Ambiente e doenças do trabalho
Por: Drika_MMary • 17/9/2019 • Resenha • 1.487 Palavras (6 Páginas) • 1.069 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Resenha Crítica de Caso
DRIELLY MARY CAVALCANTI
Trabalho da disciplina O Ambiente e as doenças do trabalho
Tutor: Prof. Ismael da Silva Costa
Recife
2019
ESTUDO DE CASO:
CASO HARVARD BUSINESS SCHOOL
SAMPLE6: PARCERIA PARA FAZER O ALIMENTO MAIS SEGURO
REFERÊNCIA:
Higgins, Robert F. e Kester, Kirsten. Sample6: parceria para fazer o alimento mais seguro. Harvard Business School, Julho 2013 .Disponível em: https://hbsp.harvard.edu/ product/ 814 014-PDF-ENG . Acesso em: 13/08/2019.
- INTRODUÇÃO
O termo Food Security (segurança alimentar), teve origem em 1970, época de crise alimentar mundial. Teve como foco principal os problemas de abastecimento de alimentos, garantindo a disponibilidade da estabilidade dos preços dos alimentos básicos em nível internacional e nacional.[1] De acordo com Hanning et. al. (2012), a segurança alimentar é afetada pelas mudanças climáticas, pois a estabilidade do abastecimento alimentar pode ser afetada pelo aumento da ocorrência de inundações ou secas. Ela também pode ser afetada pela escassez de combustíveis fósseis, visto que eles são usados para produzir fertilizantes e pesticidas e para alimentar máquinas agrícolas e sistemas de irrigação.[2]
O tema segurança alimentar, tem dois conceitos principais, onde um diz respeito ao acesso e o outro a qualidade do alimento. Levando sempre em observação à qualidade dos alimentos assegurando em termos microbiológicos, físicos, químicos e alergênicos. De acordo com o Cosea- O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, órgão de assessoramento imediato à Presidência da República - a Segurança Alimentar e Nutricional, deve ser intersetorial e participativa, e consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares
promotoras da saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis.[3]
Os riscos químicos associados a segurança alimentar podem ser por longo prazo, considerados crônicos, como os carcinogênicos; cumulativos, exemplo as microtoxinas, podendo acumular no organismo durante anos; ou em curto prazo, em casos agudos, como os provocados por alimentos alergênicos. Como exemplos de riscos químicos podem ser citados: contaminantes tóxicos, toxinas naturais presentes em alguns alimentos, microtoxinas (toxinas fúngicas), pesticidas, resíduos veterinários, desinfetantes, produtos de limpeza, metais pesados, aditivos alimentares tóxicos, tintas, lubrificantes, metabólitos tóxicos de origem microbiana, entre outros. físicos e microbiológicos estão diretamente ligados a segurança alimentar. No caso de riscos físicos, pode-se citar a presença de partículas microfísicas como vidro e metal, podem ser perigosas e causar sérios danos aos consumidores. Os riscos biológicos, podem ser dados por bactérias, vírus e toxinas produzidos por micro-organismos. [4]
Seguindo a ideia de assegurar a população dos EUA alimentos seguros A empresa Sample6, uma startup , propôs em conjunto com o prof. Robert F. e Kirsten Kester a lançar uma plataforma de diagnósticos alimentícios inovadores que promete otimizar e elevar o nível de precisão das análises que precisam ser feitas em todos os tipos de alimentos, o padrão proposto em 2013 seria de diagnósticos de alimentos era feitos com mais precisão que os atuais em 4h.
- GESTÃO EM SEGURANÇA ALIMENTAR NOS EUA
A indústria de alimentos nos EUA é representada com mais de US$ 1,2 trilhão (2011) com vendas no varejo. Mas devido a uma resposta ao crescimento da obesidade e doenças crônicas ao longo dos anos, houve uma mudança na procura dos consumidores por alimentos mais saudáveis.
O efeito da globalização através do comercio internacional, fazendo com que o país importasse alimentos frescos (vegetais, frutas e grãos) de 150 países através de 300 portos diferentes dentro do país, aumentou o desafio da segurança alimentar de forma mais global. Essas importações trouxeram ao mercado americano riscos químicos, como pesticidas. Os riscos biológicos como a doença da Vaca louca em carnes britânicas , a gripe aviaria na Asia e contaminação de malamina na China.[1]
Segundo dados do NIAID – Instituto Nacional de Alergia e Doencas infecciosas nos EUA- 55 das crianças e 4% dos adultos sofrem de alergias alimentares. E ainda, segundo o NIAID cerca de 200 pessoas por ano morrem devido a alérgenos em todo o país [5]. De acordo com Scallan et al. 2011, 9,4 milhões de pessoas estão doentes e 1350 mortes ocorrem a cada ano nos Estados Unidos devido a 31 patógenos principais que contaminam alimentos. Além de tudo isso, o numero crescentes de recalls associado a alimentos no EUA devido a presença de patogênicos como E.Coli e Salmonella Spp. O impacto dos recalls alimentares trouxe impactos econômicos, fechamentos de fabricas e até custos de investigação para muitas empresas nos EUA. Impactando também a confiança dos consumidores aos produtos das empresas ligadas direta ao registro no recall.[6]
Para evitar os acontecimentos relacionados a contaminação de produtos, as empresas tiveram de aumentar mais ainda sua tecnologia para a garantia da qualidade, fazendo uso de identificação por rádio frequência, rastreamento de GPS e tecnologias genéticas para identificar a composição e integridade dos produtos alimentares. Os órgãos regulamentadores como o FDA (Administração de alimentos e medicamentos) e o USDA (departamento de Agricultura dos EUA) buscaram a segurança dos alimentos introduzindo controles obrigatórios para prevenir os problemas e reduzir os riscos para os usuários, pré-requisitos mínimos de qualidade foram estipulados, exigiram maior fiscalização perante as empresas alimentícias, certificações e rastreabilidade.
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