A História da Sodiê Doces Desde o Surgimento Até os Dias de Hoje

História da Sodiê Doces desde o surgimento até os dias de hoje.

A história da Sodiê Doces começou com muita força de vontade e resiliência de Cleusa Maria da Silva natural de Bandeirantes no Paraná, foi boia-fria (cortava cana) e empregada doméstica, trabalho que se propagava de geração para geração no seio de sua família, Cleusa maria sonhava em quebrar esse ciclo, dar uma vida diferente para seus filhos e dar a ‘aposentadoria” de sua mão que ainda permanecia no corte da cana e que era tão merecida  tendo em vista o tanto que trabalhou e lhe apoiou para que chegasse onde chegou.

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Vinda de uma família muito pobre e numerosa a fundadora da Sodiê soube aproveitar muito bem cada oportunidade e enfrentar todos os desafios comuns de quem busca empreender começando do zero.

A terceira filha de uma família de dez irmãos começou a trabalhar aos nove anos de idade como doméstica, aos doze após a morte do pai em um acidente foi para a lavoura de cana de açúcar e se tornou boia-fria, quando completou dezesseis anos veio para são Paulo e trabalhou como arrumadeira e estudava onde concluiu o ensino fundamental, logo se mudou para Salto interior de São Paulo onde morou com os avós e conseguiu emprego em uma fábrica

Trabalhando nessa empresa em que a esposa do patrão fazia e comercializava bolos, certa vez ela teve um problema de saúde que a impedia de cozinhar e pediu para que Cleusa a ajudasse, ela ensinou Cleusa a fazer o bolo que após finalizado que pesava 35 kg, era para o aniversário da sobrinha da patroa.

Após a festa a patroa elogiou o trabalho de Cleusa e disse que a mesma tinha talento, mas Cleusa na época não tinha dinheiro para investir nem nos ingredientes muito menos na batedeira, mas a patroa de bom grado lhe comprou uma batedeira para que ela pagasse quando pudesse e ainda indicou clientes para que ela pudesse vender, como a patroa não conseguiu seguir com os negócios passou toda a venda de bolos para Cleusa.

Durante algum tempo Cleusa trabalhava de dia na fábrica e a noite confeccionava os bolos e os entregava a pé para os clientes, com muita dedicação e ajuda de sua mãe ela conseguiu aprimorar a receita aprendida com a antiga patroa e ainda incluiu também balas de coco onde a receita foi aprendida em um programa de TV.

Após pedir demissão da fábrica em 1997 abriu sua primeira loja com o dinheiro da rescisão, um espaço de 20 m² na cidade de Salto interior de São Paulo, em 2001 com a expansão das vendas o espaço teve de ser ampliado para 80 m² onde seu irmão e alguns ex-funcionários da fábrica que ela havia trabalhado se tornaram sócios, e os negócios não pararam de prosperar logo foram inaugurando novas lojas em cidades próximas como Indaiatuba, Americana, Sorocaba e Itu.

No início a loja se chamava Sensações durante cinco anos Cleusa fazia os bolos em casa à noite e levava de manhã para vender na loja, após esse tempo comprou um caro parcelado, as coisas melhoraram e a expansão dos negócios foi acontecendo com a fama da loja, começaram a expandir para as cidades próximas. Logo Cleusa descobriu que uma multinacional estava desaprovando o pedido de registro de marca alegando direitos autorais, essa empresa era a Nestlé, que havia dado esse nome para um de seus chocolates, o que era um grande problema para Sonia que teve até que pagar uma assessoria para resolver o impasse, mas isso acabou sendo mais um passo para o sucesso, uma de suas amigas da época da fábrica lhe sugeriu um novo nome ‘Sodiê Doces’ onde esse nome seria a junção das iniciais dos nomes de seus filhos Sofia e Diego e assim foi registrado o nome da marca Sodiê Doces.

Após todo o ocorrido a Nestlé se tornou parceira da marca fornecendo 70% da matéria prima para os bolos.

Mesmo com a instabilidade do mercado o segredo é não aumentar muito os preços no cardápio, até porque a concorrência foi surgindo com o passar dos anos, mas a marca Sodiê vem mantendo sua história e reputação.

 Após dez anos de trabalho árduo a Sodiê virou franquia, expressão que Sonia Maria nem sabia o que significava, em 2002 através de um cliente que a questionou sobre o assunto, ela foi atrás para entender do que se tratava essa tal franquia, viajou até são Paulo, na Avenida Paulista fez um curso na ABF (Associação Brasileira de Franquias) e leu alguns livros sobre o tema.