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AVALIAÇÃO ERGONOMICA DO POSTO DE TRABALHO DE UM MOTORISTA

Por:   •  20/1/2016  •  Artigo  •  2.732 Palavras (11 Páginas)  •  512 Visualizações

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AVALIAÇÃO ERGONOMICA DO POSTO DE TRABALHO DE UM MOTORISTA DE ÔNIBUS DE UM INSTITUTO FERERAL DO CENTRO-OESTE DE MINAS GERAIS

Jader Fabrício Ribeiro DE PAULA1, Lucas Maia CARDOSO1; Régis Giuliano Oliveira PAGLIUSO¹; Wemerton Luís EVANGELISTA2

¹ Estudantes de curso de Engenharia de Produção. Instituto Federal Minas Gerais (IFMG) campus Bambuí. Rod. Bambuí/Medeiros km 5. CEP: 38900-000. Bambuí-MG. 2 Professor Orientador – IFMG.

RESUMO

O presente estudo busca tirar conclusões, a partir do conhecimento adquirido, sobre uma análise ergonômica no setor de transporte de um Instituto Federal localizado no Centro-Oeste de Minas Gerais. Tem como objetivo principal analisar as condições de trabalho dos funcionários no setor avaliado. Foi analisado por meio de aparelhos de medições, questionário e observação direta o processo de um motorista em uma viagem de longo prazo. Os resultados mostraram que nas condições de trabalho analisadas, o posto não oferece risco ao trabalhador.

Palavras-chave: trabalhador, condições de trabalho.

     

INTRODUÇÃO

A Ergonomia é um ramo da ciência que estuda as relações do trabalhador com seu ambiente de trabalho e as tarefas desenvolvidas no mesmo, buscando através desses estudos, promover a adequação do local de trabalho ao trabalhador, levando em consideração as condições ambientais presentes, com as limitações e capacidades tanto físicas quanto psicológicas de cada do trabalhador, visando assim, a perfeita sintonia entre ambos.

Os praticantes da ergonomia, ergonomistas, contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas para torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas (Associação Brasileira de Ergonomia, 2004).

Portanto, a ergonomia está diretamente ligada com a produção individual de cada funcionário, tendo em mente que, adequar o posto de trabalho ao empregado contribui diretamente no bem estar do mesmo e consequentemente o melhor proveito de suas capacidades de produção, visto que o individuo e seu posto de trabalho formam um único conjunto integrado. Com um constante aclive do grau de concorrência encontrado no mercado de trabalho, cada vez mais os empregadores exigem o bom rendimento de seus funcionários, no entanto, frequentemente as empresas negligenciam as ideais condições trabalhistas, expondo o empregado a condições adversas. Dentre os inúmeros setores, encontra-se a classe dos motoristas de ônibus, que será o objeto abordado no presente estudo.

Composta por uma longa jornada de trabalho, e condições muitas vezes não favoráveis para a melhor execução de suas tarefas, os motoristas de ônibus são constantemente submetidos às condições agravantes de seu bem estar na decorrência do desenvolvimento de sua função, tais como, a permanência de posições onde parte do corpo permanece estática por grandes intervalos de tempo ou que forçam o sistema osteomuscular, condições ambientais que variam de acordo com sua jornada, também, são obrigados a tolerar níveis de ruídos que proporcionam grande desconforto auditivo, proporcionado pelo próprio barulho do ônibus, passageiros, trânsito, etc. O conjunto dessas condições supracitadas, muitas vezes levam os profissionais desse setor, por situações exaustivas que são submetidos, ao afastamento de sua profissão, por serem responsáveis pela incapacitação dos mesmos, devido a complicações de saúde.

Com base no ambiente onde o motorista se encontra, e as condições de trabalho ora favoráveis, ora desfavoráveis, a ergonomia se faz extremamente importante, tanto nos aspectos teóricos quanto práticos, quando na busca de soluções para adequação do ambiente de trabalho ao trabalhador. Podendo assim, dentro de seu escopo encontrar meios e adequações que possam maximizar o potencial do trabalhador e promover evoluções necessárias nesse setor.

O presente trabalho tem por finalidade, acompanhar e analisar os possíveis fatores prejudiciais à saúde de dois motoristas de ônibus no decorrer do exercício de sua função em seu posto de trabalho, tais fatores foram abordados conforme conceitos e aspectos ergonômicos.

REFERENCIAL TEORICO

Posto de trabalho 

O posto de trabalho refere-se ao desenho do local e a uma série de equipamentos dispostos neste ambiente que podem ser observados objetivamente (Stokols, 2001).  O conforto e o bem estar do trabalhador podem ser influenciados pelas características deste posto. Segundo Millies (2001), o posto de trabalho do motorista de ônibus, apesar do tamanho do veículo, resume-se a pouco mais de 1,5 m². Nesse local estão dispostos os instrumentos necessários à realização da tarefa de conduzir pessoas. Segundo o autor, na década de 1990, foi realizada uma ampla investigação no Canadá, Suécia, Alemanha e Países Baixos, sobre os aspectos ergonômicos do posto de trabalho e de outros aspectos dos ônibus. Essa investigação resultou em uma série de modificações no posto de trabalho, como mudanças no ajuste do assento e do volante, levando em consideração a altura e características especiais como o sobrepeso e o comprimento de braços e pernas. Ainda como resultado desta investigação, os ajustes do assento e do volante devem ser coordenados, de modo que os profissionais encontrem posições cômodas e ergonomicamente saudáveis. O painel de controle foi otimizando, facilitando o acesso aos comandos e à visibilidade dos instrumentos.

Motorista de Ônibus e seus problemas

O posto de trabalho de um motorista de ônibus não é mais viso como um simples trabalho apenas em busca de um salário mensal. Este ambiente de trabalho, começou a ser estudado em base de temas como Segurança no Trabalho e Ergonomia. As condições que estão proporcionados seus equipamentos (ar condicionado, cadeira, direção entre outros ) , devem apresentar a conservação adequada para assegurar um trabalho saudável.

A atividade do motorista de ônibus é baseada em um excessivo trabalho físico e mental e que a qualidade ou deficiência do meio ambiente que ele interage é fundamental para a sua ação, segundo (KOMPIER, 1996).

Carga de trabalho

Entende-se por carga de trabalho o produto da relação entre as exigências do trabalho e a capacidade de desempenho e de enfrentamento do trabalhador. Sob condições aversivas, essas exigências tendem a gerar sobrecargas sobre os sistemas físico e psicológico. Essas sobrecargas podem manifestar-se, por exemplo, como dores ou tendinites (aspecto físico) ou como desatenção ou irritabilidade (aspecto psicológico). Segundo Frankenhaeuser (2001), é preciso ainda distinguir a carga de trabalho quantitativa da qualitativa. A primeira está relacionada à quantidade excessiva de trabalho que deve ser executado em um tempo determinado, e a segunda a tarefas repetitivas que precisam de variedade e dificuldade.

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