A Lista de Exercícios Ferrovias
Por: Crys Souza • 22/7/2022 • Trabalho acadêmico • 2.383 Palavras (10 Páginas) • 98 Visualizações
CURSO: Engenharia Civil UNIDADE DE ENSINO: Unifaminas - Muriaé PERÍODO: Décimo TURMA: A DATA: VALOR: 30 Pontos PROF(A).: NOME: NOTA: _______ |
LISTA AVALIATIVA DE EXERCÍCIOS 1ª ETAPA
- Elabore um breve resumo sobre o histórico das ferrovias no Mundo e no Brasil.
Por volta dos anos 600 A.C., na Grécia Antiga, foi utilizado o primeiro sistema de transporte com um mecanismo de carris que se movimenta através de um trilho tracionado por animais e escravos. No início do século XVI na Alemanha, foi desenvolvido um sistema de transporte parecido, também, tracionado por animais e seres humanos. As vias eram constituídas por dois trilhos de madeira e destinavam-se, principalmente, ao transporte de carvão e minérios extraídos de minas subterrâneas.
No início do século XVII, na Inglaterra, as companhias de mineração iniciaram a construção de pequenas vias de trilhos de madeira em que cavalos eram utilizados para tracionar os vagões sobre os trilhos. Em meados do século XVIII os trilhos de madeira passaram a ser revestidos por tiras de ferro para torná-los mais resistentes e duráveis. No final desse século, os ingleses deram início a fabricação de trilhos inteiramente de ferro. Neste mesmo período era desenvolvida a 1 ª máquina a vapor (James Watt, 1770).
A primeira máquina capaz de aproveitar altas pressões de vapor, para girar um eixo trator, foi inventada pelo inglês Richard Trevithick, no início do século XIX. A partir de uma experiencia de Trevithick com este veículo, por uma via com extensão de 15 km é que surgiu a primeira locomotiva movida com um motor a vapor. Com mais força e velocidade, as máquinas foram substituindo a tração animal e outros inventores passaram a desenvolver e aperfeiçoar a ideia.
Em 1825 George Stephenson, construiu a primeira ferrovia, no mundo, a conduzir trens de carga, em horários regulares por uma extensão de 32 km. O mesmo, identificou a necessidade de que as ferrovias de um país possuíssem uma bitola padronizada. Em 1907, na Conferência Internacional de Berna (Suiça), a bitola adotada por Stephenson de 1,435 m, foi consagrada e considerada até os dias atuais, como “Bitola Internacional”.
Depois da metade do século XIX, os trilhos de ferros foram substituídos por trilhos de aço, pois estes, possuí durabilidade 20 vezes superior à dos trilhos de ferro. No final do século, muitos trens já desenvolviam a velocidade de 80 a 100 km/h. Neste período, já eram projetadas locomotivas elétricas, a partir do século XX, muitas ferrovias europeias eletrificaram suas linhas principais. Em meados do século, devido a constante evolução das ferrovias, começaram a ser desenvolvidos projetos de linhas e composições capazes de superar os 200 km/h.
No Brasil, a implementação do sistema modal ferroviário, teve início no período imperial, como o objetivo de integrar as regiões e escoar a produção de matérias-primas do interior até os mercados consumidores e os portos. A primeira tentativa de implantação de uma ferrovia foi em 1835. Neste período, o Regente Diogo Antônio Feijó, promulgou uma Lei, concedendo favores a quem quisesse construir e explorar uma estrada de ferro ligando a capital do império (RJ) às capitais das Províncias (MG, SP, RS e BA). No entanto, a tão arriscada empreiteira não despertou nenhum interesse. Em 1836, uma nova inciativa conhecida por “Plano de Viação”, concedendo direito para construção de uma ferrovia ligando as principais cidades de São Paulo, também foi frustrada. A terceira tentativa para construir uma ferrovia ocorreu em 1840, novamente, o empreendimento não despertou interesse dos investidores.
Em 1852, o famoso, Barão de Mauá, Irineu Evangelista de Souza, deu início a construção da primeira estrada de ferro do Brasil, com extensão de 14,5 km. Está ferrovia foi inaugurada em 1854, ligando Porto de Mauá (interior da Baía da Guanabara) e a Raiz da Serra. Após a inauguração da Estrada de Ferro Mauá, sucederam-se a construção de outras ferrovias, tais como: Recife ao São Francisco e a ferrovia D. Pedro II, uma das mais importantes obras da engenharia ferroviária do País (1858); Bahia ao São Francisco (1860); Santos a Jundiaí (1867) e; ferrovia Companhia Paulista (1872).
