A Identificação de Polímeros
Por: Bruna Araújo • 27/11/2018 • Artigo • 2.331 Palavras (10 Páginas) • 333 Visualizações
Identificação de Polímero
1. Objetivo
O presente relatório tem como principal objetivo descobrir a identidade do material polimérico fornecido em aula, para isto serão realizados experimentos em laboratório, por meio de alguns testes químicos envolvendo soluções, queimas, gases, dentre outros processos. Com isto serão estudados e analisados os resultados obtidos nestes experimentos e com auxílio da pesquisa teórica das propriedades dos polímeros se poderá então descobrir de que material se trata.
2. Introdução Teórica
Os polímeros podem ser identificados por meio de diversas técnicas, desde testes mais simples como teste de chama e mesmo análise visual e sensitiva como por meio de técnicas mais sofisticadas como por espectroscopia de infravermelho e de ressonância magnética nuclear e por meio de difração de raio-X. Na presente prática será realizada a identificação de polímeros comuns por meio de técnicas muito simples e amplamente acessíveis (CARVALHO, 2012).
Estas técnicas principais estão explicadas na teoria abaixo:
- Densidade: A densidade é determinada por meio do calculo direto a partir do volume da amostra e de sua massa. (p=m/v);
- Teste de fio cobre: É um teste para identificar a presença do cloro no material. Consiste no aquecimento de um fio de cobre ate que se torne “rubro”, tocando imediatamente o material a ser analisado com o fio de cobre e levando novamente á chama do bico de Bunsen. A formação da cor da chama indicará a presença do cloro no material.
- Teste de queima: Baseia-se na queima do material polimérico em uma chama. Cada tipo de material apresenta comportamento especifico quando são queimados. No teste de queima é possível verificar algumas propriedades da chama, por exemplo, sua coloração, presença ou não de fuligem, pH, odor da fumaça e se o material incendeia ou não quando retirada a fonte de combustão. Com base nas características observadas, é viável identificar o tipo de material polimérico que esta sendo analisado ou testado.
- Teste de solubilidade: são analisados os polímeros e os solventes em termos dos parâmetros de solubilidade. Realizando-se o teste, tem-se as seguintes situações quanto ao polimero: solúvel ou insolúvel a temperatura ambiente; ocorre inchamento; insolúvel sem ocorrer inchamento. Os termoplásticos podem ser solúveis ou insolúveis a elevada temperatura e os termorrígidos são insolúveis e não apresentam inchamento.
Para a identificação de polímeros não conhecidos, muitos são os testes realizados, e para um melhor entendimento deve haver uma certa sequência para descartar possibilidades inválidas, para isto se utlizará o seguinte fluxograma base, com foco no processo de queima do polímero em amostras que não se extinguem após a retirada do fogo, que é o caso desta.
Figura 2.1: Fluxograma para identificação de polímeros que não extinguem.
[pic 3]
Fonte: Braun, 2013.
Os testes preliminares se devem a observação da amostra, buscando verificar seu aspecto superficial, seu nível de transparência e sua rigidez. Após esta verificação serão realizados testes de chama, fusibilidade, pirólise, solubilidade, dentre outros, eliminando materiais que não se adequarem aos resultados obtidos em laboratório, e comparando estes mesmos resultados na tabela a seguir.
Tabela 2: Características dos polímeros.
Resina | Teste de chama | odor | Ponto amolecimentooC | Densidade |
(g/cm3) | ||||
Polietileno de baixa | Chama Azul | Cheiro de | 105 | |
densidade | Vértice amarelo | vela | ||
Polietileno de alta | Chama Azul | Cheiro de | 130 | 0,94 |
densidade | Vértice amarelo | vela | 098 | |
Polipropileno | Chama amarela, crepita ao | Cheiro | 165 | 0,85 |
Queimar, fumaça fuliginosa | Agressivo | 092 | ||
ABS | Chama amarela, crepita ao | Monômero de | 230 | 1,04 |
queimar fumaça fuliginosa | estireno | 1,06 | ||
SAN | Tal qual PS e ABS, porém | Borracha | 175 | 1,04 |
fumaça menos fuliginosa | Queimada | 1,06 | ||
Poliacetal | Chama azul sem fumaça com | Monômero de | 130 | 1,08 |
centelha | estireno | |||
Acetato de celulose | Chama amarela, centelhas | Formaldeído | 175 | 1,42 |
queimando | 143 | |||
Acetato de butirato de | Chama azul faiscando | Ácido acético | 230 | 1,25 |
celulose | 1.35 | |||
PET | Chama amarela, fumaça | Manteiga | 180 | 1,15 |
mas centelha | rançosa | 1.25 | ||
Acetato de vinila | Chama amarela esverdeada | - | 255 | 1,38 |
1.41 | ||||
PVC rígido | Chama amarela, vértice | 127 | 1,34 | |
verde | - | 137 | ||
PVC flexível | Chama amarela, vértice | Cheiro de | 150 | 1,19 |
verde | cloro | 135 | ||
Poli carbonato | Decompõe-se, fumaça | Cheiro de | 150 | 1,19 |
Fuliginosa com brilho | cloro | 135 | ||
Poliuretanos | Bastante fumaça | Acre | 230 | 1,20 |
122 | ||||
205 | 1,21 | |||
PTFE | Deforma-se | - | 327 | 2,14 |
217 | ||||
Chama azul, vértice | 1,12 | |||
Nylon-6 | Amarelo, centelhas, difíceis | - | 215 | 1,16 |
De queimar | ||||
Chama azul, vértice | Pena e | 1,12 | ||
Nylon-66 | amarelo, centelhas, difíceis | cabelo | 260 | |
de queimar | Queimado | 1,16 | ||
Chama azul, vértice | Pena e | |||
Nylon - 6,10 | amarelo, centelhas difíceis | cabelo | 215 | 1.09 |
de queimar | Queimado | |||
Chama azul, vértice | Pena e | |||
Nylon - 11 | amarelo, centelhas, difíceis | cabelo | 180 | 1,04 |
de queimar | Queimado | |||
Queima lentamente, | ||||
Poli (metacrilato de | mantendo a chama, chama | Cheiro de | 1,16 | |
metila) | amarela em cima, azul em | alho ou resina | 160 | 1,20 |
baixo. Amolece e quase não | de dentista | |||
apresenta carbonização |
Fonte: Carvalho, 2012.
3. Procedimento Experimental
Ao realizar determinados testes para descobrir a identidade do polímero, pode-se citar sete tópicos principais, explicados em seguida, que foram executados em laboratório. São estes a seguir: pirólise, fusibilidade, solubilidade, identificação de cloro (halogênio), determinação da densidade, determinação de anel aromático e identificação de nitrogênio na estrutura.
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