ANÁLISE COMPARATIVA DA EMISSÃO DE RUÍDO POR MÁQUINAS DE COSTURA INDUSTRIAL
Por: Débora Zacarias • 6/6/2016 • Resenha • 887 Palavras (4 Páginas) • 2.017 Visualizações
ANÁLISE COMPARATIVA DA EMISSÃO DE RUÍDO POR MÁQUINAS DE COSTURA INDUSTRIAL
Sabila (2016) define o som como uma vibração mecânica que se propaga no ar, e assim produz uma sensibilização ao atingir o ouvido. Já o barulho e ruído, para a Higiene do Trabalho, são os sons indesejáveis que causam incômodo e desconforto. Sendo, portanto de interpretações subjetivas.
Peixoto e Ferreira (2012) apontam o ruído como o principal risco dos ambientes de trabalho atuais. Segundo eles o ruído, que é uma causa de perda auditiva, está presente na maioria das indústrias. Sendo que, geralmente, a perda auditiva pelo ruído é causada após muitos anos de exposição do trabalhados a ambientes ruidosos.
Peixoto e Ferreira (2012) lembram ainda que além de causar perda auditiva temporária ou permanente, o ruído pode também ser um risco de segurança, pois pode ter ação sobre o sistema nervoso produzindo fadiga, perda de memória, irritabilidade, hipertensão, perturbações gastrointestinais, etc. Assim como também compromete a comunicação verbal, levando a erros e tornando sons de avisos difíceis de serem percebidos.
Diante do apresentado fica clara a importância da avaliação da intensidade de ruído. Podendo assim, conforme aponta Dreher (2004), determinar o risco de perda auditiva, a interferência com as comunicações e o potencial de desconforto ou incômodo, assim como caracterizar a fonte de ruído podendo então orientar as medidas corretivas de engenharia e comprar com critérios legais ou normas da empresa.
O MTE na NR-15 (2015), no anexo nº 1 Limites de Tolerância para ruído contínuo ou intermitente, estabelece os limites para as horas de exposição diária. Sendo nela limitado o nível máximo de 85 dB(A) para a jornada diária de 8 horas. A mesma norma proíbe a exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos, independentemente dos valores obtidos para dose diária ou para o nível de exposição
Segundo a FUNDACENTRO na NHO 01 (2001), sempre que a dose diária de exposição a ruído determinada for superior a 100%, o limite de exposição estará excedido e exigirá a adoção imediata de medidas de controle. Se a dose diária estiver entre 50% e 100% a exposição deve ser considerada acima do nível de ação, devendo ser adotadas medidas preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições ao ruído causem prejuízos à audição do trabalhador e evitar que o limite de exposição seja ultrapassado.
Portanto estudo da exposição ao ruído para a saúde dos trabalhadores é fundamental. No entendo, em alguns setores esse estudo é mais explorados, existem mais pesquisas científicas e explanação sobre determinados ambientes de trabalho. Enquanto outros setores já são menos lembrados nos estudos relacionados ao ruído, como é o caso do setor das indústrias de confecção.
O SEBRAE-SP (2010) exemplifica a atividade desenvolvida pela Indústria de Confecção como o desenvolvimento de peças e acessórios do vestuário, roupas profissionais, peças de interiores (cortinas, capas, tapetes), fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos para vestuário, acessórios para segurança industrial e pessoal e até mesmo guarda-chuvas, sombrinhas ou outros acessórios que contenham materiais além de tecido.
O mercado têxtil e de confecção mundial é dos mais dinâmicos, realizando lançamentos no mínimo a cada quatro vezes no ano. Em 2010, o consumo per capta mundial de fibras era de 11,6 kg/habitante. Em 2010, foram consumidas 80 milhões de toneladas de fibras, sendo 62% de fibras químicas e 38% de fibras naturais, como o algodão. Já a produção mundial de fios, tecidos, malhas e confeccionados foi de 76 milhões de toneladas em 2010.
A ABIT (2013) aponta que o Brasil possui uma das últimas cadeias têxteis completas do ocidente. Aqui é produzido desde as fibras até às confecções. O setor reúne mais de 32 mil empresas, das quais mais de 80% são confecções de pequeno e médio porte, em todo o território nacional. O setor emprega cerca de 1,7 milhão de brasileiros, sendo que 75% são funcionários do segmento de confecção, 70% são mulheres das quais muitas são chefes de família. Se somarmos os empregos diretos e indiretos são mais de 4 milhões. O setor representa cerca de 6% do valor total da produção da indústria de transformação e responde pela quarta maior folha de pagamento da Indústria de Transformação, com R$ 13,8 bilhões (dados de 2011).
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