APOSTILA DE TECNOLOGIA DAS FRUTAS

Portugal, Tecnologia

Tecnologia criada em Óbidos permite saber se fruta está madura a partir do telemóvel

Uma aplicação para telemóveis desenvolvida no Parque Tecnológico de Óbidos vai permitir aos fruticultores saberem quando a fruta está suficientemente madura para ser colhida. Este processo pode evitar um desperdício de 5% em cada lote de frutos para comercialização.

Denominada Ultracarpo e desenvolvido pela Impactwave, a aplicação baseia-se na união de um dispositivo de ultrassons ao telemóvel – tem de ser smartphone – que está ligado a uma espécie de pinça que, quando encostada ao fruto, emite informações sobre os níveis de açúcar que permitem identificar com precisão em que fase de maturação se encontra.

Paralelamente, o Ultracarpo pode também calcular automaticamente o calibre do fruto e o registo de informação, permitindo ao produtor o acesso ao histórico e a consulta de dados estatísticos.

Novas embalagens desenvolvidas pelo INT evitam desperdícios de frutas

Entre o campo e o consumidor final, o mundo desperdiça anualmente 1,3 bilhão de toneladas, as perdas ocorrem na colheita, no transporte, centrais de abastecimento ou nos supermercados, sendo atribuídas pelos técnicos principalmente às embalagens deficientes, que favorecem a deterioração dos hortifrutícolas. Para enfrentar o problema, a área de Desenho Industrial do Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI), em parceria com a Embrapa Agroindústria de Alimentos e o Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano (IMAUFRJ), iniciou um projeto para o desenvolvimento de novas embalagens. Submetido ao Fundo Tecnológico (Funtec) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o projeto obteve, em março de 2010, cerca de R$ 7,5 milhões, para que fossem desenvolvidas, no prazo de três anos, embalagens valorizáveis para o acondicionamento de caquis, mamões papaia, mangas, morangos e palmitos de pupunha. Em sua fase final, o projeto Embalagens valorizáveis para o acondicionamento de frutas e hortaliças já tem um sistema de caixas adequadas e retornáveis, que pode trazer uma melhoria importante para evitar as perdas ao longo da cadeia produtiva nacional e mesmo para exportação. Isso porque as embalagens atualmente usadas são um dos principais fatores para a deterioração do produto. As caixas de madeira, amplamente usadas no Brasil, além de anti-higiênicas, comprimem a maioria dos frutos, que ficam machucados à medida que sofrem impactos, vibrações e são empilhados durante o transporte e armazenamento. As versões em papelão ou plástico, por sua vez, apesar de algumas vantagens, não se adequam aos diferentes tipos de frutas permitem o contato entre as cascas e dificultam a ventilação, fazendo a fruta liberar a substância etileno que acelera o processo de amadurecimento.

Já o sistema desenvolvido pelo INT consiste numa base padronizada na largura e comprimento, com três alturas diferentes para comportar dimensões distintas de frutos. A essa base – que se empilha em módulos perfeitos – sobrepõem-se, mantendo espaço para a ventilação, uma bandeja fina, que tem inúmeras concavidades apropriadas ao exato tamanho de cada fruto.

A precisão da acomodação da fruta é garantida por pesquisa realizada com frutas digitalizadas em scanner 3D e testes com as amostras impressas em máquinas de prototipagem rápida, que facilitam a manipulação dos volumes e a continuidade da pesquisa fora

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