Ampliacao do canal do panama

Situação

1.1 Justificativa

O Canal do Panamá recebe navios com até 295 metros de comprimento, 32 metros de largura e 12 metros de calado (o espaço ocupado pela embarcação dentro d’água), os chamados Panamax. A partir dos anos 1990, porém, a presença cada vez maior das embarcações Post-Panamax (25% maiores, 50% mais largos e, com um calado também mais profundo, capaz de suportar duas ou três vezes a carga) no comércio internacional expõe a obsolescência da passagem panamenha e as dimensões do canal se tornaram um empecilho.

Em 2011, 37% da frota mundial de cargueiros não podia trafegar pelo canal. Um problema para o Panamá obtém com os pedágios US$ 1,8 bilhão por ano, cerca de 26% de seu Produto Interno Bruto (PIB). Um canal raso demais e com comportas estreitas demais causou uma passagem de menor tonelagem e consequentemente gerou-se menores receitas.

1.2 Descrição do produto do projeto

        O projeto deve prover uma solução que permita o trânsito de embarcações Post-Panamax no curso do canal do Panamá através da construção de uma terceira via de passagem para grandes navios. Duas novas eclusas mais largas e profundas que as existentes serão construídas em cada extremidade do canal. As eclusas trabalharão em um sistema de enchimento e escoamento, cada uma com três câmaras e cada câmara com três bacias de recuperação que permitirão ao navio subir do oceano até o Lago Gatún, ponto mais alto da travessia (26 metros acima do nível do mar), e dali descer para o outro lado.

O sistema irá conter inovações que tornam o processo mais fácil, barato e favorável ao meio ambiente. As novas comportas, com 30 metros de altura, movem-se sobre rodas, em vez de deslizar, e a redução de tempo obtida facilita os serviços de operação e manutenção, baixando os custos. Bacias de reuso empregam 7% a menos de água do que o sistema anterior e reaproveitam 60% da água exigida em cada trânsito.

        

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Figura 1 – Localização das novas eclusas do projeto de ampliação do Canal do Panamá.

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        Figura 2 – Panorama aéreo do novo acesso ao Canal do Panamá, pelo lado do Oceano Pacífico

1.3 Designação do gerente de projeto

O Sr. Juan Wong é o Gerente de Projetos, trabalhou em todas as fases dos estudos da expansão do canal, plano mestre, referendo, concurso, também garantindo as documentações e avaliações necessárias, não só para o registro como também para servir de estudos futuros. A Autoridade do Canal do Paraná (ACP) e o Grupo Unidos pelo Canal (GUPC), que é constituído pelas empresas Sacyr Vallehermoso, da Espanha; Impregilio, da Itália; Jan de Nul, da Bélgica, e a Construtora Urbana S. A. (Cusa), do Panamá, são responsáveis pelo financiamento da obra.

1.4 Premissas (hipóteses) e restrições para o projeto

Premissas Tráfego de 19600 navios Em 2025 capacidade de carga aumentada para 600 milhões de t/ano Duplicar o tráfego Triplicar o tamanho dos navios

Restrições Implantação em 8 anos Orçamento de U$S 5,25 bi

1.5

1.6 Objetivos do Projeto

A obra de ampliação do Canal do Panamá tem, em suma, por objetivo a criação de uma nova via de tráfico ao longo do canal, paralela à existente, mediante a construção de um terceiro sistema de eclusas.  

Com esse novo sistema de eclusas a capacidade máxima do estreito ampliará de 290 milhões de toneladas anuais para 600 milhões de toneladas anuais, mais do que dobrando a capacidade de trânsito anual. O Plano Mestre estima que a demanda, atualmente saturada, ampliará até 2025 para 508 milhões de toneladas anuais (85% da capacidade máxima ampliada).