ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA
Por: lienavarro • 29/9/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 2.612 Palavras (11 Páginas) • 437 Visualizações
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS |
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA – ETA GUARAÚ |
|
Integrantes do Grupo:
Liliane Chavez Navarro RA T442AA-9
Yara Mendonça RA T261HJ-9
Carolina Araújo RA B16ICF-9
Introdução:
Ocupando 65 alqueires no pé da Serra da Cantareira, a Estação de Tratamento de Água - ETA Guaraú abastece toda a ZN e parte das zonas Centro, Oeste e Leste. Considerando municípios vizinhos, trata e fornece água para 51,7% da Grande SP, daí a sua enorme importância para a vida na metrópole.
A visita sempre começa pela sala onde estão as fotos das represas que abastecem o sistema Cantareira.
As águas que nascem na Serra da Mantiqueira, em Minas Gerais, antes de chegarem à ETA passam por cinco represas: Jaguari-Jacareí, Cachoeira, Atibainha, Juqueri e Águas Claras. Logo ao sair da represa Juqueri, em Mairiporã, a água é jogada 100 metros acima pelas bombas da Estação Elevatória Santa Inês. Após essa etapa a água chega ao reservatório Águas Claras, de onde desce 30 metros através de um túnel, até a ETA Guaraú.
Dia e noite, sem interrupção, são 33 m3/s de água chegando à ETA para tratamento. Para essa "água bruta" se transformar na água limpa e potável, ela passa na ETA por sucessivos tratamentos: desinfecção, coagulação, floculação, decantação, filtração, correção de pH e fluoretação. Na outra ponta do processo, 33 m3/s de água tratada é enviada por tubos e conexões para os usuários finais.
Após percorrer 80 km desde a divisa com Minas Gerais, a água do Sistema Cantareira chega à ETA, que é uma das maiores estações de tratamento do mundo, para se transformar na água presente em milhões de torneiras da Grande São Paulo. Com a extinção das nascentes naturais, e a poluição dos córregos, essa é uma operação fundamental para a vida urbana, porque sem água, não há vida.
Curiosidades:
A ETA está a uma altura de 830 metros. Essa altura é 10 metros mais alta do que a av. Paulista (820 m), permitindo que a água chegue até lá por gravidade, sem uso de bombas.
A estação elevatória Santa Inês utiliza três bombas para enviar a água para cima da serra da Cantareira. Cada bomba impulsiona 11 mil litros/ segundo.
No tratamento são consumidos diariamente 18 toneladas de cal, 50 toneladas de coagulante, 10 toneladas de cloro e 10 toneladas de flúor.
Tecnicamente a ETA se situa no distrito do Mandaqui, na av. Santa Inês, junto ao Parque Estadual da Cantareira.
Por volta de 2002, a ameaça do Rodoanel Norte à estação elevatória Santa Inês foi uma das razões para que o antigo traçado proposto (passando por Caieiras) fosse impugnado.
Agora, o novo traçado proposto para o Rodoanel trecho Norte passa a menos de 500 metros dos reservatórios da ETA.
A ETA Guaraú iniciou suas atividades em Dezembro/1973.
História:
A ETA Guaraú iniciou sua operação em dezembro de 1973. Com 13 anos de operação ininterrupta, atingindo portanto sua maturidade, podemos analisar seu comportamento em situações de vazão de tratamento acima das taxas nominais de projeto e seus reflexos.
Apesar de as premissas de projeto serem exigidas e ultrapassadas por períodos relativamente longos, até a concretização das obras de expansão, a resposta das instalações da ETA, quando traduzidas em confiabilidade de água produzida, revela o acerto com que estas unidades operacionais foram construídas.
Outros fatores preponderantes revelaram-se neste período, tais como a perfeita integração dos operadores de tratamento e o sistema de manutenção implantado, permitindo explorar e exigir ao máximo as instalações projetadas.
A ETA Guaraú foi projetada para ser construída em 3 etapas.
A 1º etapa, de 11 m³/s, iniciou sua operação em dezembro de 1973.
A 2º etapa, de 22 m³/s, foi concluída em meados de 82 e a 3º etapa atingiu os 33 m³/s.
A ETA foi concebida para tratamento convencional, com projeto moderadamente conservativo de acordo com os padrões da época e que fosse capaz de produzir uma água filtrada satisfatória durante todo o tempo, quando operada por pessoal devidamente treinado e supervisionado.
O grande avanço tecnológico introduzido no projeto foram os filtros rápidos de dupla camada areia-antracito, com taxa de filtragem constante de 340 m³/m².dia e trabalhando a nível constante.
Uma decisão bastante idônea, pois as grandes restrições de qualquer ETA são os filtros. E estes vem apresentando uma performance adequada e absorvendo os choques de tratamento a que são submetidos.
A maturação de um empreendimento do porte do Sistema Cantareira é longa. Em 1966 foi iniciado pelo antigo DAE – Departamento de Águas e Esgotos de São Paulo o desenvolvimento do então projeto Juqueri para um suprimento adicional de água parar a área metropolitana de São Paulo.
Em 1967, o Relatório de Estudo de viabilidade foi executado e, juntamente com a Serete Engenharia, foi contratada a James M. Montgomery para preparação do projeto básico, concluído em julho de 1968.
Em 1969, foi contratada a Planidro juntamente com a Figueiredo Ferraz para preparação dos detalhamentos e especificações que constariam do projeto executivo. Nesta época foi contratada a assessoria da James M. Montgomery para revisão e checagem final dos projetos e especificações, com início imediato das obras. Os projetos de ampliação da 2º e 3º etapa foram contratados À firma Ambitec.
Portanto, levaram 7 anos para a primeira gota d’água pudesse beneficiar a população e mais 13 anos para atingir a maturidade.
Passados os primeiros meses de operação, bastante atribulados, situação que pode até ser considerada normal para a época, pois não se tinham todos os equipamentos instalados e os operadores, apesar de preparados, não eram perfeitamente senhores da situação. Aos poucos, com a finalização das montagens e melhor assimilação das instalações, verificou-se a boa performance da maioria das unidades operacionais, mostrando o acerto dos parâmetros adotados .
...