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A Avaliação Econômica

Por:   •  2/4/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.635 Palavras (7 Páginas)  •  79 Visualizações

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RESUMO

A avaliação econômica é prática rotineira que deve preceder a tomada de decisões que envolvam riscos e incertezas. Dentre decisões que podem ser fundamentadas em resultados de simulações econômicas de respectivos projetos e empreendimentos, na indústria de agregados, as técnicas de avaliação econômica podem ser aplicadas não apenas na tomada de decisões relativas a projetos de implantação, expansão ou de modernização, como também na gestão e acompanhamento de um empreendimento ou de um conjunto de empreendimentos em operação, independentemente da existência de um novo projeto (CALAES et al, 2018). A avaliação econômica tem por objetivo ajudar a tomar ações racionais. A avaliação econômico-financeira é assunto de interesse dos profissionais envolvidos na gestão das empresas e também dos investidores que precisam de suporte para escolher suas aplicações (FERREIRA, 2003).

Tomada de decisões e incertezas

De acordo com Calães et al (2018), no que se refere a processos de tomada de decisão, as empresas atuam em ambientes econômicos de competição, com a presença de oportunidades, riscos e incertezas. Dado que as empresas atuam com recursos limitados, torna-se imprescindível selecionar a(s) melhor(es) oportunidade(s) de investimento dentre as alternativas disponíveis. Neste contexto, a avaliação econômica de uma dada oportunidade de investimento busca atender a duas questões:

 − a oportunidade de investimento satisfaz os objetivos da empresa?

− a oportunidade de investimento é melhor ou pior do que outras alternativas identificadas

As alternativas são os vários cursos que uma ação pode tomar para alcançar objetivos.  A tomada de decisão do agente econômico pode ser definida como um processo cognitivo mental de seleção de uma ação específica entre diversos cenários alternativos; cada escolha determina um resultado final diferente. Qualquer decisão envolve riscos e incertezas quanto aos cenários possíveis e às variáveis ambientais que podem influenciar o processo decisivo. Dessa forma, quanto mais longo o período de tempo até a efetivação da decisão tomada, maior será o grau de incerteza por parte dos indivíduos (MARCATO& MARTINEZ, 2013).

Na preparação de um projeto, é necessário decidir a cada momento se é conveniente gastar mais tempo, esforço e dinheiro em reunir antecedentes mais completos e realizar estudos mais refinados. Para isto é necessário confrontar o custo adicional com o objetivo real de um estudo mais aprofundado: reduzir as incertezas do empreendimento.

Basicamente, utilizam-se três instrumentos de análise do risco e da incerteza: ponto de equilíbrio; a análise de sensibilidade; a análise de probabilidade.

Ponto de equilíbrio

De acordo com SEBRAE (2022), o ponto de equilíbrio é uma importante ferramenta de gestão financeira para identificar o volume mínimo de faturamento necessário para não haver prejuízos, afirma ainda que a lógica do ponto de equilíbrio mostra que quanto mais baixo for o indicador, menos arriscado é o negócio. E quanto menor for o ponto de equilíbrio, mais a empresa possui os seus custos relacionados à operação (custos variáveis) do que à manutenção (custos fixos) - ficando mais competitiva e com melhor rentabilidade frente aos seus pares.

O ponto de equilíbrio (ou ponto de nivelação ou break-even point) indica o grau em que um erro nas vendas não gera perdas efetivas à empresa. O princípio em que se baseia o ponto de equilíbrio é dos mais simples. Se o projeto está desenhado para produzir e vender uma quantidade Q de bens, e obter um lucro L =R - e, ao empresário interessa saber qual a quantidade mínima q, que deve ser vendida, para que, pelo menos, não ocorram perdas; ou seja, interessa-lhe saber: no caso de o estudo de mercado estar errado ou a demanda comportar-se mal em algum ano, até que ponto pode se reduzir as vendas sem que a fábrica sofra prejuízo. O ponto de equilíbrio é o nível mínimo de produção e venda em que uma fábrica pode funcionar "autonomamente", ou seja, sem perdas.

A análise de sensibilidade

A análise de sensibilidade é o procedimento que mostra quanto mudará o valor presente líquido (VPL) frente à variação de uma estimativa relevante do investimento, nesta análise permite:

• detectar para qual das estimativas o VPL é mais sensível e, como consequência imediata, destina-se mais atenção à formação dessas estimativas

• determinar o ponto de reversão de cada estimativa, isto é, o valor de cada estimativa que anula o VPL, separando os intervalos de aceitação ou de rejeição do projeto.

Projetos que apresentarem VPL > 0, são projetos economicamente viáveis, pois indicam que os fluxos de caixa são capazes de remunerar as fontes de capital e, ainda gerarem resultados econômicos positivos.

➢ Projeto que apresentar VPL < 0, seu retorno é inferior a seu custo de capital, deixando de ser atrativo.

➢ Projeto que apresentar VPL = 0, é indiferente a sua aprovação, pois não traduz resultado econômico.

A TIR é um ponto de reversão da decisão, pois se a taxa requerida k for maior que a TIR seu VPL será negativo e o projeto não deverá ser aceito. Taxa Interna de Retorno – TIR

  • Motivação – Obtenção de uma taxa de “benefícios”
  • Definição: É uma taxa de desconto que iguala o Valor Presente dos fluxos de caixa de um projeto ao valor do Investimento Inicial. Faz a função de VPL = 0.

Regras de decisão:

  • Projetos que apresentarem TIR > TMA, serão projetos economicamente viáveis. Em se tratando se projetos mutuamente excludentes, o mais atrativo é o que tiver a maior TIR
  • Projeto que apresentar TIR < TMA, seu retorno é inferior ao custo de capital, devendo ser rejeitado.
  • Projeto que apresentar TIR = TMA, aprovação será indiferente.

Payback simples

● Definição: representa o tempo (anos, meses e dias) que um projeto demora a recuperar o investimento.

Vantagens:

✓ Decisões de investimentos que envolvem montantes relativamente pequeno.

✓ Facilidade na tomada de decisão

Desvantagens:

❖ Ignora a distribuição dos fluxos de caixa dentro do período de payback

❖ Ignora todos os fluxos de caixa que ocorrem após o momento de recuperação do investimento

❖ O payback força os administradores a adotar orientação artificial de curto prazo, que pode conduzir a decisões que não sejam as melhores aos acionistas.

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