A RELAÇÃO ENTRE UM ESTABELECIMENTO DE SAÚDE ACREDITADO E A GARANTIA DA SEGURANÇA DO PACIENTE

A RELAÇÃO ENTRE UM ESTABELECIMENTO DE SAÚDE ACREDITADO E A GARANTIA DA SEGURANÇA DO PACIENTE

Byanka Coelho de Barros1 [e-mail]

Orientador: Prof. Msc. Cárbio Almeida Waqued2 – [e-mail]

Curso de Especialização em Engenharia clínica – RTG Especialização / FEAD

Resumo

A questão da qualidade e segurança do paciente tem evoluído no mundo todo e se verificam resultados positivos ao longo do tempo. Nesse sentido, do ciclo de evolução dos quesitos qualidade e segurança, pode ser visto como um movimento, tanto que algumas instituições já trabalham com a reacreditação e tem alcançado um reconhecimento diferencial. Essas instituições tem evoluído na melhoria contínua da qualidade e segurança de seus processo de cuidados aos pacientes e gestão de seus serviços. Este trabalho tem como objetivo de abordar a relação entre um estabelecimento de saúde acreditado e a garantia da segurança do paciente a partir de experiências descritas na literatura. O levantamento foi realizado a partir dos artigos disponíveis na internet e em livros referentes ao tema com análise e interpretação do material. As experiências com os processos de acreditação hospitalar demonstram que apesar das dificuldades durante o processo de implantação e manutenção das certificações, buscar a certificação de instituições acreditadoras traz muitos benefícios, principalmente com relação a segurança do paciente, gerenciamento das unidades e processos de melhoria continua.

Palavras-chave: Acreditação hospitalar; Qualidade e segurança em saúde; Segurança do paciente.

Abstract

The issue of patient safety and quality has evolved worldwide and positive results have been achieved over time. In this sense, from the cycle of evolution of the quality and safety issues, it can be seen as a movement, so much that some institutions already work with reaccreditation and have achieved a differential recognition. These institutions have evolved in the continuous improvement of the quality and safety of their patient care process and management of their services. This study aims to address the relationship between an accredited healthcare establishment and the patient safety assurance from experiences described in the literature. The survey was carried out from the articles available on the Internet and in books related to the subject with analysis and interpretation of the material. Experiences with hospital accreditation processes demonstrate that despite difficulties during the implementation and maintenance of certifications, seeking the accreditation of accreditation institutions brings many benefits, especially regarding patient safety, unit management and continuous improvement processes.

Key-words: Hospital accreditation; Quality and safety in health; Patient safety.

1 Graduada em Arquitetura e Urbanismo e Pós Graduada em Engenharia de Segurança do Trabalho.

 

INTRODUÇÃO

A segurança do paciente tornou se um dos principais temas discutidos em todo o mundo por profissionais de saúde, sociedade civil, comunidades científicas, governos e organizações reguladoras de saúde, com o objetivo de oferecer uma assistência mais segura aos pacientes.

Algumas instituições incorporam os conceitos de prevenção, notificações de riscos e treinamentos de funcionários a fim de implementar novos protocolos e padrões de qualidade, o que tem garantido a certificação e a manutenção de importantes acreditações.

A segurança do paciente se torna um dos pilares de atuação dos estabelecimentos de saúde, principalmente, dos hospitais. Prevenir, eliminar e/ou minimizar os riscos de falhas na assistência a saúde estão entre os principais objetivos das instituições. O caminho é incentivar as equipes de enfermagem, médicas e administrativas a adotarem melhores práticas assistenciais e monitorar continuamente por meio de indicadores de produtividade os serviços prestados. Afinal, um dos parâmetros da acreditação é o monitoramento contínuo das atividades para poder melhorar sempre.

O sistema de saúde tornou se mais complexo com isso a oportunidade para que o dano ocorra ficou mais frequente. Os responsáveis pelas instituições tem que pensar processos mais seguros para a assistência ao paciente.

Conforme FONSECA et al. (2014) “os eventos adversos geram custos enormes ao sistema de saúde, com grandes desperdícios de recursos financeiros para tratá-los. Esses valores poderiam ser mais bem utilizados em um processo de melhoria do próprio sistema”. É preciso pensar o segmento da saúde como negócio, onde os recursos são cada vez mais escassos, e necessita ser bem gerenciado para poder até mesmo atender um número maior de pessoas/clientes/pacientes. Isso tanto na iniciativa privada como também para os serviços públicos.

Pensando nos serviços hospitalares, por ser o mais complexo dos estabelecimentos de saúde, e tratando o mesmo como um segmento de negócio, além de lidar com o bem mais precioso ao ser humano que é a própria vida e saúde, lida também com a questão de serviços especializados, de apoio e administração, tais como: serviços de nutrição e dietética, hemodiálise, hemodinâmica, oncologia; pronto-socorro; internação; limpeza hospitalar; lavanderia; laboratórios; centros cirúrgicos e obstétricos; Central de Material Esterilizado – CME; farmácias; terapias; clínicas de imagens; Unidade de Terapia Intensiva – UTI; serviços de hotelaria, de remoção; manutenção predial; serviços de infraestrutura (caldeira, segregação de resíduos, central de gases, marcenaria, necrotério ou morgue, geradores), engenharia clínica, entre outras. As atividades requerem foco nos custos, processos administrativos, questões médicas, investimento tecnológico, compras de medicamentos mais sofisticados (mais caros e às vezes somente importados), contratos de prestação de serviços e com operadoras de planos de saúde, repasse de recursos do sistema público.

TAJRA (2015) afirma que:

“Administrar, em qualquer organização, significa harmonizar e coordenar as pessoas quanto à utilização dos recursos financeiros, materiais e informacionais a partir de técnicas administrativas de planejamento, organização e controle, sempre conduzidos por um modelo de liderança gerencial. Tais considerações também são válidas para a área da saúde”.