Análise da Economia Brasileira no Período 2015 a 2017
Por: rosefmachado • 31/5/2019 • Trabalho acadêmico • 3.052 Palavras (13 Páginas) • 202 Visualizações
Análise da Economia brasileira no período 2015 a 2017
1- INTRODUÇÂO
Nosso país está vivendo uma das maiores crises economica dos ultimos tempos em m março de 2016, última vez em que a M&E analisou a economia brasileira e identificou um cenário complicado. PIB, exportações e importações estavam em grande queda, o consumo estava estagnado, enquanto a inflação, o valor do Dólar frente ao Real e a entrada de investimento estrangeiro passavam por subidas. No comércio internacional, o Brasil dependia muito da China e dos EUA, enquanto exportava muitos bens de baixo valor agregado e importava bens essenciais para a indústria nacional, como máquinas e equipamentos.
Atualmente, é possível perceber mudanças em alguns desses indicadores: algumas positivas, outras negativas. O que percebemos atualmente são: entrada de investimento estrangeiro; descidas da inflação, do preço do Dólar e da taxa de juros; bem como continuações da subida do desemprego e das quedas no PIB e no comércio exterior. Nas exportações, produtos agrícolas ganharam mais relevância, enquanto a dependência em poucos destinos diminuiu. Nas importações, manteve-se uma dependência forte na China e nos Estados Unidos, enquanto a compra de máquinas e equipamentos caiu.
Podemos identificar em nossa economia que o Produto Interno Bruto (PIB) acumulou queda de 7,2% no biênio 2015-2016, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na série de crescimento econômico do IBGE, iniciada em 1948, foi a primeira vez que houve dois anos seguidos com queda anual do PIB, segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
Segundo Rebeca, com a queda de 7,2%, é possível dizer que a recessão atual é a pior desde 1948. A pesquisadora relutou em afirmar que se trata da pior recessão da história, por causa da falta de dados sobre antes de 1948.
Ainda conforme os cálculos do IBGE, o PIB encerrou 2016 no mesmo nível do terceiro trimestre de 2010.
Além disso, a queda anual de 6,6% no PIB da agropecuária em 2016 é a maior da série histórica com a atual metodologia, iniciada em 1996, como podemos ver no gráfico a seguir:
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Foto: ArteZH / RBS
A queda de 2,4% no PIB industrial do quarto trimestre de 2016 ante o mesmo trimestre do ano anterior foi a mais branda.
No PIB da Agropecuária, o recuo de 5% foi o quarto consecutivo, mas o menos intenso do período.
A retração de 2,9% no Consumo das famílias no quarto trimestre de 2016 ante o mesmo trimestre de 2015 completou oito trimestres consecutivos de quedas, mas foi o menos intenso desde o segundo trimestre de 2015.
Já as exportações brasileiras tiveram recuo de 7,6% no quarto trimestre de 2016 ante o mesmo trimestre do ano anterior, a primeira queda após sete trimestres seguidos de altas.
No âmbito geral podemos perceber, ainda que mínima, identificamos uma melhora em nossa economia atual ante ao início da crise em 2015.
2 - DESENVOLVIMENTO
2.1 - Os impactos da crise econômica no mercado brasileiro
A crise econômica deve afetou o mercado de trabalho brasileiro de forma clara a partir de 2015, . Houve impacto no número de empregos ao longo do ano, assim como na qualidade deles.
Da mesma forma que ocorre quando a economia está crescendo, em momentos de baixa na atividade econômica, os empresários esperam para verificar se aquele movimento deve persistir. "Existe um delay entre o movimento do PIB, o comportamento da atividade econômica, e o seu reflexo no mercado de trabalho." As perspectivas atuais, contudo, são mais severas.
Quando se trata de uma crise econômica conjuntural, quando você tem uma desaceleração, as empresas não demitem imediatamente, elas aguardam uma retomada. Nos últimos anos, o Brasil teve uma trajetória de crescimento sustentado. Com a crise de 2008, houve um período de recessão e a resposta veio relativamente rápido, o impacto no mercado de trabalho foi pequeno, considerando o cenário mundial.
Quando você tem uma crise assim, geralmente aumenta a informalidade, aumentam estratégias de sobrevivência nos grandes centros urbanos. Então, essa piora na qualidade dos empregos provavelmente vai ser sentida ao longo do ano.
O real desvalorizado como está, por outro lado, pode ser uma esperança para a indústria nacional, com a restauração de forças de determinados setores exportadores. O problema é que muitas empresas passaram a produzir com insumos importados. Seria preciso restaurar a capacidade de produzir internamente ou se adaptar a essa nova taxa de câmbio, o que aumenta o custo de produção e pressiona a redução de gasto em outro custo, como com os salários.
O varejo brasileiro, assim como outros segmentos do mercado, foi intensamente afetado pelo que culminou no atual cenário econômico. Responsável por cerca de 19 milhões de empregos no País, o setor sentiu diretamente a queda no volume de vagas, devido à, principalmente, desaceleração da economia. A situação foi confirmada pela apuração realizada pela SBVC – Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo no documento “Os impactos da crise econômica no varejo brasileiro”. Os dados são resultados de um compilado de números dos principais institutos de pesquisa do País que tem como objetivo colocar em perspectiva alguns indicadores do mercado para se ter uma noção mais próxima do real momento enfrentado pelo setor.
2.2 - As consequências na indústria, comércio e serviços;
A crise econômica acarretou uma crise do setor industrial . O fato acarretou uma série de demissões e que por consequência acarretou em prejuízos nos setores de comércio e serviço. O “efeito dominó” causado pelo momento econômico acabou prejudicando a diversos setores do Brasil.
A capacidade de consumo é ligada a renda gerada pelo setor industrial, da movimentação que a indústria consegue gerar, seja de forma direta ou indireta”,sendo a industria , o setor é o que paga o maior salário, portanto, é aquele que acaba gerando mais massa de renda. Com a série de demissões que ocorreram nos últimos anos fez com que outros setores acabassem sofrendo as consequências.
Temos mais desemprego, menos renda circulando, a renda média de quem ficou desempregado (caiu) e ele tem um poder de compra menor, então por consequência compra-se menos. Aqueles que estão empregados estão mais ressabiados e não passam a ser tão ousados na atividade e no consumo, como se estivesse se preparando para uma notícia ruim.
O fato acaba comprovado pela Pesquisa de Intenção de Compra (PIC), realizada pelo Observatório Econômico da Universidade Metodista, coordenado por Sandro Maskio. No último levantamento feito para o Dia das Mães, a projeção de movimentação comercial diminuiu 16% em relação a mesma data no ano passado. O número apresentado pelo estudo é menor do que o apresentado há dois anos.
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