No entanto, ano de 1970 o sistema ferroviário brasileiro, devido à concorrência direta com o setor do sistema rodoviário, começou a desabar. Sem investimentos, na metade de 1990, as ferrovias federais e estatuais entraram em um período de desestatização, em torno de 8.000 quilômetros de extensão ferroviária são desativadas. A partir dos anos 90, o sistema ferroviário, no país, foi marcado pela privatização nacional.
Devido aos resultados positivos dos investimentos que a iniciativa privada trouxe para o setor, sendo inicialmente utilizados para recuperar a malha ferroviária e material rodante, em seguida, o aumento da capacidade e melhoria dos serviços operacionais, atualmente o sistema ferroviário brasileiro ganha um novo impulso para o segmento. Em 2012, o Governo Federal lança o Programa de Investimentos em Logística (PIL), que visa aumentar a malha rodoviária e ferroviária de forma a adequá-la às grandezas geográficas brasileiras, trazendo uma logística mais eficiente e maior modicidade tarifária.
Em 2015 a segunda etapa da PIL, dando continuidade ao processo de modernização de infraestrutura ferroviária do país, com o objetivo de retomar o crescimento e diminuir os gargalos logísticos. Já em 2020, o Ministério de Infraestrutura anunciou o investimento de R$ 30 bilhões em ferrovias nos próximos 5 ou 6 anos, com recursos seriam obtidos por meio de concessões.
- Quais as vantagens e desvantagens do modal ferroviário?
VANTAGENS
- Alta segurança: Está relacionado tanto com o baixo índice de furtos e roubos das cargas quanto a acidentes que são menos comuns, pois, os vagões são pesados antes de qualquer transporte, o que evita possíveis descarrilamentos e tombamento. No geral, em comparação com as rodovias, as cargas transportadas pelas ferrovias estão mais seguras, com um percentual de roubos ou acidentes muito menor.
- Alta capacidade de transporte de cargas: Pelo transporte de cargas utilizando as ferrovias é possível transportar, de uma única vez, de 80 a 120 toneladas por vagão, ou seja, esse valor pode ser multiplicado com a utilização de mais vagões. Já um caminhão tem o limite máximo de 70 toneladas, considerando uma quantidade maior que este limite, seria preciso fazer um trajeto várias vezes.
- Custo baixo devido à menor incidência de taxas e ao uso de combustíveis mais baratos: Com apenas um trem de carga é possível transportar milhares de toneladas, sendo assim, o custo com frete e combustíveis é menor.
- Inexistência de trânsito: As linhas férreas apresentam rotas fixas, em que não existe trânsito, mesmo se a linha passar por alguma rua, a sinalização existente é para os veículos das rodovias.
- Menor impacto ambiental: A locomoção pelas linhas férreas reduz o impacto ambiental por consumir menos recursos e ser menos poluente quando comparado com o transporte por outros modais.
DESVANTAGENS
- As rotas fixas e inflexíveis: Rotas fixas obrigam que o embarque e desembarque dos materiais ou passageiros sejam sempre nos mesmos locais, causando grande dependência de outros modais de transporte para atingir destinos finais. Além disso, caso ocorra algum problema na linha férrea o mesmo pode inviabilizar a locomoção.
- Baixo investimento governamental em vias férreas: Apesar da recente iniciativa do Governo Federal de direcionar recursos para as ferrovias existe um atraso e abandono em diversas linhas férreas devido à falta de investimento estatal por décadas.
- Constantes necessidades de baldeações: Devido as rotas fixas, o transporte ferroviário no país necessita, muitas vezes, de outro modal para que seja feita a entrega da carga ao destinatário final.
- Demora para construção da malha ferroviária
- Os serviços de transporte ferroviário desenvolvem-se em dois setores principais. Defina quais são eles, suas diferenças e subgrupos caso apresentem.
Os dois setores principais de transporte ferroviários são o transporte de passageiros e o transporte de cargas, sendo que, o transporte de passageiros de divide em dois subgrupos:
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