AS PRIMEIRAS CONSEQUÊNCIAS METALOGÊNICAS

CAPÍTULO 3

JAZIGOS DOS AMBIENTES OCEÂNICOS

ÍNDICE

1. DORSAIS E METALOGÉNESE        2

1. DADOS GEOLÓGICOS        2
2. PRIMEIRAS CONSEQUÊNCIAS METALOGÉNICAS        7
3. JAZIGOS        14

A. MAR VERMELHO E OUTRAS DORSAIS        18

C. NÓDULOS MANGANESÍFEROS        30

C. SEDIMENTOS FERRO-MANGANESÍFEROS DAS DORSAIS        32

1. OFIÓLITOS        32

1. JAZIGOS DE PIRITE COM SULFURETOS CUPRÍFEROS        34

1. TROODOS        34
2. LOKKEN E JOMA        37
3. ALPES        39

1. JAZIGOS DE CROMITE        39
2. OUTROS JAZIGOS        42

1. MARGENS CONTINENTAIS        42

1. FOSFORITOS        42
2. ITABIRITOS        47
3. HIDROCARBONETOS        54

1. PETRÓLEO        58
2. GÁS NATURAL        77

1. JAZIGOS Pb-Zn ESTRATIGRAFICAMENTE CONFINADOS EM ROCHAS CARBONATADAS          82

1. MARES EPICONTINENTAIS        87

1. JAZIGOS DE FERRO OOLÍTICO        87
2. JAZIGOS DE MANGANÉSIO        89

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1. DORSAIS E METALOGÉNESE

1. DADOS GEOLÓGICOS

Os oceanos são, como se sabe, caracterizados pela existência de uma dorsal elevada, sísmica e magmaticamente activa, frequentemente chamada dorsal meso-oceânica dada a sua posição axial na bacia atlântica, embora em outros oceanos actuais e passados a estrutura dos fundos seja menos simétrica. Flanqueando a dorsal, encontram-se, salvo quando elas se aproximam muito do continente, planícies abissais de contornos mais ou menos regularmente paralelos à dorsal, mas frequentemente interrompidos por planaltos submarinos e dorsais extintas ou cadeias lineares de ilhas vulcânicas. Junto dos continentes, as margens passivas, isto é, sem orogénese, caracterizam-se pela existência de vastas pilhas de sedimentos que formam o que, por razões históricas, chamamos um geossinclinal assimétrico (seria talvez mais correcto chamar "geomonoclinal", dada a ausência de necessidade de uma simetria especular), localmente interrompidas por vales ou canhões submarinos ou empoladas em gigantescos cones de dejecção dos grandes rios.

As dorsais são acidentes lineares que constituem o local de formação de crusta oceânica nova (acreção oceânica) e que funcionam, portanto, como as linhas de expansão dos fundos oceânicos. São particularmente bem conhecidas a do Atlântico e a do Pacífico que têm sido intensamente estudadas com toda a espécie de meios disponíveis, desde  os geofísicos (sismometria, magnetometria, gravimetria, termometria) até às sondagens e aos métodos de observação directa a partir de submersíveis especiais.

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