A Prática Coloração de Gram
Por: Cibelly Barros • 18/11/2021 • Trabalho acadêmico • 672 Palavras (3 Páginas) • 199 Visualizações
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Universidade Federal do Ceará
Departamento de Biologia
Disciplina de Microbiologia Básica
Profª Suzana Cláudia Silveira Martins
Relatório de Prática Laboratorial: Coloração de Gram
Aluna: Maria Cibelly Barros Galvão
Matrícula: 385775
Fortaleza – Ce, 16 de setembro de 2019
- INTRODUÇÃO
Bactérias são seres microscópicos, por volta de 0,2 a 1,5 micrômetros de comprimento. Elas podem viver nos mais diversos ambientes, a condições padrão de pressão e temperatura, mas também em extremos, como é o caso de halófilas, que crescem com altas quantidades de sal, das criófilas, que crescem com baixíssimas temperaturas, e das termófilas, que habitam vulcões.
Na estrutura celular das bactérias, é contemplada, geralmente, a membrana plasmática, constituída por uma rede de peptídeos, que são proteínas, interligados a polissacarídeos ou açúcares, que pode, ou não, ser envolta por uma rígida parede celular externa. Essa substância é responsável pela forma, proteção física e osmótica do organismo. As bactérias podem, ainda, possuir uma cápsula extra, para melhor proteção.
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Figura 1. Mapa Mental de Classificação de Bactérias
Desenvolvida em 1884 por Hans Gram, uma das classificações mais conhecidas de bactérias é a em gram-positivas e gram-negativas, a partir de um processo conhecido como Coloração de Gram. As bactérias gram-positivas serão azul-violeta, enquanto as gram-negativas serão avermelhadas. Além da cor, outros fatores podem ser utilizados para classificação: composição e propriedades químicas e físicas das paredes celulares. A técnica de coloração Gram é usada principalmente para estabelecer se há um número significativo de bactérias nas amostras clínicas e determinar suas morfologias.
- DESENVOLVIMENTO
Separados os alunos em bancadas, a prática começou com uma explicação sobre como ocorre a coloração de gram, suas etapas e tempos de espera. Além disso, vista a ampla variedade de experiência pessoal dos alunos com o uso de microscópios, houve uma explanação prática sobre como ajustar e utilizar um desses aparelhos ópticos, que foram de papel protagonista durante a prática.
Material utilizado durante a prática:
- Lâminas de miscroscópio;
- Lugol;
- Corante Cristal Violeta;
- Solução Descolorante;
- Fucsina;
- Papel Absorvente;
- Microscópio;
- Culturas diversas;
- Bico de Bunsen;
- Alça de inoculação.
A primeira parte do experimento foi preparar a lâmina para prosseguir para a coloração de Gram em si. O procedimento preliminar foi:
- Pegar a solução de sais que servirá de base para o esfregaço das bactérias;
- Com a alça de inoculação, tocar uma pequena colônia do meio de cultura disponível e realizar o esfregaço, ou seja, movimentar em zigue-zague a alça, de modo a espalhar as bactérias para melhor observação;
- Esperar o esfregaço secar próximo à chama do bico, ocasionalmente passando rapidamente a lâmina sobre a chama, para acelerar a secagem.
Vale observar que a cada etapa os materiais eram esterilizados com a chama do bico de Bunsen.
O procedimento da coloração de Gram foi o seguinte:
- Cobrir o esfregaço, antes seco, pingando gotas cristal-violeta e deixe agir por 1 minuto;
- A seguir, escorrer o corante e lave o esfregaço em um filete de água corrente, para retirar o excesso de colorante;
- Cobrir a lâmina com lugol e deixe por 1 minuto;
- Escorrer todo o lugol e lavar em água corrente da torneira;
- Aplicar a solução descolorante por 20 segundos;
- Lavar em água corrente;
- Cobrir toda a lâmina com safarina 0,25% e deixar corar por, aproximadamente, 20 segundos;
- Lavar com água corrente novamente;
- Secar a lâmina com auxílio de um papel absorvente;
- RESULTADOS
Observei duas bactérias, gram-positiva e uma gram-negativa, ao microscópio, e foram notadas as seguintes características, conforme tabelas do livro de prática:
Microrganismo | Forma | Arranjo | Estrutura | Gram |
Bacilus subtilus | Bacilo | Estrepto | X | Positiva |
E. coli | Bacilo | X | X | Negativa |
Com isso, podemos dizer que nas bactérias Bacilus subtilus, a solução descolorante não dissolveu toda a camada de peptídeoglicano, por esta ser mais espessa, assim, as gram-positivas se apresentam arroxeadas, enquanto as E. coli tiveram a camada totalmente dissolvida, sendo esta mais fina, o que abriu caminho para a coloração avermelhada da sanfranina adicionada após o descolorante ser lavado, conforme observado ao microscópio.
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