A SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL EM ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS
Por: tiagomagalhaes01 • 24/12/2018 • Monografia • 6.955 Palavras (28 Páginas) • 141 Visualizações
[pic 1]Universidade Candido Mendes
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
TIAGO MAGALHÃES LIMA
SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL EM ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS
Jataí
2018
TIAGO MAGALHÃES LIMA
SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL EM ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS
Monografia apresentada à Universidade Candido Mendes como exigência parcial à obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.
Nome do Orientador: Luiz Roberto Pires Domingues Junior
Jataí
2018
RESUMO
O Brasil demostra grande aptidão para atividades agropecuárias e se situa em posição de destaque na produção de madeira, fibras, grãos, leite, carne, celulose, entre outros artigos. Infelizmente a evolução da proteção à saúde e segurança do homem do campo não acompanhou o desenvolvimento do agronegócio. O presente trabalho busca auxiliar profissionais da área de Saúde e Segurança do Trabalho atentando para os principais riscos e doenças laborais inerentes a atividades agrícolas, norteando a implantação de um Sistema de Gestão da Saúde e Segurança Trabalho funcional para empreendimentos rurais.
ABSTRACT
Brazil shows great aptitude for agricultural activities and is in a leading position in the production of wood, fibers, grains, milk, meat, pulp, among other articles. Unfortunately, the evolution of the protection to the health and safety of the man of the field did not follow the development of agribusiness. The present work seeks to assist professionals in the area of Occupational Health and Safety, taking into account the main risks and occupational diseases inherent to agricultural activities, guiding the implementation of a Functional Health and Safety Management System for rural enterprises.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................... 06
2. REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 07
2.1 Histórico............................................................................................... 07
2.2 A saúde dos trabalhadores no campo................................................. 09
2.3 Tipificando os acidentes no âmbito rural............................................. 10
2.4 Definindo os principais riscos.............................................................. 11
2.41 Riscos ergonômicos e psicossociais............................................. 11
2.42 Risco biológico.............................................................................. 14
2.43 Risco físico.................................................................................... 15
2.44 Risco mecânico............................................................................. 17
2.45 Risco Químico............................................................................... 18
2.5 Estabelecendo uma cultura de segurança na empresa rural............. 20
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................... 23
4. REFERÊNCIAS......................................................................................... 24
- INTRODUÇÃO
O Brasil é um país que possui, nos seus diversos setores da economia, diferentes graus de tecnificação. Inegavelmente o setor rural se destaca entre outros pela modernização do campo incrementando significativamente, ano após ano, a produção de alimentos, combustíveis, madeira, fibras e derivados. Segundo Teixeira (2005), os produtores buscam, através da modernização da agricultura, promover melhores condições para estarem aptos a reduzir as dificuldades impostas pela natureza no que concerne à produção e melhorar alguns fatores de interesse. Dessa forma, é realizada uma artificial conservação e fertilização do solo, mecanização da lavoura, seleção de sementes, dentre outros, buscando-se maiores produtividades.
Conforme Locatel (2012), o que se convencionou denominar de “modernização da agricultura” no Brasil está intimamente relacionado à introdução e incorporação crescente de tecnologias ao processo produtivo agropecuário que começou a ser estruturado a partir da década de 1950, como reflexo da consolidação de macroestruturas que tiveram seu início no período anterior, como parte da reestruturação do processo de reprodução e acumulação ampliada do capital.
A tecnificação do setor agropecuário tem sido apontada como requisito para o desenvolvimento rural. Está atrelada a eficiência dos processos, melhorias genéticas, menor consumo de combustíveis e incrementos na produção em geral. Por outro lado, a modernização do campo ainda é incipiente no que tange a segurança e a saúde do homem do campo. De Lucca e Favero (1994) apud. Fehlberg; Santos; Tomasi (2001) relatam a falta de informações precisas sobre o número de acidentes decorrentes do trabalho. Estima-se que anualmente ocorram cerca de 3 milhões de acidentes com trabalhadores no país. Rodriguez e Silva (1986) explicam que na zona rural essa situação é agravada, pois as pessoas trabalham por conta própria, muitas vezes sem carteira assinada e raramente registram a ocorrência de acidentes. Além disso, os trabalhadores rurais estão expostos a diversos agentes de risco, tais quais como máquinas e implementos agrícolas, ferramentas manuais, defensivos agrícolas, animais domésticos e peçonhentos.
O Brasil é o primeiro colocado no mundo em número de subnotificações de acidentes laborais, constatando-se a extrema dificuldade em se determinar o número exato da ocorrência de acidentes no trabalho agrícola (SILVA et al. 2001 apud. SANTOS; FELIX, 2016). Drebes et al. (2014) relata que há uma falta de informações no que tange a acidentes do trabalho em geral, já que existem poucos trabalhos científicos sobre o assunto. As informações sobre os acidentes com trabalhadores do campo são ainda mais escassas dada a relevância do tema.
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