A Estratégia Organizacional

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL

Prof. Etiene Villela Marroni

Resumo dos capítulos 8 e 9 do Livro “Imagens da Organização” de Gareth Morgan.

Pelotas, Maio de 2016.

REVELANDO A LÓGICA DA MUDANÇA: A Organização como Fluxo e Transformação

Considerando o 8º capítulo do livro “Imagens da Organização” de Gareth Morgan, o autor traz a metáfora que as organizações são vistas como o fluxo e a transformação, onde relata as quatro lógicas da mudança: Teoria da autopoiese, teoria do caos e da complexidade, cibernética e as tensões dialéticas entre opostos. A autopoiese, que é tratada como a lógica da auto-referência, considera que todos os sistemas vivos são sistemas de interação organizacionais autônomos e fechados, que referem só a si mesmo. E é a teoria de caos e a teoria da complexidade que fazem a mudança acontecer. Na teoria de caos tudo perde o equilíbrio, levando em conta de que quando há falta de informação dentro da complexidade gera o caos.

A lógica da mudança dialética entre opostos trata que qualquer que seja o fenômeno, ele gera seu oposto. Como a vida e a morte, o doce e o salgado. Na lógica dialética, há três princípios de Marx: o primeiro refere-se à luta mútua, ou unidade dos opostos. O segundo, a negação da negação e o terceiro, da transformação de quantidade em qualidade.

        Em relação à inovação como “destruição criativa”, é possível ver que a evolução e o desenvolvimento pode ser uma destruição criativa, já que as inovações vão levar a destruição do que existe no momento. Porém, é importante ressaltar que uma organização que busque manter uma vantagem competitiva precisa aceitar que o que pode ser um sucesso hoje, amanhã talvez seja o ponto fraco do produto.

Por fim, neste capítulo podemos constatar que a inércia não deve ser valorizada, que uma organização deve estar sempre em transformação e se movimentando, realizando integrações e interagindo com novas tecnologias e idéias.

A FACE REPULSIVA: As Organizações como Instrumentos de Dominação

Considerando o 9º capítulo do livro “Imagens da Organização” de Gareth Morgan, o autor relata que as organizações são vistas como instrumentos de dominação, pode-se observar que estas organizações exigem demais dos seus funcionários, expõem eles a lugares precários sem nenhuma condição de trabalho e que pensam somente no lucro e no seu próprio crescimento, sem considerar que seus funcionários são os principais componentes da organização e que sem eles, nada seria possível.

Neste capítulo, passamos a observar o papel das empresas como um processo profundo de exploração (das pessoas e dos recursos). A organização é associada com os processos de dominação social, pois impõe suas vontades aos outros. O preço imposto a um grupo de pessoas para atender aos interesses de outras causa acidentes, doenças ocupacionais, stress social e mental, entre outros.  A pirâmide de gizé é um exemplo de que, o trabalho pesado de muitas pessoas foi usado para glorificar uma elite. A exploração de um lado da organização e a realização do outro.