TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A PROPAGAÇÃO DE ONDAS COM PERDAS DIELÉTRICAS

Por:   •  30/5/2020  •  Seminário  •  1.903 Palavras (8 Páginas)  •  266 Visualizações

Página 1 de 8

PROPAGAÇÃO DE ONDAS COM PERDAS DIELÉTRICAS

Um dielétrico com perdas é um meio no qual uma onda EM, quando se propaga, perde energia devido a um dielétrico imperfeito. Em outras palavras, um dielétrico com perdas é um meio parcialmente condutor (dielétrico imperfeito ou condutor imperfeito) com σ ≠ 0, distinto de um dielétrico sem perdas (perfeito ou bom dielétrico) em que σ = 0. Considere um meio dielétrico linear, isotrópico, homogêneo e com perdas que é livre de carga (ρ macroscópico = 0). Assumindo e suprimindo o fator de tempo ejωt, as equações de Maxwell tornam-se:

 (1.1)[pic 1]

 (1.2)[pic 2]

 (1.3)[pic 3]

 (1.4)[pic 4]

Tirando o rotacional dos dois lados da equação 1.3 temos que:

 (1.5)[pic 5]

Aplicando a identidade vetorial:

 (1.6)[pic 6]

Para o lado esquerdo da eq. (1.5) e chamando eqs. (1.1) e (1.4), obtemos

[pic 7]

Ou

 (1.7)[pic 8]

Onde

 (1.8)[pic 9]

E γ, em metros, é chamada constante de propagação do meio. Por um similar

procedimento, pode ser demonstrado que para o campo H:

 (1.9)[pic 10]

As equações (7) e (9) são conhecidas como equações vetoriais de Helmholtz ou simplesmente equações vetoriais de onda. Nas coordenadas cartesianas, a eq. (7), por exemplo, é equivalente a três equações de ondas escalares, uma para cada componente de E ao longo de ax, ay e az.

Sendo que γ em eqs. (1.7) a (1.9) é uma quantidade complexa, podemos definir:

 (1.10)[pic 11]

Nós obtemos α e β das equações 1.8 e 1.10 observando que:

 (1.11)[pic 12]

E

 (1.12)[pic 13]

A partir das equações 11 e 12, nós obtemos:

 (1.13)[pic 14]

 (1.14)[pic 15]

Sem perdas, se assumirmos que a onda se propaga ao longo de +az e que Es possui somente componente em x, então:

 (1.15)[pic 16]

Então substituímos na equação 1.7, obtemos:

 (1.16)[pic 17]

Sem perdas, se assumirmos que a onda se propaga num meio sem limites ao longo de az e que E só possui componente x que não varia com x e y, então:

[pic 18]

Ou

 (1.17)[pic 19]

Essa é a equação escalar de onda, uma equação diferencial linear homogênea, com solução:

 (1.18)[pic 20]

Onde E0 e E0’ são constantes. O fato de que o campo é finito no infinito exige que E0’=0. Inserindo o fator temporal ejωt na equação 1.18 e usando a equação 1.10, obtemos:

 (1.19)[pic 21]

Um desenho de |E| em tempo t=0 e t=Δt é representado na figura 1. Onde se torna evidente que E só possui componente x e está viajando na direção +z. Tendo obtido E(z, t), nos obtemos H(z,t) tomando passos similares ao resolvido na equação (1.9) ou na equação (1.19) em conjunto com as equações de Maxwell. Eventualmente, teremos:

 (1.20)[pic 22]

Onde:

 (1.21)[pic 23]

Onde η é uma quantidade complexa conhecida como impedância intrínseca, em ohms, do meio.

 (1.22)[pic 24]

Com:

 (1.23)[pic 25]

Com 0 ≤ Θn ≤ 45°. Substituindo 1.21 e 1.22 em 1.20 temos que:

 (1.24)[pic 26]

Figura 1 - Um campo E com componente x viajando na direção +z com tempos t=0 e t=Δt; setas indicam valores instantâneos de E.

[pic 27]

Temos, a partir das eqs. (1.19) e (1.24) que, à medida que a onda se propaga ao longo de az, ela diminui ou atenua em amplitude por um fator e e-αz, e, portanto, α é conhecida como constante de atenuação, ou coeficiente de atenuação do meio. É uma medida da taxa espacial de decaimento da onda no meio, medida em nepers/m e pode ser convertida para dB/m. Da eq. (1.13), notamos que se σ = 0, como é o caso de um meio sem perdas (vácuo), α = 0 e a onda não é atenuada à medida que se propaga. A quantidade β é uma medida do deslocamento de fase por unidade de comprimento em radianos por metro e é chamado de constante de fase ou número de onda. Em termos de β, a velocidade de fase u e o comprimento de onda λ são, respectivamente, dados por:

,  (1.25)[pic 28][pic 29]

Também notamos nos eqs. (1.19) e (1.24) que E e H estão fora de fase por Θn a qualquer

instante de tempo devido à impedância intrínseca complexa do meio. Assim, a qualquer momento, E adianta H (ou H atrasa E) por Θn. Finalmente, notamos que a razão entre a magnitude da densidade da corrente de condução Jc e a densidade da corrente de deslocamento Jd em um meio com perdas é:

[pic 30]

Ou:

 (1.26)[pic 31]

onde tan Θ é conhecido como tangente de perda e Θ é o ângulo de perda do meio, como ilustrado na Figura 2. Embora uma linha de demarcação entre bons condutores e dielétricos com perdas não seja fácil de fazer, tan Θ ou Θ podem ser usados ​​para determinar a perda de um meio. Um meio é dito um bom dielétrico (sem perda) se Θ for muito pequeno (σ<<ωε) ou um bom condutor se tan Θ é muito grande (σ>>ωε). Do ponto de vista da propagação de ondas, o comportamento característico de um meio depende não apenas de seus parâmetros constitutivos σ, ε ou μ, mas também da frequência de operação. Um meio que é considerado um bom condutor em baixas frequências pode ser um bom dielétrico em altas frequências.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (11.5 Kb)   pdf (249.4 Kb)   docx (686.5 Kb)  
Continuar por mais 7 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com