A ERGONOMIA NA SALAS DE AULA
Por: Gustavo Salles • 18/10/2017 • Trabalho acadêmico • 3.654 Palavras (15 Páginas) • 753 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO DOS GUARARAPES (PE)
GUSTAVO ADOLFO DE SALLES FILHO
ERGONOMIA NAS SALAS DE AULA
JABOATÃO DOS GUARARAPES (PE), JUNHO DE 2017
GUSTAVO ADOLFO DE SALLES FILHO
ERGONOMIA NA SALAS DE AULA
Estudo apresentado sobre ergonomia nas salas de aula.
Professor: Carlos Vilar
Curso: Engenharia
Disciplina: Segurança do trabalho e ergonomia
Turma: 3MB
Matrícula: 201606377
JABOATÃO DOS GUARARAPES (PE), JUNHO DE 2017
RESUMO
Ao estudo da adaptação do trabalho ao homem, damos o nome de ergonomia. Uma análise do comportamento humano, visando a identificação e a exposição dos problemas ergonômicos que podem ser encontrados nos ambientes de vivência humana. Na maioria das vezes, estes estudos compreendem o universo de trabalho ou ambientes em que a acessibilidade seja obrigatória por lei.
A melhor forma de executar um serviço, a utilização dos recursos mais adequados, a elaboração e seleção dos melhores procedimentos e do local de trabalho, a orientação quanto ao uso correto e a manutenção dos equipamentos necessários. É uma ciência multidisciplinar e envolve estudos relativos a outras ciências: fisiologia, psicologia, antropometria e biomecânica.
No caso em questão, será analisada a relevância desses estudos para o ambiente de sala de aula das escolas como um todo, tomando-se como referência, um colégio de referência de Jaboatão dos Guararapes.
Tomando como base na literatura ergonômica, observações e relatos de pesquisas realizadas, sendo estas pesquisas basicamente a visita de campo. Dos pontos mais relevantes, detectou-se a inadequação do mobiliário, falta de conforto térmico, iluminação inadequada e acústica fora dos parâmetros definidos como confortáveis.
1 - INTRODUÇÃO
A ergonomia adapta o trabalho ao homem. Não somente máquinas e equipamentos utilizados no ambiente de trabalho, mas também as situações em que o homem se relaciona em seu ambiente de trabalho. Isso envolve, além do ambiente físico, a organização definida para a execução desse trabalho, visando o atingimento dos resultados definidos.
Por ser mais fácil adaptar o trabalho ao homem, que o inverso, a ergonomia parte do estudo do homem para o para fazer o projeto do trabalho, ajustando as funcionalidades do ambiente de trabalho, para as capacidades e limitações humanas.
Para realizar o seu objetivo, a ergonomia estuda uma ampla gama de características e aspectos do comportamento humano no trabalho e outros fatores importantes, que são:
- Ambiente: estuda os aspectos físicos do ambiente físico que cerca o homem na realização de suas atividades, como ruídos, vibrações, temperatura, gases, iluminação, cores e outros;
- Organização: é a junção dos elementos do sistema produtivo, estudando aspectos como horários, turnos de trabalho e formação de equipes;
- Máquina: É toda ajuda material que o homem utiliza para a execução do seu trabalho, englobando equipamentos, ferramentas, mobiliários, instalações, dentre várias outras;
- Informação: A comunicação entre os elementos de um sistema, a transmissão de informações, o processamento e a tomada de decisões;
- Resultados do trabalho: Questões de controle, como inspeções, estudos dos erros e acidentes, de gastos energéticos, de fadiga e stress;
E, finalmente, o aspecto mais importante:
- O homem: características físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais do trabalhador, influência do sexo, idade, treinamento e motivação.
1.1 – JUSTIFICATIVA
Obviamente que a atividade escolar, apesar da existência de profissionais que mantêm a estrutura funcionando, usualmente não era analisada sob o aspecto ergonômico, ficando à mercê da causalidade. Apesar de ainda não existir parâmetros adequados para um ambiente escolar, os estudos ergonômicos, permitem que o ambiente receba o mínimo de ajustes e adequações para que se exista um ambiente ergonomicamente favorável. Recentemente, a ergonomia tem procurado tornar as atividades de ensino mais eficientes. A concentração dos alunos durante as atividades em sala de aula pode ser facilitada por um ambiente adequado ao ensino. Isto tem reflexos diretos na concentração dos alunos.
A adequação do ambiente escolar, implica em vários aspectos: a idealização de uma sala de aula com pouco ruído externo, adequação da iluminação, arejada e termicamente agradável, com dimensões compatíveis ao número de alunos, mobiliário ajustado às características fisiológicas das crianças. Considerando-se que a sala de aula é um ambiente de trabalho como outro qualquer, onde as pessoas realizam tarefas específicas, é conveniente a aplicação de resultados de pesquisa na solução de problemas práticos dentro da escola.
Uma iluminação inadequada pode causar brilhos e ofuscamentos, levando a uma fadiga visual, causando desconforto. Muitas vezes a imagem perde a nitidez e em graus mais avançados, esse estresse à visão pode levar a dores de cabeça, enjoos, náuseas, irritabilidade, dentre outros.
Estudos comprovam a atuação das cores sobre o estado emocional, produtividade e qualidade do trabalho. Uma vez que o ensino demanda de muita concentração, as cores devem ser escolhidas com minúcia, evitando assim, distrações desnecessárias e agitações extremas. As paredes, teto e outros elementos estruturais devem ser pintados em cores claras, evitando se tornar o centro das atenções, diminuindo as distrações.
Os alunos geralmente permanecem sentados nas carteiras, por períodos muito extensos. O estudo postural e antropométrico, deve ser realizado como forma de garantia de conforto, indicando o projeto adequado do ambiente escolar. O mobiliário das salas de aula, além de outros fatores físicos, é o elemento de maior importância nas salas de aulas, que afetam diretamente o desempenho, segurança, conforto e em diversos comportamentos dos alunos.
O mobiliário, em função dos requisitos da tarefa, determina a configuração postural dos usuários e define os esforços e dispêndios - elementos essenciais para a adoção de comportamentos diversos - estabelecidos numa jornada de trabalho em sala de aula, além de manter vínculo restrito com a absorção do conhecimento.
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