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AVALIAÇÃO DOS COMPOSTOS BIOATIVOS PRESENTES NO RESÍDUO DE GOIABA VERMELHA (Psidium Guajava L.) DESIDRATADA

Casos: AVALIAÇÃO DOS COMPOSTOS BIOATIVOS PRESENTES NO RESÍDUO DE GOIABA VERMELHA (Psidium Guajava L.) DESIDRATADA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  24/3/2015  •  3.937 Palavras (16 Páginas)  •  361 Visualizações

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F. P. MORAES

1

, E. S. da SILVA

1

, P. M. ROCHA

1

, A. S. da SILVA

1

e R. T. P.

CORREIA

1

1

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Departamento de Engenharia Química.

Campus Universitário, Natal, RN, Brasil. 59072-970.

E-mail para contato: franciscapereira.moraes@gmail.com

RESUMO - O Brasil possui grandes indústrias processadoras de goiaba (Psidium guajava L.),

as quais geram volumes consideráveis de resíduos agroindustriais. Dessa forma, o objetivo

desse trabalho foi avaliar o teor bioativo desse resíduo, através da determinação do teor de

compostos fenólicos totais (método de Folin-Ciocalteu), ácido ascórbico (titulométrico),

carotenoides (método espectrofotométrico) e atividade antioxidante (radical DPPH). A

secagem foi conduzida em secador convectivo a temperatura de 70 º C e velocidade do ar 5

m/s. Foram observados valores expressivos de ácido ascórbico (47,58 mg/100 g) e

carotenoides (262,01 µg/100 g) no resíduo seco. O material também apresentou quantidade

relevante de compostos fenólicos (133,73 mg GAE/100 g) e boa atividade antioxidante (9,06

µmol TE/g). Os resultados mostram a presença de importantes fitoquímicos no resíduo

desidratado da goiaba vermelha, sendo ele um potencial ingrediente para a indústria de

alimentos.

1. INTRODUÇÃO

Na economia do país, o agronegócio brasileiro apresenta participação expressiva no

produto interno bruto (PIB) (CEPEA, 2014). A agroindústria pode trabalhar estrategicamente

para o desenvolvimento sustentável de sistemas de produção de frutas tropicais nativas e

exóticas (RAMOS, 2008). Apesar disso, por volta de 50% do total da matéria-prima é

descartada durante o processamento na forma de folhas, talos, cascas e sementes, sendo

normalmente utilizado como matéria-prima para compostagem ou encaminhado para a

alimentação animal (TOLENTINO E SILVA, 2008).

A goiabeira é uma das árvores mais conhecidas do Brasil e é encontrada em qualquer

região brasileira pela facilidade com que suas sementes são dispersas por pássaros e pequenos

animais. A colheita da fruta goiaba (Psidium guajava L., Figura 1), excelente fonte de

vitamina C, pode ser feita entre abril e junho e de novembro a fevereiro. Suas sementes são

pequenas e numerosas (BRASIL, 2002).

Estudos com o resíduo da goiaba oriundo da agroindústria têm sido realizados na

tentativa de utilizá-lo como subprodutos na indústria alimentícia (ROBERTO, 2012). O

interesse por essa matéria-prima se justifica pelos experimentos previamente realizados que

apontaram o resíduo da goiaba como fonte alternativa de antioxidantes naturais

(NASCIMENTO, 2010) com significantes concentrações de compostos fenólicos totais

(SOUSA et al., 2011b).

Assim, o presente trabalho tem como objetivo mostrar o potencial bioativo do resíduo

da goiaba vermelha desidratado em secador de bandejas. Para isso, são apresentadas as

concentrações de compostos fenólicos totais, atividade antioxidante, ácido ascórbico e

carotenoides totais presentes no resíduo obtido como subproduto do processamento da polpa.

Os resultados pretendem revelar o real valor bioativo desse resíduo, abundantemente

encontrado no Brasil.

Figura 1 – A goiaba vermelha. Fonte: CULTURA DA GOIABA (2014).

2. MATERIAIS E MÉTODOS

O resíduo da goiaba vermelha foi cedido pela indústria produtora de polpa de fruta

congelada Nordeste Fruit, localizada na cidade do Natal/RN. O resíduo foi submetido à

secagem convectiva a 70 °C em secador convectivo de bandejas com velocidade do ar no

secador de 5 m/s e duração da secagem de 510 minutos. Em seguida, os resíduos desidratados

foram moídos em moinho multi-uso (Tecnal, Brasil). O pó obtido foi posteriormente utilizado

para o preparo dos extratos aquosos para as determinações de fenólicos totais e atividade

antioxidante ou utilização direta para determinação de carotenoides e ácido ascórbico (Figura

2).

Obtenção dos extratos

Os extratos aquosos foram obtidos pelo método de extração não sequencial. Foi

pesado 1 g

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