A Aplicação do estudo de sequenciamento para reduzir o tempo de espera em uma empresa
Por: lucasfialhoalves • 14/12/2017 • Artigo • 2.882 Palavras (12 Páginas) • 339 Visualizações
Aplicação do estudo de sequenciamento para reduzir o tempo de espera em uma empresa no município de Marabá – PA
Lucas Fialho Alves (UEPA) lucas.fialhoalves@gmail.com
Murilo Lima Santos (UEPA) murilolima015@gmail.com
Resumo
O artigo apresenta um estudo de caso realizado em uma empresa na cidade de Marabá, localizada no sudeste do Pará, que teve o intuito de utilizar as ferramentas de sequenciamento e emissão de ordens da produção para identificar a melhor regra de sequenciamento a ser aplicada na empresa em questão, bem como reduzir o tempo de espera no processo da produção. O empreendimento trabalha principalmente com a produção de salgados, possui o quadro operacional de 08 funcionários que trabalham em um regime de 08 horas por dia, através da análise de sequenciamento da produção foi possível identificar a melhor alternativa de sequenciamento das ordens de produção, reduzindo o lead time e o tempo médio de espera proporcionando um melhor atendimento ao cliente. Concluiu-se que os resultados obtidos foram satisfatórios, pois apenas com a alocação de recursos a organização pode aumentar a satisfação do cliente e ter um ganho na produtividade.
Palavras chave: Sequenciamento da Produção; Emissão de Ordens; Salgados.
- Introdução
A relação homem-máquina surgiu com o advento da Revolução Industrial, característica essa que trouxe mudanças ao cenário produtivo a partir de então, e à medida que o mercado vinha se tornando mais competitivo houve uma exigência dos sujeitos responsáveis por gerenciar essa relação de possuir conhecimento que garanta sempre uma maior produtividade. O engenheiro americano Frederick Taylor (1856-1915) foi um dos primeiros pensadores a disseminar a concepção e a seleção da melhor organização das atividades, com o objetivo de reduzir o tempo de produção para o mercado, garantir maior qualidade e padronização, e ainda a facilidade e economia de meios na fase de industrialização e de produção.
Atualmente o aumento da produtividade aliado à qualidade do produto e redução do tempo de espera deve ser entendido como fatores cruciais dentro de uma empresa que deseja obter sucesso dentro de um cenário competitivo. Essa característica do mercado impulsiona a realização do estudo de sequenciamento e emissão de ordens da produção para busca da otimização dos serviços oferecidos. Segundo a Forbes Negócios, no Brasil a alimentação fora do lar representa 33% dos gastos com alimentos e bebidas e levou todo setor de food service a movimentar por volta de R$ 300 bilhões ao final de 2015. É evidente que o setor alimentício é uma das maiores áreas em crescimento do país, o setor representa cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme dados da ABIA (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação, 2012).
Logo, a procura por minimização, controle, redução do tempo de produção e a melhor alocação de recursos é essencial para qualquer empreendimento, a aplicação descrita por meio deste artigo sucedeu-se em um estabelecimento do ramo, uma empresa do ramo de salgados na cidade de Marabá, no sudeste do estado do Pará. A opção de análise deste processo se deu devido ao aquecimento econômico do mercado de salgados mesmo com a recessão em que vive o país.
As organizações na maioria das vezes têm dificuldades em sequenciar a produção e alocar melhor os recursos de forma a ter um menor tempo de espera pelos clientes. Mediante a isso o objetivo da aplicação do estudo de sequenciamento e emissão de ordens da produção é buscar a melhor alternativa de sequenciamento para a linha de produção da empresa X, alocando os recursos de forma a reduzir o tempo de espera e melhorar o atendimento.
- Referencial Teórico
2.1 Sequenciamento e emissão de ordens
A principal função do sequenciamento é adequar o programa de produção aos recursos que serão utilizados, dentre os recursos estão: bens, matéria-prima, homens e as instalações do local de trabalho. As informações necessárias para a execução do Plano Mestre de Produção devem estar bem determinadas para que o sequenciamento e a emissão de ordens sejam feito de maneira clara e objetiva, dessa forma deve-se ter informações como o tamanho do lote, a data de inicio e conclusão das atividades e assim pode-se estabelecer a sequência e local onde as atividades serão executadas, logo após, é possível fazer a emissão e liberação programa de produção.
Segundo Correa (2006), o sequenciamento e controle da produção se tornam importante justamente pelo fato de atuar na parte estratégica da administração da produção, e apresenta assim como benefícios um aumento da eficácia quando a empresa atende a demanda do mercado conforme o esperado. A partir do momento em que o programa de produção é emitido e liberado, o então passará pela etapa de acompanhamento da produção, que é a ultima fase dentro das funções do PCP.
O programa de Produção apresenta uma divisão de três grupos relacionados de maneira hierárquica, os três grupos são: A gestão dos estoques, o sequenciamento das ordens e a emissão e liberação das ordens.
A função da administração dos estoques é planejar e controlar o estoque, dessa forma definindo, o tamanho de lotes, os modelos de reposição e o estoque de segurança. Logo depois que a forma de gestão do estoque é fixada, acaba sendo geradas as necessidades de compra, fabricação e montagens de itens para conseguir corresponder ao PMP.
As ordens de compra vãs para o setor de carregado das compras, fora da esfera do PCP. As necessidades de fabricação e montagem devem ser observadas de acordo com as limitações de capacidade.
2.2 Sequenciamento e emissão de ordens nos processos repetitivos em lote
A principal característica é a produção de um volume médio de itens padronizados em lotes, em que o lote segue uma serie de operações em que é necessário programar a partir do momento em que outras operações anteriores sejam terminadas, além disso, são bastante flexíveis, e os equipamentos utilizados geralmente são menos especializados. Segundo Tubino (2000), o emprego de operadores polivalentes ou multifuncionais favorece a flexibilidade do sistema produtivo, além de aumentar o compromisso com os objetivos globais, pelo exercício de várias funções no ambiente de trabalho.
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