AVALIAÇÃO DA DISPOSIÇÃO DE FOSSAS EM RELAÇÃO AOS POÇOS DOMICILIARES NO BAIRRO MARIA MAGDALENA, ITAITUBA/PA.
Por: EngChristopher • 3/5/2016 • Artigo • 1.609 Palavras (7 Páginas) • 379 Visualizações
AVALIAÇÃO DA DISPOSIÇÃO DE FOSSAS EM RELAÇÃO AOS POÇOS DOMICILIARES NO BAIRRO MARIA MAGDALENA, ITAITUBA/PA.
Christopher Diniz Lima e Silva¹, Nedelande Silva Arruda1, Francisco Junior Pinheiro Lúcio1, Gleiciane da Silva Manso1, Marina Thays Araújo Figueira1, Sara Cristina Alves de Castro1 e Liz Carmem Silva-Pereira2.
1Turma TSA10, Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA, Campus Itaituba.
2Docente e Pesquisadora da Disciplina Saúde Pública e Ambiental do Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental , Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA, Campus Itaituba. liz.pereira@ifpa.edu.br
Resumo: Análises e observações “in loco” dos dados obtidos através de questionários realizados no Bairro Maria Magdalena, forneceram dados de saúde pública e saneamento que apresentaram várias preocupações, haja vista a ocorrência de riscos ao meio ambiente. Este artigo tem como objetivo principal a avaliação da disposição das fossas em relação ao poço, através de medições das distâncias das mesmas que permitiu concluir processos de disposição inadequada de dejetos no solo, fazendo necessária assim, a viabilidade de uma alternativa para criação de fossas planejadas que causam menor impacto ambiental.
Palavras–chave: Destinação dos Esgotos, Fossas, Poços, Riscos Ambientais, Saúde Pública
INTRODUÇÃO
Conquistas alcançadas em épocas remotas ficaram esquecidas durante séculos porque não chegaram a fazer parte do saber do povo em geral, uma vez que seu conhecimento era privilégio de poucos homens de maior cultura. Por exemplo, foram encontradas ruínas de uma civilização na Índia que se desenvolveu a cerca de 4.000 anos, onde foram encontrados banheiros, esgotos na construção e drenagem nas ruas (ROSEU, 1994).
Em 2005, com o inicio do plano de construção do Campus Itaituba, a área logo á frente do Instituto tornou-se um local de invasão, assim surgindo o Bairro Maria Magdalena, antiga Fazenda Modelo. Por ser um bairro não planejado de periferia e desassistido pelo poder publico, foi realizada uma pesquisa tendo como preocupação a disposição de fossas em relação aos poços domiciliares no bairro, com a finalidade de identificar os possíveis riscos ambientais e problemas da saúde publica.
Ainda nos dias de hoje, mesmo com os diversos meios de comunicação existentes, verifica-se a falta de divulgação desses conhecimentos. Em áreas rurais a população consome recursos para construir suas casas sem incluir as facilidades sanitárias indispensáveis, como poço protegido, fossa séptica, etc. Assim sendo o processo saúde versus doença não deve ser entendido como uma questão puramente individual e sim como um problema coletivo (FUNASA, 2006).
MATERIAL E MÉTODOS
A partir da disciplina Saúde Publica, foram elaborados questionários, no dia 30 de outubro. Tendo como alvo da pesquisa os moradores do Bairro Maria Magdalena e as condições de saúde pública e saneamento. A partir de tal pesquisa, com foco principal, a relação da qualidade ambiental entre o espaçamento de fossa e poço. No dia 14 de novembro houve o reconhecimento por parte dos grupos no Bairro em questão. No dia seguinte, 15 de novembro, iniciaram-se as pesquisas dos questionários sócio- ambientais, junto com as medições entre fossa e poço, tendo como base a distância mínima de 15m, segundo a ABNT-NBR 7229/1993.
Quando o entrevistador era informado da existência de poço, ele realizava uma medição simples entre poços e fossas nas residências por meio de trena longa ( de 3 á 5metros). Em locais onde não havia a possibilidade de medição retilínea, foi feito um procedimento de medição por meio da composição de triangulo retângulo com as respectivas medidas, sendo possível estimar a distancia pelo teorema de Pitágoras (Equação 1):
dr²= dv²+dh²
Onde: dr: distancia real; dv: distancia vertical; dh: distancia horizontal
Os pontos escolhidos para coleta de dados seguiram de modo em que grupos heterogêneos ficariam responsáveis pela pesquisa em quadras aleatórias, tal como foram divididos 7 grupos responsáveis por 19 quadras distintas. No final dessa etapa de coleta de dados foram entrevistadas 166 casas.
Após a pesquisa in loco, foi realizada a tabulação dos dados para melhor avaliação e, logo em seguida, feita a analise técnica do ambiente do Bairro Maria Magdalena.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na análise dos dados da pesquisa, verificou-se a baixa ocupação do Bairro Maria Magdalena, em que, por quadra menos de 50% dos lotes são habitados. Após concluir a etapa da pesquisa, ao todo, obtivemos 166 residências entrevistadas. Onde neste, por preocupação e tema principal deste artigo, a disposição das fossas em relação ao poço, obtivemos os seguintes dados dos entrevistados: 147 residências (89%) possuem fossa, 15 residências (9%) não possuem fossa e 4 residências (2%) não foram informados. Os dados da distancia média entre eles, fossa e poço, apresentaram uma variação considerável, entre 3 e 40m . O GRAFICO1 apresenta os tipos de fossa, enquanto, o GRAFICO 2 apresenta informações da distância média entre fossa e poço.[pic 5]
GRÁFICO 1. Tipos de Fossa encontrados no Bairro Maria Magdalena
Fonte: Dados da pesquisa, 2012.
[pic 6]
GRÁFICO 2. Distância entre as Fossas e os Poços no Bairro Maria Magdalena.
Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.
Visto que as fossa do Bairro Maria Magdalena, em sua grande maioria, são de fossas negras, fossas essas que não são aconselháveis por se tratar de um meio de disposição de dejetos não seguros. Onde, a fossa negra é praticamente um buraco no chão onde os dejetos são descartados in natura, sem qualquer tratamento, podendo causar prejuízos ao meio ambiente, como a poluição do solo, olfativa ou do lençol freático.[pic 7][pic 8][pic 9]
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