ALIMENTOS TRANSGENICOS
Trabalho Universitário: ALIMENTOS TRANSGENICOS. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: marlyalves • 9/10/2014 • 1.695 Palavras (7 Páginas) • 553 Visualizações
ALIMENTOS TRANSGÊNICOS
Em 13 de junho de 2003, foi autorizado o cultivo no Brasil do primeiro organismo geneticamente modificado, a soja RoundUp Ready, da Monsanto. Desde então, os transgênicos conquistaram espaço significativo no mercado, contribuindo de maneira decisiva para o país assumir a liderança mundial no uso de agrotóxicos, e provocando impactos e riscos ainda difíceis de serem estimados.
Mas o que são alimentos transgênicos?
São alimentos modificados geneticamente com a alteração do código genético (DNA), ou seja, é inserido no organismos genes proveniente de outro. Esse procedimento pode ser feito até mesmo entre organismos de espécies diferentes (inserção de um gene de um vírus em uma planta, por exemplo) O DNA desses alimentos é modificado. O procedimento pode ser realizado com plantas, animais e micro-organismos.
O objetivo é melhorar a qualidade e aumentar a produção e a resistência às pragas, visando o lucro.
Em algumas técnicas, são implantados fragmentos de DNA de bactérias, vírus ou fungos no DNA da planta. Esses fragmentos contêm genes que codificam a produção de herbicidas. As plantas que receberam esses genes produzem as toxinas contra as pragas da lavoura, não necessitando de certos agrotóxicos. Algumas são resistentes a certos agrotóxicos, pois em determinadas lavouras precisa-se exterminar outro tipo de vegetal, como ervas daninhas, e o mesmo agrotóxico acaba prejudicando a produção total.
Alguns produtos são modificados para que contenha um maior valor nutricional, como o arroz dourado da Suíça, que é muito rico em betacaroteno, substância precursora de Vitamina A. O arroz é um alimento muito consumido em todo o mundo, e quando rico em betacaroteno, ajuda a combater as doenças por deficiência de vitamina A.
Alguns vegetais são modificados para resistirem ao ataque de vírus e fungos, como a batata, o mamão, o feijão e banana. Outros são modificados para que a produção seja aumentada e os vegetais sejam de maior tamanho. Existem também alimentos que têm o seu amadurecimento prolongado, resistindo por muito mais tempo após a colheita.
Pontos positivos
• Aumento da produção de alimentos;
• Maior resistência à pragas (vírus, fungos, bactérias e insetos);
• Resistência aos agrotóxicos;
• Aumento do conteúdo nutricional, desenvolvimento que teriam fins terapêuticos (nutricênicos);
• Maior durabilidade e resistência no tempo de estocagem e armazenamento;
Pontos negativos
• Aumento de reações alérgicas em determinadas pessoas.
• As plantas que não sofreram modificação genética podem ser eliminadas pelo processo de seleção natural, pois as transgênicas possuem maior resistência às pragas e pesticidas;
• Apesar de eliminar pragas prejudiciais à plantação, o cultivo de plantas transgênicas pode, também, matar populações benéficas como abelhas, minhocas e outros animais e espécies de plantas;
Segurança
Muitas plantas são cultivadas e analisadas pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), porém a comercialização dessas especialidades ainda não está autorizada.
Muitos transgênicos ainda não são autorizados para serem comercializados em decorrência da polêmica gerada pelo impacto ambiental e reações alérgicas já observadas em algumas pessoas.
A empresa responsável pela autorização do plantio e comercialização é a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança(CTNBio).
Rotulagem
Em 2003, foi publicado o decreto de rotulagem (4680/2003), que obrigou empresas da área da alimentação, produtores, e quem mais trabalha com venda de alimentos, a identificarem, com um “T” preto, sobre um triangulo amarelo, o alimento com mais de 1% de matéria-prima transgênica.
A resistência das empresas foi muito grande, e muitas permanecem até hoje sem identificar a presença de transgênicos em seus produtos. O cenário começou a mudar somente após denúncia do Greenpeace, em 2005, de que as empresas Bunge e Cargill usavam transgênicos sem rotular, como determina a lei. O Ministério Público Federal investigou e a justiça determinou que as empresas rotulassem seus produtos, o que começou a ser feito em 2008.
A variedade de produtos transgênicos é ampla. Soja, milho, algodão, canola, mandioca, inhame, batata-doce, tabaco, arroz, tomate e trigo são algumas das culturas beneficiadas.
Atualmente, 9% dos transgênicos plantados no mundo correspondem à soja (61%), milho (23%), algodão (1%) e canola (5%). Como o algodão é muito pouco usado na alimentação humana, além da soja e do milho, a canola seria por enquanto a nossa única preocupação diferente. As plantas alvos da transgenia são as mais cultivadas do mundo.
Vantagens dos transgênicos na agricultura
Inserir genes novos nos vegetais cria possibilidades concretas de obter plantas resistentes às pragas e às intempéries da natureza, capazes de produzir com mais eficiência e de fabricar compostos de interesse médico, como vitaminas, proteínas ou vacinas contra várias enfermidades.
A produção de vacinas em vegetais poderá modificar a história da saúde pública. Por exemplo, introduzir nas bananeiras genes que codificam proteínas existentes na cápsula do vírus da hepatite B pode estimular a produção de anticorpos contra essa doença epidêmica em populações inteiras.
Alimentos transgênicos ricos em micronutrientes para combater deficiências nutricionais responsáveis por patologias graves como o câncer, assim como a possibilidade de vacinar grandes massas populacionais contra a maioria das doenças infecciosas através da ingestão de tomate, alface ou batatas transgênicas, tornam absurda a idéia de abrirmos mão do estudo e desenvolvimento de pesquisas com DNA recombinante.
Riscos para a Agricultura
As espécies transgênicas são protegidas por patentes, o que significa que o agricultor que decidir utilizá-las (se autorizadas no Brasil), terá de pagar royalties para a empresa detentora da tecnologia. A consequência mais imediata será o aumento da dependência do agricultor das empresas transnacionais do setor. Isto por que, por
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