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A Análise de Risco Geosmina

Por:   •  25/11/2023  •  Trabalho acadêmico  •  2.525 Palavras (11 Páginas)  •  62 Visualizações

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Disciplina

Gestão de Riscos

Grupo 01

Professor(a)

Página  de

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS:

CRISE DE QUALIDADE DA ÁGUA

  1. INTRODUÇÃO

Este trabalho visa planejar e elaborar um plano de gerenciamento de riscos focado em uma crise de qualidade de água e aplicando o conteúdo aprendido nas aulas de Gestão de Riscos, para evitar que crises como esta se repita.

Nos baseamos um estudo de caso de uma empresa que foi exposta a uma crise de qualidade da água que afetou a mais de 9 milhões de pessoas, causando diversos transtornos à população e à imagem da empresa.

Do ponto de vista de um gerente de projetos elaboramos um plano de gerenciamento de riscos a ser seguido daqui para frente.

  1. ANÁLISE DO CASO GEOSMINA

Houve uma grave crise hídrica no estado do Rio de Janeiro entre 2020 e 2021. Em 2020, moradores do Rio de Janeiro receberam água com forte cheiro, coloração turva e um gosto desagradável por semanas, caracterizando uma das piores crises hídricas do estado. Um ano depois, o Rio de Janeiro voltou a ter problemas com cheiro e gosto de terra na água fornecida.

Em todos os verões nas zonas de abastecimento do Sistema de Produção Guandu, no Rio de Janeiro, pelo menos nos últimos 20 anos, é recorrente o aparecimento de geosmina devido ao aumento da densidade demográfica nas cabeceiras. No verão de 2020 houve um aumento exagerado da presença de geosmina na água captada, combinado a um racionamento/rodízio velado, e uma opção ou decisão de não lançar mão de recursos no processo de tratamento da água sabidamente com piora significativa da qualidade. Esta Combinação que desencadeou uma série de outras medidas e fatos que pioraram a confiança na água potável da prestadora dos serviços.

A geosmina é um composto orgânico amplamente conhecido pelo cheiro de terra molhada. Essa molécula pode ser sintetizada por alguns microrganismos, como bactérias Streptomyces e Actinomicetos, cianobactérias (algas azuis) e fungos. A presença da geosmina na água é responsável apenas por causar alterações de cheiro e sabor, mas não mudanças de cor ou turbidez.

A geosmina não apresenta toxicidade, mas é um indicador da qualidade da água coletada. Cianobactérias (algas azuis) têm seu crescimento favorecido pelo aumento da concentração de matéria orgânica decorrente da poluição por dejetos domésticos (esgoto), fertilizantes agrícolas e efluentes industriais despejados diretamente em rios e lagosApesar da presença da geosmina não apresentar efetivamente um efeito tóxico ao organismo, pesquisadores já relataram que a água com gosto desagradável pode causar efeitos psicossomáticos, como dores de cabeça, estresse e náuseas.

Numa tentativa de não gerar pânico com a crise, a geosmina foi o centro das atenções por ser um composto inofensivo. Aparentemente, as empresas de comunicação disseminaram que os aspectos ruins da água, de cor, odor e turbidez, típicos da água distribuída em períodos de intermitência e também com tratamento irregular, seriam apenas indicativos da presença de geosmina. Esperava-se, talvez, que assim não haveria pânico e nem recusa do produto vital. Talvez por uma orientação técnica falha de que tais ocorrências seriam pontuais, dispersas e em menor escala. Mas os casos explodiram em muitas regiões do Rio e da baixada fluminense e a crise se aprofundou em novas decisões evasivas e notícias alarmistas.

Uma vez que temos hoje alguma clareza de que o que ocorreu no Sistema de Abastecimento de Água da região metropolitana do Rio de Janeiro, operado pela CEDAE, podemos afirmar que os problemas evidentes de má qualidade da água, não restrita à aparência do produto, mas também uma distribuição desigual da pouca água disponível, com manobras de inversão de fluxo e, possivelmente, com um tratamento inadequado, aquém do necessário. Com a intermitência despressurização e inversão nas tubulações, houve ainda uma grande “lavagem” das redes, levando sujeira acumulada para dentro das casas em zonas baixas.

A atribuição da crise a um fator praticamente exclusivo - presença da geosmina na água – era como a ponta de um iceberg, e o adiamento das soluções reais e da transparência que podia ter havido pioraram a crise. Quando a verdade, repleta de outros problemas, foi sendo trazida por instituições públicas de controle, pesquisa e defesa social, ficou evidente a pouca transparência na relação com a sociedade/clientes.

A presença de geosmina na água bruta e, consequentemente, na distribuída se repetiu no verão de 2021, em menor intensidade porque a seca não foi tão severa e algumas medidas incipientes foram tomadas, mas está prevista para ocorrer novamente.

  1. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCO

  1. Estratégias do plano de riscos:
  • O gerenciamento de riscos do projeto será realizado através de monitoramento e controle dos riscos inicialmente identificados, e da incorporação de eventuais novos riscos ao processo.
  • Todos os riscos não previstos originalmente no plano devem ser incorporados ao projeto dentro do sistema de controle de mudança de riscos.
  • Os riscos a serem identificados serão os riscos internos ao projeto, relacionados a contaminação de água por geosmina.
  • As respostas possíveis aos riscos identificados pelo projeto serão a aceitação ativa, através de contingências, prevenção e mitigação.
  • A identificação, avaliação e monitoramento de riscos, durante a execução do projeto, serão efetuados através de reuniões quinzenais entre o gerente de projetos e a equipe.
  • Estabelecer canais eficazes de comunicação interna e externa para informar a sociedade sobre a situação da qualidade da água e quaisquer medidas tomadas para resolver problemas.
  • Instituir parcerias com Poder Público e sociedade civil para compartilhar responsabilidades dos riscos que envolvem quantidade e qualidade de água de mananciais.
  1. Metodologia:

A Projetc Management Body of Knowledge (PMBOK) é uma metodologia de gestão de riscos que consiste em um conjunto de ferramentas, técnicas e práticas. Ela tem como objetivo definir e controlar o processo de planejamento, identificação, análise, planejamento de respostas e monitoramento e controle dos riscos de um projeto.

[pic 1]

Ao longo deste documento será detalhada cada uma destas etapas, com indicação de eventuais técnicas complementares, de forma a estruturar o plano de gerenciamento de riscos.

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