ANÁLISE DE MISTURA ÁSFALTICA MORNA COM ADIÇÃO DE ÓLEO DE COCO
Por: Thayse Fernandes • 23/11/2016 • Trabalho acadêmico • 1.450 Palavras (6 Páginas) • 488 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
PLANO DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
ÁREA GEOTÉCNICA
ANÁLISE DE MISTURA ÁSFALTICA MORNA COM ADIÇÃO DE ÓLEO DE COCO
THAYSE FERNANDES MACHADO
Campina Grande – PB. Setembro de 2016.
INTRODUÇÃO
Para reduzir os danos causados ao meio ambiente e melhoria das condições de trabalho, gerou uma preocupação em desenvolver novas tecnologias para a pavimentação asfáltica, como é o caso das misturas asfáltica morna.
As misturas mornas se referem a um grupo de tecnologias que vêm sendo desenvolvidas desde á década de 90, com o intuito de diminuir a temperatura de produção e aplicação em cerca de 30°C ou mais, em relação às misturas a quente convencionais, mantendo-se o mesmo comportamento destas últimas (Prowell e Hurley, 2007).
Como a mistura morna possui temperaturas mais baixas, tem-se uma diminuição do consumo energético e consequentemente redução de emissão de poluentes atmosféricos. Os operários tem uma menor exposição aos fumos o qual ameniza os danos causados à e facilita á aplicação da mistura. Um procedimento usado para diminuição dessa temperatura é a adição de aditivos ou óleos no ligante ou na mistura, sem que haja perdas nas suas características.
Para esta pesquisa será adicionado o óleo de coco na mistura asfática, visando á diminuição da viscosidade do ligante, onde será analisando suas características físicas e reológicas, através de ensaios em laboratório.
O conteúdo de óleo na polpa do coco é superior a 60%, o que equivale a uma produção de 500 a 3000 Kg de óleo/ha (Mazzani, 1963). Quanto aos ácidos graxos, o endosperma do fruto do coqueiro é a principal fonte mundial de ácido láurico usado na indústria de alimentos, cosméticos, sabões e na fabricação de álcool (Balachandran et al, 1985). O óleo do coco pode ser extraído por prensagem fria ou quente ou ainda utilizando solvente, o mesmo sob condições de alta temperatura não sofre degradações.
- Objetivos
Objetivo Geral
Verificar a viabilidade da adição do óleo de coco na mistura asfáltica, analisando o comportamento mecânico da mistura asfáltica modificada dosada segundo a metodologia SUPERPAVE (Superior Performing Asphalt Pavements).
- Objetivos Específicos
- Analisar a redução da temperatura na mistura;
- Caracterização física dos materiais envolvidos;
- Comparar o comportamento da mistura morna com a quente (convencional), através de ensaios de resistência à tração, módulo de resiliência e ensaio de Lotman.
- Justificativa
É de suma importância o estudo de misturas asfálticas morna, já que, causa menos danos ao meio ambiente e aos colaboradores quando comparada com a quente. As temperaturas mais baixas geram menores quantidades de poluentes lançados ao ar, não só porque são emitidos menos vapores e fumos de asfalto durante a mistura em usina e na aplicação em campo, mas também porque parte do combustível que seria utilizado na usinagem deixa de ser queimado (Prowell e Hurley, 2007).
- METODOLOGIA
Para essa pesquisa será executado uma série de ensaios experimentais, para obtenção das propriedades físicas do ligante e dos agregados e em seguida determinar o comportamento da mistura asfática modificada, indicando os materiais e métodos utilizados para cada ensaio, de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), do Departamento de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) e da American Association of State Highway and Transportation Officials (AASHTO).
- Caracterização física
Inicialmente será feita a seleção dos materiais, onde estes visam atender as especificações e normas do DNIT, da ABNT e da AASTHO. Materiais á serem utilizados: Agregado graúdo, miúdo, CAP e óleo de coco.
- Caracterização dos Agregados
Tabela 01 – Ensaios - Determinação das características dos agregados graúdos e miúdos
ENSAIO | NORMA |
Distribuição dos tamanhos das partículas dos agregados | DNIT ME 083/98 |
Determinação da massa especifica dos agregados graúdos | DNIT ME 195/97 |
Determinação da massa especifica dos agregados miúdos | DNIT ME 194/98 |
Abrasão Los Angeles | DNIT ME 035/98 |
- CAP
Tabela 02 – Ensaios - Determinação das características físicas do CAP
ENSAIO | NORMA |
Ensaio de penetração | DNIT 155/10 |
Ponto de amolecimento | DNIT 131/10 |
Densidade | DNIT 009/98 |
Viscosidade Brookfield | NBR 15184/04 |
Ponto de fulgor | DNIT ME 148/94 |
Massa específica | DNIT ME 117/94 |
Dosagem SUPERPAVE
A metodologia Superpave (Superior Performing Asphalt Pavements) foi desenvolvida pelo Strategic Highway Research Program (SHRP), um programa de pesquisa de asfalto dos Estados Unidos. Sua finalidade é atender e minimizar a deformação permanente, trincas por fadiga e variação de temperatura, além de analisar os efeitos do envelhecimento e danos de umidade (KENNEDY et al, 1994).
Caracterização Mecânica
ENSAIO | NORMA |
Tração Indireta por Compressão Diametral (RT) | DNIT 138/94 |
Módulo de Resiliência | DNER 133/94 |
Lottman Modificado | DNIT 136/2010 |
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