AS PROBLEMÁTICAS NO ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GLP DA PROVÍNCIA PETROLÍFERA DE URUCU
Por: prazerbiel • 22/5/2017 • Artigo • 2.604 Palavras (11 Páginas) • 443 Visualizações
AS PROBLEMÁTICAS NO ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GLP DA PROVÍNCIA PETROLÍFERA DE URUCU
Lucas Gabriel da Silva Lima1; Cornélio Braga de Oliveira Filho2
1 Universidade do Estado do Amazonas, Escola Superior de Tecnologia - lucas_coari@icloud.com
2 Universidade do Estado do Amazonas, Escola Superior de Tecnologia – cbofilho@hotmail.com
RESUMO
No Amazonas a indústria do petróleo surgiu no com a inauguração da Refinaria de Isaac Sabáa, atualmente incorporada a Petrobras e rebatizada como Refinaria de Manaus(Reman), mas foi somente em 1988 que a Reman começou a ser alimentada com produção oriunda da região norte. Com a descoberta da província petrolífera de Urucu a necessidade de escoar a produção foi suprida inicialmente por balsas, mas devido a vazante, em certos momentos o escoamento cessava, e para dar continuidade ao escoamento da produção foi construído o terminal aquaviário de Coari, que ficou responsável por manter a continuidade na produção. O trabalho tem como objetivo relatar as problemáticas enfrentadas pelo terminal aquaviário de Coari no escoamento da produção de petróleo e GLP da província petrolífera de Urucu. Foi realizado levantamentos bibliográficos e uma visita técnica ao terminal aquaviário de Coari com finalidade de conhecer as operações e os problemas enfrentados pelos operadores. Os problemas observados foram relacionados à vazante, ao alto teor de compostos parafínicos no petróleo. As medidas adotadas para solucionar ou amenizar essas problemáticas enfrentadas pelo terminal aquaviário de Coari são de caráter temporário ou indefinido, mas as soluções definitivas a esses problemas ainda não são tecnicamente possíveis, todavia com a evoluções das tecnológicas, logo haverão soluções mais eficientes para os problemas enfrentados pelo terminal aquaviário de Coari.
Palavras-chave: Transpetro; problemáticas; Urucu; escoamento; Coari.
1. INTRODUÇÃO
A Refinaria Isaac Sabbá localizada às margens do Rio Negro, em Manaus, iniciou suas operações em 6 de setembro de 1956 com a denominação de Companhia de Petróleo da Amazônia (Copam). Fundada pelo empresário Isaac Sabbá, a refinaria foi inaugurada oficialmente em 3 de janeiro de 1957, com a presença do Presidente Juscelino (PETROBRAS, s. d.).
Com o crescimento de Manaus, capital do Amazonas, a necessidade de abastecer a cidade com combustível e outros derivados de petróleo se mostrou evidente, então a oferta de combustíveis e outros derivados começou a suprida pela Reman, mas ainda havia uma demanda a ser suprida, que era a de petróleo bruto, já que na época o petróleo que alimentava a refinaria não era oriundo da região norte.
Em 1988, com o início das operações de produção na província petrolífera de Urucu, no município de Coari/Amazonas, a Reman começou a ser alimentada com petróleo oriundo da região norte, mas os problemas logísticos do próprio Amazonas começaram a impedir que o escoamento de petróleo e derivados ocorre com maior eficiência. A vazante sempre foi um problema para o transporte de produtos em grandes quantidades no Amazonas, já que as grandes embarcações ficam impossibilitadas de seguir o percurso nos rios amazônicos, pois em certos trechos, devido à vazante, os rios e lagos ficam com a profundidade reduzida, e as embarcações acabam estacionadas em certos pontos à espera da cheia para que possa prosseguir com seu trajeto. Com o início da produção na província petrolífera de Urucu o petróleo começou a ser escoado por balsas no porto de Urucu, mas em determinadas épocas do ano a produção cessava, devido a vazante, pois as balsas ficavam impossibilitadas de prosseguirem até o porto (JONQUA, LEE, PINTO, 2002).
Segundo JONCA, LEE e PINTO (2002): Um dos principais problemas encontrados para desenvolver a navegação fluvial residia na baixa infraestrutura instalada de suporte à logística e transporte, com agudas consequências sociais e econômicas para os habitantes da região.
Devido a problemática observado anteriormente e a questão da vazante, então foi construído um terminal aquaviário em Coari(TA-Coari) para que carga e descarga de petróleo e derivados pudesse ser feita pelo Rio Solimões, e assim diminuindo a influência da vazante no escoamento da produção de Urucu.
O terminal aquaviário de Coari é propriedade da TRANSPETRO, que é responsável por manter as operações de transporte de petróleo e derivados, armazenar e descarregar os produtos, e realizar testes de qualidade. Terminal aquaviário de Coari está localizado na margem direita do Rio Solimões, e tem se tornado o braço técnico para escoamento de petróleo, GLP e Gás Natural. O terminal aquaviário contar com seis esferas de armazenagem de GLP, e três tanques para armazenar petróleo, uma subestação de recompressão do gás natural, uma estação de geração de energia elétrica, e um grupo de condensadores para realizar a reliquefação do GLP (TRANSPETRO, s. d.).
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Figura 1: Instalações do TA-Coari
Fonte: TRANSPETRO, s. d.
. As principais operações realizadas no terminal aquaviário de Coari são:
- Carga e descarga do petróleo e GLP;
- Inspeções nos dutos de transmissão de petróleo, GLP e Gás Natural;
- Teste de qualidade do petróleo e GLP;
- Reliquefação do GLP;
- Turbo compressão do gás natural;
- Controle e Segurança em casos de acidentes.
O presente trabalho não tem a pretensão de apresentar soluções definitivas para as questões tratadas, contudo, ao apontar as problemáticas, que podem contribuir para debates mais amplos e, também, sinalizar aos responsáveis pelo escoamento e os estudantes dos demais ramos da indústria do petróleo para premência da avaliação de alternativas logísticas que atendam às particularidades do negócio, respeitando o meio ambiente e as comunidades da região
Neste trabalho, buscou-se apresentar as problemáticas no escoamento do petróleo e GLP da província petrolífera de Urucu, e as operações realizadas no escoamento da produção no trecho compreendido entre Manaus e Urucu, no Município de Coari.
2. METODOLOGIA
Na seção seguinte, uma pesquisa sobre o tema é feita, apontando as características, os principais problemas e operações no transporte de petróleo e GLP na província petrolífera de Urucu. Foi realizado também uma visita técnica com o intuito de conhecer a as operações, e as instalações do TA-Coari.
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