A INFLUÊNCIA DA INOVAÇÃO TECNOLOGICA NA CULTURA ORGANIZACIONAL E NA CARREIRA DO SERVIDOR PÚBLICO
Trabalho Universitário: A INFLUÊNCIA DA INOVAÇÃO TECNOLOGICA NA CULTURA ORGANIZACIONAL E NA CARREIRA DO SERVIDOR PÚBLICO. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Ivaniamarconi • 27/10/2014 • 3.690 Palavras (15 Páginas) • 394 Visualizações
Resumo
O presente trabalho se propõe a identificar e analisar a influência das inovações tecnológicas na carreira de servidores públicos que atuam no judiciário considerando a cultura organizacional desenvolvida. Para atingir o objetivo proposto, optou-se por uma abordagem descritiva e qualitativa. Os dados para análise foram obtidos por meio de pesquisa documental e entrevistas semi-estruturadas e realizada uma análise de conteúdo. Os achados demonstraram que quanto maior envolvimento que o servidor possui com as inovações tecnológicas melhor é o desempenho no ambiente de trabalho diante das inovações implementadas na cultura organizacional do setor público. Os principais aspectos facilitadores para implantação de inovações tecnológicas no serviço público é o uso de tecnologias pelos servidores, vez que quando maior é contato com novas tecnologias o destaque destes servidores são maiores quando das inovações que correm na cultura organizacional. Também constatou-se que a duvida e desconfiança sobre a inovação é prejudicial para a utilização nas inovações fazendo com que muitos servidores a utilizem novas tecnologias apenas como uma obrigação não conseguindo visualizar os benefícios que ela pode trazer.
Palavras Chave: Servidor Público - Cultura – Inovação tecnológica -
INTRODUÇÃO
A inovação tem sido considerada um tema estratégico na administração assim com a implantação de novas tecnologias levando a um maior desafio para as organizações.
Uma organização que tem a inovação como estratégia competitiva deve fundamentar-se em padrões culturais muito diversos da gestão por custos ou da gestão voltada para as tendências imediatas do mercado. São variados os tipos de organizações que podem unir-se em um esforço conjunto e encadeado de geração, desenvolvimento e difusão das inovações tecnológicas, de variadas maneiras (MOTA; LUCCHESI, 1998), apresentando uma tendência crescente de desenvolvimento de projetos de inovação em redes colaborativas em torno de projetos comuns. Um desses exemplos podemos citar o “Poupa Tempo”
Toda organização tem sua cultura própria, diferenciando-se de outras pela forma de fazer as coisas e pela maneira de pensar das pessoas presentes no ambiente de trabalho. Para ter e manter uma cultura inovadora é fundamental que essas pessoas compartilhem valores/crenças e pressupostos relacionados à inovação (HORTA; CABRAL, 2008).
Em se tratando de organização publica a luta de forças se manifesta entre o “novo e o velho”, isto é, as transformações e inovações das organizações no mundo contemporâneo ante uma dinâmica e uma burocracia arraigadas. De acordo com José Calixto de Souza Pires e Katia e Barbosa Macedo em seu artigo Cultura organizacional em organizações públicas no Brasil “As organizações públicas se deparam com a necessidade do novo tanto em aspectos administrativos quanto em políticos. Mais que isso, necessitam criativamente integrar aspectos políticos e técnicos, sendo essa junção inerente e fundamental para as ações nesse campo.
A cultura organizacional dos órgãos públicos tem suas raízes na burocracia, e a décadas os servidores públicos vivam o mesmo papel, no entanto com as recentes mudanças na tentativa do estado desburocratizar a fim de propor uma melhor qualidade na prestação de serviços a cultura organizacional tem passado por transformações e nesse contexto os servidores dinâmicos com num maior contato coma tecnologia e inovações vem se desatado em suas carreiras.
CULTURA ORGANIZACIONAL
A cultura organizacional é vista quando os padrões de crenças ou significados são compartilhados, fragmentados ou integrados, estando amparados em diversas normas operacionais e rituais, podendo exercer influência decisivamente na habilidade total da organização em encarar desafios (MORGAN, 2009). Para Schein a cultura organizacional é:
“padrão de assuntos básicos compartilhados que um grupo aprendeu como maneira de resolver seus problemas de adaptação externa e resolver seus problemas de integração interna, e que funciona bem a ponto de ser considerado válido e desejável para ser transmitido aos novos membros como maneira correta de perceber, pensar e sentir em relação a aqueles problemas.”
Já para Jaques:
“a cultura organizacional é a maneira costumeira ou tradicional de pensar e fazer as coisas compartilhadas em grande extensão por todos os membros da organização e que os novos membros devem aprender e aceitar para serem aceitos no serviço da firma.”
Assim bem definida, a cultura organizacional é um conjunto de normas empíricas, adquiridas através do conhecimento e passada e orientadas aos novos integrantes de uma organização, sempre considerando que cada organização é única e que existem vários aspectos e misturas de componentes formadores da cultura, uns de fácil compreensão e outros mais difíceis.
A cultura organizacional, com seus elementos, tais como valores e pressupostos, preponderantes na conduta das organizações se traduzem em formas culturais que orientam e influenciam diversos comportamentos, inclusive aqueles voltados para a inovação.
Para Jamrog e Overholt (2004) a estrutura da empresa, a autoridade exercida em diferentes posições, sua cultura e os requisitos tecnológicos utilizados afetam e modificam o desempenho humano. Assim, diante da busca crescente pela inovação no mercado e por diferenciais competitivos, torna-se importante na empresa a existência de uma cultura organizacional facilitadora, atuando de forma estratégica para a conquista de objetivos.
No caso do setor público, as instituições, em função de sua uniformidade administrativa, apresentam culturas similares, sendo que, muitas vezes, as características identificadas na cultura de uma organização podem equivaler à de outra. Conforme Pires e Macedo (2006), a cultura da maioria das organizações públicas, no Brasil, leva essas organizações a burocracias tradicionais que, além de terem se tornado complexas, com atributos centralizadores e estruturas rígidas, não têm sido planejadas para o atendimento das necessidades dos cidadãos, ou para a efetiva eficácia na prestação dos serviços.
Nesse contexto, Meirelles (1998 apud PINHEIRO, 2000) afirma que o sistema burocrático presente na maioria
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