A GESTÃO AMBIENTAL
Por: João Gabriel Lage Caldeira • 29/11/2019 • Seminário • 3.800 Palavras (16 Páginas) • 120 Visualizações
ESTUDO DE CASO: GESTÃO AMBIENTAL DE UM RESTAURANTE EM UMA CIDADE NO INTERIOR DE MINAS GERAIS
Dulce M. S. P. dos Santos - dulcemschoenenkorb@gmail.com João Gabriel Lage Caldeira - joao.caldeira@aluno.ufop.edu.br Júlio Cesar Linhares da Silva - julio.silva@aluno.ufop.edu.br Letícia Oliveira Mendes - leticia.mendes1@aluno.ufop.edu.br Vera Lúcia Santos Castro - veraluciacastro03@gmail.com
P rof . Jean Carlos Machado Alves - jean.mep@gmail.com
Introdução
A utilização indevida dos recursos naturais, desde a aquisição da matéria-prima ao uso do produto final, pode ocasionar consequências negativas, devido aos impactos nocivos gerados ao meio ambiente. Seguindo esse pressuposto, a sociedade, cada vez mais, se preocupa em buscar maneiras de evitar que as consequências destes atos sejam ainda maiores, evitando desperdícios e gastos desnecessários.
Em concordância a esta questão e em virtude da correria cotidiana, as pessoas tendem a perder o hábito de preparar refeições em casa e realizá-las em restaurantes. Assim é crescente o número de restaurantes e outros serviços de alimentação que estão trabalhando na questão da gestão ambiental, ou seja, criando estratégias que minimizam os desperdícios de alimentos e resíduos descartáveis e promovam o desenvolvimento sustentável do estabelecimento.
Segundo a legislação é essencial que existam padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços de forma a considerar as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das necessidades das gerações futuras (BRASIL, 2012).
Nesse sentido, o estudo busca analisar as práticas existentes em um restaurante e sugerir algumas propostas que poderão contribuir com uma gestão ligada aos princípios do desenvolvimento sustentável.
Referencial Teórico
Segundo Vianna (2008) a educação ambiental consiste em um processo que tem por objetivo formar cidadãos com conhecimentos relativos ao meio ambiente biofísico e suas interações, capacitando-os a encontrar soluções e resolver problemas associados com a interação do homem ao meio que o cerca. A percepção da sociedade em relação aos impactos ambientais e consequente degradação do meio ambiente decorrente do processo de desenvolvimento intensificaram-se no final do século XX, juntamente com a reflexão sobre a influência da sociedade neste processo de crise ambiental (BELLEN, 2004).
A gestão ambiental “é o sistema que inclui a estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental.” (TINOCO; KRAEMER, 2004). Portanto, a gestão ambiental torna-se fundamental por ter a função de minimizar os impactos causados ao meio ambiente e a sociedade, que é compreendida pelas organizações como práticas que devem ser adotadas como a introdução de programas de reciclagem, medidas poupadoras de energia para essa finalidade (MATIAS, 2014).
Para Pospischek, Spinelli e Matias (2014) “a empresa utiliza recursos disponibiliza- dos pela natureza e sociedade, através de suas atividades produtivas, e retorna produtos e serviços para a mesma. Mas esses processos produtivos, além de riquezas, geram custos sociais e ambientais”.
Segundo Calvacanti (1995), “para que o desenvolvimento sustentável seja alcançado, a proteção do meio ambiente tem que ser entendida como parte integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada isoladamente”.
A produção de alimentos torna-se um fator importante, tanto do ponto de vista econômico como de impacto ambiental, pois a transformação de matérias-primas, por utilizar múltiplas técnicas de produção, acaba gerando resíduos orgânicos e inorgânicos, além do desperdício de embalagens, as quais são produtos de grande valor que poderiam ser reutilizadas (SANTOS; SIMÕES; MARTENS, 2006).
Nesse contexto, o preparo industrial de alimentos de forma sustentável não deve estar apenas relacionado à produção e a processos que utilizam recursos naturais e geram resíduos de diversos tipos, pois mesmo após o ciclo de produção estar completo e o produto final chegar à mesa dos consumidores, o impacto continuará presente, devido ao descarte das sobras, das embalagens, utilização de produtos químicos não biodegradáveis e até mesmo desperdício de água e energia nas diferentes etapas do processo produtivo (SANTOS;
SIMÕES; MARTENS, 2006).
Castellanelli et al. (2007) relata que o resíduo de óleo de fritura gerado nas residências, indústrias e estabelecimentos do país é despejado diariamente nos rios, ou muitas vezes em pias e vasos sanitários devido a falta de informação da população. Esses resíduos vão parar no sistema de esgoto, onde causa entupimento de cano, encarecimento dos processos da estação de tratamento, além de ocasionar a poluição do meio aquático (MATIAS, 2014).
Procedimentos Metodológicos
Será explicado nesta seção como o estudo foi desenvolvido, classificando a pesquisa quanto a sua natureza, seu objetivo, sua abordagem e o seu método de pesquisa. Em seguida, será explicitado como realizou-se a coleta de dados da empresa, a análise das informações coletadas e a proposta de melhoria realizada ao estudo de caso em questão.
Classificação da pesquisa
A classificação das pesquisas científicas pode ser um assunto bastante controverso, pela mesma se basear no enfoque dado pelo autor (TURRIONI; MELLO, 2012). Logo, as classificações observadas pelo grupo são definidas a partir de todo histórico observado na pesquisa.
Classificando quanto a sua natureza, o trabalho pode ser definido como pesquisa aplicada, por ter como objetivo a aplicação do conhecimento na realidade e não o progresso científico.
Em seu objetivo, o trabalho pode ser classificado como pesquisa descritiva, apre- sentando detalhes do que acontece na realidade com a empresa, comparando com o teórico estudado.
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