A Técnica da Construção, do curso de Engenharia Civil, na Universidade Paulista (UNIP)
Por: Laise Queiroz • 22/11/2017 • Trabalho acadêmico • 3.722 Palavras (15 Páginas) • 522 Visualizações
Universidade Paulista – UNIP
Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia – ICET
Técnica da Construção
Infraestrutura: Fundações
Manaus – AM
04/2017
Laise Curvina Queiroz C20933-3
Infraestrutura: Fundações
Trabalho apresentado como requisito para obtenção de nota na disciplina intitulada de Técnica da Construção, do curso de Engenharia Civil, na Universidade Paulista (UNIP).
Prof. Dra. Luciane Farias
Manaus – AM
04/2017
INTRODUÇÃO
Todo sistema construtivo de edificação conhecido, é calculado por meio de cargas distribuídas ao longo da estrutura, essas cargas vão sendo transmitidas através de cada elemento estrutural existente na estrutura até que se chegue no elemento final, isto é, a fundação.
A fundação é o elemento estrutural responsável por transmitir ao solo/terreno as cargas da estrutura. O solo por sua vez deve, de preferência, passar pelo procedimento de sondagem para que receba a fundação adequada, e assim a fundação suporte os esforços solicitantes exigidos pela edificação, logo, sua função é receber e suportar com segurança as cargas provenientes do edifício (BARROS, 2011).
O ideal é que o projeto estrutural e o projeto de fundação sejam elaborados conjuntamente, pois se são feitos separados a fundação é considerada, durante o dimensionamento das estruturas, um elemento de comportamento rígido e indeslocável.
Na realidade, tais apoios são deslocáveis exercendo importante função na redistribuição dos esforços dos elementos da estrutura, por exemplo, os pilares provocam uma transferência de carga dos pilares mais carregados para os menos carregados, e nos é sabido que os pilares centrais suportam maiores esforços que os da periferia. Quando se leva em conta a interação solo-estrutura os pilares que estão mais próximos do centro terão uma carga menor do que a calculada, havendo assim uma redistribuição de tensões (MANUAL DE ESTRUTURAS).
Dessa maneira, é possível estimar os efeitos da redistribuição dos esforços na estrutura do edifício, bem como a intensidade e a forma dos recalques diferenciais. Consegue-se economizar com esses cuidados de elaboração até 50% do valor total da fundação. É evidente, portanto, a importância da união entre o projeto estrutural e o de fundação, visto que estão interligados e mudanças em um resultam em reações imediatas no outro (BARROS, 2011).
As fundações são divididas em basicamente dois tipos, são eles: superficial (direta ou rasa) e profunda (indireta). De acordo com a NBR 6122/1996, as fundações diretas ou superficiais são aquelas em que a carga é transmitida ao solo, predominantemente pelas tensões distribuídas sob a base do elemento estrutural de fundação, estando assente a uma profundidade inferior a duas vezes o valor da menor dimensão do elemento estrutural da fundação. Os elementos de fundação superficial que se enquadram nesta definição são: sapatas isoladas, sapatas associadas, sapatas corridas, radiês, vigas de fundação (viga baldrame) e blocos.
Ainda segundo a NBR 6122/1996, define-se como fundação profunda aquela que transmite a carga proveniente da superestrutura ao terreno pela base (resistência de ponta), por sua superfície lateral (resistência de fuste), ou pela combinação das duas. Além disto, segundo este referida norma, nas fundações profundas a profundidade de assentamento deve ser maior que o dobro da menor dimensão em planta do elemento de fundação, se enquadram na definição apresentada os seguintes elementos: estacas e tubulões.
As fundações profundas são normalmente utilizadas quando os solos superficiais não apresentam capacidade de suportar elevadas cargas, ou estão sujeitos a processos erosivos, e também, quando existe a possibilidade da realização de uma escavação futura nas proximidades da obra.
De certo, a fundação, seja ela direta ou indireta, é o elemento base de toda a estrutura e quanto mais se adequar a situação de solo, vizinhança, projeto estrural, etc., melhor será seu desempenho e por fim seu custo.
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS/DIRETAS/RASAS
As fundações diretas são empregadas onde as camadas do subsolo, logo abaixo da estrutura, são capazes de suportar as cargas. São aquelas que são dimensionadas de forma a distribuírem o peso da construção no solo para que a pressão exercida sobre o solo seja compatível com a sua resistência (do solo).
Viga de fundação (baldrame)
A viga baldrame pode ser considerada a própria fundação. No caso de terrenos firmes e cargas pequenas, pode-se utilizar este tipo de fundação rasa e bem econômica que, nada mais é do que uma viga, calculada como viga sobre base elástica e construída em uma cava com muito pouca profundidade, destinada a suportar a carga de todas as paredes de uma construção, transferindo-a ao solo. A escolha correta do sistema de impermeabilização adotado para as vigas baldrames das edificações é fundamental para se evitar situações indesejáveis em sua fase de utilização. Dentre elas podemos destacar as patologias comumente denominadas “mofo de rodapé” que, na verdade, são o efeito da umidade presente no solo através da ascensão capilar dos materiais, se revelando nas superfícies das alvenarias causando desconforto visual, danos à saúde e depreciação do patrimônio entre outras perdas. A impermeabilização pode ser feita com o uso de diversos tipos de impermeabilizantes, com bases betuminosas, em mandas ou até mesmo com cimentos aditivados.
Bloco
O que caracteriza a fundação em blocos é o fato da distribuição de carga para o terreno ser aproximadamente pontual, ou seja, onde houver pilar existirá um bloco de fundação distribuindo a carga do pilar para o solo. Os blocos podem ser construídos de pedra, tijolos maciços, concreto simples ou de concreto armado. Quando um bloco é construído de concreto armado ele recebe o nome de sapata de fundação. Assumem a forma de bloco escalonado, ou pedestal, ou de um tronco de cone. Alturas relativamente grandes e resistem principalmente por compressão.
...