A História da Matemática no Brasil
Por: Arroba Net • 21/6/2018 • Trabalho acadêmico • 1.798 Palavras (8 Páginas) • 196 Visualizações
HISTÓRIA DA MATEMÁTICA NO BRASIL[1]
Bruno Quadros, Djeane França, Fábio Alexandre, Luan Patrick, Lucas Bezerra, Jhonata Alves, Matheus Fellipe, Victor Matheus.[2]
Licenciatura em Matemática[3]
Universidade Estadual de Goiás (UEG) [4]
- INTRODUÇÃO
Através deste descrevemos a matemática europeia recebida e praticada pela nação Brasileira a partir do período colônia ate a década de 50, os períodos relatados seguem a grandes mudanças na evolução política do país. Conhecemos pouco sobre a história da matemática, a qual era apenas uma matéria complementar de outros cursos e estava longe de ser uma ciência exata, é importante ressaltar que tivemos a colaboração de vários matemáticos que muito contribuíram para o desenvolvimento da matemática no Brasil, não foi em larga escala pela falta de incentivo e apoio governamental, mas mesmo sem apoio e pouco registrada, temos a história da matemática no Brasil.
PALAVRAS-CHAVE: Matemática, Ensino, História, Brasil.
- DIVISÃO HISTÓRICA[5]
2.1 Brasil Colônia[6]
Nesse período histórico, há pouco o que relatar, pois naquela época, estrutura e interesse para o ensino da matemática era extremamente escassos, os jesuítas foram os criadores das primeiras escolas no Brasil, O Padre M. da Nóbrega (1517- 1570) chegou ao Brasil em 1549 e em 29 de março daquele mesmo ano tomou providencias para a criação de uma escola de primeiras letras, em Salvador – BA então capital Brasileira foi fundada a primeira escola no país onde se ensinava ler e escrever, cujo primeiro professor foi o Jesuíta Vicente Rijo Rodrigues (1528-1600).
Quando Inácio de Loyola e seus companheiros fundaram a Companhia de Jesus, parece não haver nenhuma intenção de que um de seus objetivos seria o ensino, e até mesmo a Bula Papal que aprova esta Ordem não se refere a isso. No entanto, vamos encontrá-la nas “Constituições” da Companhia que, apesar de terem começado a ser escrita por Inácio de Loyola em 1539, só foram aprovadas em 1558 [...] (ROSENDO, 1996, apud, SILVA, 1992).[7]
Em 1572 foi criado pelos inicianos[8] um curso mais avançado em Salvador, o curso de artes havia matemáticas, lógica, física, metafísica e ética, tal curso levava a licenciaturas ou bacharelados, o que comprova o inicio das licenciaturas e bacharelados no Brasil, porem o ensino da matemática no Brasil se inicia com os algarismos e aritmética. Naquela época funcionavam 16 colégios mantidos pelos jesuítas no Brasil e em apenas oito funcionava o curso de Filosofia ou de Artes. O objetivo da ordem iniciana nesses colégios sempre foi educar e formar para a igreja, mesmo assim vários alunos que não seguiam essa ordem frequentaram esses colégios. O curso só passou a ser oferecido no rio de janeiro em 1573.
- Fatos em Portugal que afetaram a educação Brasileira[9]
Afetando culturalmente Portugal acreditava que acabar com a língua nativa resolvia o problema de atraso do país, porém apenas piorou a situação já que varias escolas foram fechadas já que o principal objetivo de catequizar idealizados pelos jesuítas ficou em segundo plano, tal reviravolta teve seu clímax em 1772 quando a reforma na educação chegou a Universidade de Coimbra na metrópole. Tais reformas inesperadas refletiram negativamente no ensino e desenvolvimento da matemática no Brasil, pois Brasileiros e portugueses sofreram com as mudanças e transferência da família real.
- Período do Império e República Velha até a década de 1930[10]
A expansão Napoleônica forçou Portugal a fugir ao Brasil no fim de 1807 e assim foi criado a Real Academia Militar na corte do Rio de janeiro, a Academia Real Militar começou a funcionar em 23 de abril de 1811, a qual no primeiro ano ministrava-se Aritmética, Álgebra, Geometria, Trigonometria e Desenho; No segundo ano Álgebra, Geometria, Analítica, Cálculo Diferencial e Integral, Geometria Descritiva e Desenho; No terceiro ano Mecânica, Balística e Desenho; No quarto ano Trigonometria Esférica, Física, Astronomia, Geodésia, Geografia Geral e Desenho; No Quinto ano Tática, Estratégia, Castrametraçao, Fortificação de Companhia e Reconhecimento de Terreno e Química; No sexto ano Fortificação Regular e Irregular, Ataque e Defesa de Práticas, Mineralogia e Desenho e no Sétimo ano Artilharia, Minas e História Natural.
Constava nos Estatutos que os professores eram obrigados a organizarem textos didáticos feitos sobre livros adotados, geralmente de autores franceses, para o uso de seus alunos. Este foi o motivo pelo qual foram feitas traduções para a língua portuguesa de várias obras matemáticas.
Após a Independência do Brasil, em 1822, a Academia Real Militar passou a chamar-se Academia Imperial Militar e em seguida, Academia Militar e de Marinha do Brasil. Foi num curto período, pois um decreto Imperial de número 25 decretou a separação das duas Escolas, e depois de outras mudanças denominou-se Escola Militar. Um Decreto Imperial instituiu modificações nos Estatutos da Escola Militar, dentre estes, ampliariam disciplinas de Engenharia Civil do sétimo ano do curso daquela instituição de ensino. Foi o prenúncio para a criação da Escola de Engenharia, separada de uma Instituição Militar, Foi também mantido o curso Matemático. Acredita-se que este modelo de escola foi inspirada em escolas francesas. Temos especial interesse pelo Curso de Ciências Físicas e Matemáticas, sucessor do curso 9 matemático da então Academia Real Militar. O curso citado tinha três anos de duração e foi mantido naquela instituição até 1896, onde se estudavam as seguintes disciplinas: Séries, Funções Elípticas, Cálculo Diferencial e Integral, Cálculo das Variações, das Diferenças e das Probabilidades, Aplicações às Tabuas de Mortalidade, aos Problemas de Juros Compostos, às Amortizações pelo Sistema de Price, aos Cálculos das Sociedades Tontinas e aos Seguros de Vida.
Com a Proclamação da Republica, iniciou uma nova fase do ponto de vista matemático científico, mas em geral, pouca inovação trouxe ao país, com relação Ensino Superior. No período republicano foi promulgado o Decreto número 2221, de 23 de janeiro de 1896, dando novos Estatutos da Escola Politécnica. Essa reforma extinguiria os chamados cursos científicos, como curso de Ciências Físicas e Matemáticas e o curso de Ciências Físicas Naturais, o ensino regular da matemática retornou com a criação da Fundação da Universidade de São Paulo – USP e sua Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras é que o ensino e o desenvolvimento das Matemáticas retornaram com toda força ao país, por meio de um curso próprio.
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