada vez mais devido às exigências que são impostas ao profissional, que muitas vezes ultrapassam sua capacidade de adaptação. Outro fator que pode ser considerado estressante é a perda do emprego, pois gera dificuldades financeiras, refletindo na identidade social do indivíduo. A moderna organização capitalista do processo de trabalho iniciou a era das doenças provocadas pela grande exigência de adaptação do homem ao trabalho, com isso o funcionário para obter ganhos totais razoáveis obriga-se a trabalhar mais, colocando em rico sua saúde podendo aderir alguma doença no próprio local de trabalho. Podemos observar que uma carga excessiva de trabalho, um nível de insegurança no emprego e a competição exagerada no trabalho, provoca um aumento de estresse. Para atingir seus objetivos, comprendendo a empresa, o seu principal objetivo o trabalhador. Deve haver uma observação criteriosa do comportamento dos profissionais. Isto diz respeito não somente a produtividade direta, mas todo o processo que colabora para a eficiência das metas estabelecidas pela organização. Diante do exposto a critério da saúde do funcionário e das respostas à ambientes agressivos, levando em conta que o profissional de recursos humanos na empresa possa agregar de forma considerável para a integração do funcionário aderindo um clima confortável na organização para valorização da saúde e bem estar do profissional.

Considerações Finais

As empresas buscam cada vez mais a competitividade, conseqüência da Globalização, a Liberalização e no mundo capitalista que vivemos o sobrenome nação é o trabalho, pois para satisfazer os desejos de consumo a única solucão é o trabalho excessivo para obter mais ganhos., gerando assim um ciclo vicioso. Observa-se que isso é uma cruel realidade imposta pela própria sociedade. Diante dessa necessidadede se adaptar a mudanças constantes no cotidiano, o estresse encontra terreno fértil para se desenvolver nas pessoas. Essas pessoas colocam a vida pessoal em segundo plano, com pouco espaço para individualidade. É impossível falar da saúde do homem moderno, do profissional liberal, do executivo, sem abordar a globalização, fenômeno causador do aumento da incidência da chamada doença do século o estresse crônico. E é esse estresse crônico a origem as doenças que mais matam e incapacitam os homens no início do Século XXI. Conseqüentemente, o estresse crônico é o pano dessas doenças. Toda vez que estamos diante de uma mudança, apresentamos a reação de estresse. Perguntando como o estresse se manifesta no corpo, o médico explica que a adrenalina acarreta, no cérebro, um sentimento imediato de ansiedade e, com o passar do tempo, as queixas de perda de memória se intensificam. No coração, provoca o aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial. Por esse leque tão abrangente, o estresse é o grande vilão para a saúde do homem moderno. “Observamos que, hoje, as pessoas estão mais preocupadas em cuidar de sua saúde, mas as doenças que tem como pano de fundo o estresse estão aumentando. O recomendado como forma de prevenção do estado clínico do estresse, modificar com certa frequência a atividade de rotina, evitando a monotonia, reduzindo o excesso de longas jornadas de trabalho, melhorar na qualidade das relações sociais, das condições físicas no trabalho e investir no aperfeiçoamento profissional e pessoal dos trabalhadores. Pesquisas informam que as mulheres têm mais chance do que os homens de adquirir o estresse devido a sua dupla jornada de trabalho que administra tanto as tarefas do emprego, como as tarefas domiciliares.

REFERÊNCIAS

STUMPF, Stephen A.. O desafio do crescimento empresarial: Como desenvolver seu negócio de forma lucrativa. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1994.

ROBBINS, Stephen P.. Comportamento Organizacional. 9 ed. São Paulo: Editora Prentice Hall -2002

FREITAS, B. B. N.; MATTOS, O. A. U.; PORTO, F. M. Novas Tecnologias, Organização do Trabalho e seus Impactos na Saúde e no Meio Ambiente. Saúde Meio Ambiente e Condições de Trabalho

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