Abastecimento de Água na Favela
Por: lanysiqueira • 18/7/2016 • Trabalho acadêmico • 3.627 Palavras (15 Páginas) • 382 Visualizações
INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS - IFMG
DISCIPLINA
ENGENHARIA AMBIENTAL
PROFESSORA: CECÍLIA REIS ALVES DOS SANTOS
INFRAESTRUTURA E SANEAMENTO BÁSICO -
ABASTECIMENTO DE ÁGUA / ESGOTAMENTO SANITÁRIO / DRENAGEM
GUSTAVO MENDES CABRAL, ISABELLA APARECIDA RIBEIRO, LANY MARTINS DE SIQUEIRA, LUANA FIDELIS, PABLISSON MARTINS MOREIRA.
3º PERIODO/ 2016
Santa Luzia
2016
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 03
2 SANEAMENTO BÁSICO 03
3 ABASTECIMENTO DE ÁGUA 05
4 ESGOTAMENTO SANITÁRIO 06
5 DRENAGEM 07
6 PRINCIPAIS DESAFIOS AMBIENTAIS.............................................................. 07
7 PERSPECTIVAS FUTURAS..................................................................................... 09
8 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 11
REFERÊNCIAS 12
1 INTRODUÇÃO
Parte da população brasileira vive em condições precárias de habitação, tendo esta aumentado significativamente de forma nunca imaginada antes. Com ausência de serviços de infraestrutura, como a falta de segurança do imóvel, riscos de desmoronamentos, de inundações, de incêndios devido à ligações elétricas precárias (gatos) e Saneamento básico, tendo o perigo de se contrair moléstias infecciosas decorrentes do acúmulo de lixo, de condições insatisfatórias de higiene, falta de abastecimento de água, drenagem e esgotamento. Nos últimos anos, houve uma mudança na dinâmica sócio-ambiental, que até então permitia a população mais pobre construir sua casa, trazendo um crescimento extensivo e desordenado da cidade baseado no tripé composto pelo: loteamento/autoconstrução/moradia na periferia (KLEIMAN, 2002).
“O direito à moradia digna é garantido pelo artigo 6 da Constituição da República. O Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, tratando dos objetivos da política municipal de habitação, em seu artigo 79, parágrafo único, esclarece o seu significado: “moradia digna é aquela que dispõe de instalações sanitárias adequadas que garantam as condições de habilidade, e que seja atendida por serviço públicos essenciais, entre eles: água, esgoto, energia elétrica, iluminação pública, coleta de lixo, pavimentação e transporte coletivo, com acesso aos equipamentos sociais básicos”.
As ocupações descontroladas comprometem a qualidade da água, devido aos esgotos domésticos, lixo e carga urbana difusa de poluição, podendo até inviabilizar o uso do manancial, levando ao aumento do custo do tratamento e ameaça de redução da qualidade da água a ser distribuída para a população.
2 SANEAMENTO BASICO
Saneamento básico é a atividade relacionada ao abastecimento de água potável, o manejo de água pluvial, a coleta e tratamento de esgoto, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos, o controle de pragas e qualquer tipo de agente patogênico, visando à saúde das comunidades.(constituição federal, Lei 11445 – 2007)
As comunidades indígenas já se preocupavam com o saneamento, armazenando a água em talhas de barro e argila ou até mesmo em caçambas de pedra, também havia um cuidado especial com dejetos, sendo feitas delimitações de áreas usadas para as necessidades fisiológicas e para disposição de detritos.
Os povoados que se formavam, origem das futuras cidades, faziam o abastecimento de água através de coleta em bicas e fontes, tendo uma historia bem parecida com as comunidades indígenas. Em 1561 Estácio de Sá mandou escavar no Rio de Janeiro o primeiro poço para abastecer a cidade, sendo o primeiro indicio de saneamento no Brasil. Entre 1673 e 1723, construía-se o primeiro aqueduto do País, atualmente conhecido como os Arcos da Lapa, com o transporte de águas do rio Carioca em direção ao Chafariz Central do Rio de Janeiro. Em 1746, foram inauguradas linhas adutoras para os conventos de Santa Tereza e na Luz, em São Paulo. Na capital paulista, o primeiro chafariz foi construído em 1744, tendo aumento para cinco em 1842. No período colonial, ações de saneamento eram feitas de forma individual, resumindo-se à drenagem de terrenos e instalação de chafarizes.
No final do século XIX ocorre a organização dos serviços de saneamento no Brasil com as províncias entregando as concessões às companhias estrangeiras, principalmente inglesas. O Governo de São Paulo construiu o primeiro sistema de abastecimento de água encanada, entre 1857 e 1877, após assinar contrato com a empresa Achilles Martin D´Éstudens. O sistema de abastecimento de água encanada do Rio de Janeiro foi concluído em 1876, por Antônio Gabrielli. Com o uso do decantador Dortmund, o sistema do Rio de Janeiro se tornou pioneiro na inauguração em nível mundial de uma Estação de Tratamento de Água (ETA), com seis filtros rápidos de pressão ar/água.
A partir de 1940, iniciou-se a comercialização dos serviços de saneamento, surgindo assim as autarquias e mecanismos de financiamento para o abastecimento de água, com influência do Serviço Especial de Saúde Pública (SESP), hoje denominada Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).
Em 13 de outubro de 1969, o Decreto Lei 949, autorizou o Banco Nacional de Habitação (BNH) a realizar operações de financiamento para o saneamento, utilizando além de seus próprios recursos, os do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Em 1971, foi instituído o Plano Nacional de Saneamento (PLANASA), que consolidou os valores de autonomia e autos sustentação, surgidos em 1950, por meio das tarifas e financiamentos baseados em recursos retornáveis. As decisões passaram a ser concentradas, com imposições das companhias estaduais sobre os serviços municipais, e a separação das instituições que cuidavam da saúde e as que planejavam saneamento.
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