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Aplicabilidade do Conceito de Operação de Descida Contínua (CDO) n

Por:   •  4/3/2023  •  Monografia  •  5.742 Palavras (23 Páginas)  •  95 Visualizações

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Aplicabilidade do conceito de Operação de Descida Contínua (CDO) nas Chegadas Padrão por Instrumento da Terminal Belo Horizonte

Ueiler de Queiros Silva* João Paulo Vieira Rangel*

Luis Felipe Ochotorena Fartura*

2014

RESUMO

Desde a criação da comissão especial sobre o Sistema Futuro de Navegação Aérea (FANS), a Organização Internacional de Aviação Civíl (OACI) estabeleceu as bases para a implementação de novos sistemas na aviação que ficaram conhecidos como sistemas CNS/ATM. O Plano Global de Navegação Aérea para os sistemas CNS/ATM - DOC 9750 é composto de um conjunto de iniciativas, as quais dão suporte ao planejamento e às implementações previstas. Uma dessas iniciativas previstas no Plano Global é a integração entre os sistemas de solo com os sistemas de bordo das aeronaves, que permitirá uma otimização da Área de Controle Terminal (TMA) a fim de prover o uso eficiente de combustível, através de procedimentos de Chegadas Padrão por Instrumentos (STAR) baseados em FMS (Sistema de Gerenciamento de Voo) e integração entre sistemas de bordo de aeronaves e sistemas de solo. O DOC 9931 - Operações de Descida Contínua contém recomendações que viabilizam a implementação de STAR, atendendo critérios que possibilitam uma descida otimizada às aeronaves. Buscando verificar a aplicabilidade dos critérios do DOC 9931 nos perfis das STAR da Terminal Belo Horizonte, esse estudo realizou uma análise qualitativa das 3 principais STAR da para o Aeroporto de Confins. A partir da análise realizada concluiu-se que não se aplica o conceito CDO às STAR OPKES 1, KODPA 1 e UMKIT 1, pois as restrições de nível e velocidade não estão de acordo com o DOC 9931.

Palavras chave: Controle de Tráfego Aéreo. Operações de Descida Contínua. Chegada Padrão por Instrumentos. Terminal Belo Horizonte.

*Alunos do Curso de Formação de Oficiais Especialistas em Controle de Tráfego Aéreo do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica, uqsilva@gmail.com, jpcarioca@hotmail.com sorriso123@gmail.com.

  1. INTRODUÇÃO

A Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), criada em 1944 com a assinatura da Convenção sobre a Aviação Civil Internacional (Convenção de Chicago), é uma agência especializada das Nações Unidas. A OACI desenvolve políticas, padrões, além de realizar auditorias de conformidade, estudos e análises. Além disso presta assistência e constrói a capacidade da aviação através da cooperação dos Estados-Membros e as partes interessadas. Sua missão é alcançar o crescimento sustentável do sistema de aviação civil global.

Diante da perspectiva de um crescimento sustentável, no final da década de 90 na Convenção de Kyoto de 1998, a OACI, sendo um órgão da ONU (Organização das Nações Unidas), assumiu compromissos de redução de emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa.

Em 1983, a OACI estabeleceu a comissão especial sobre o Sistema Futuro de Navegação Aérea (FANS), encarregado de desenvolver os conceitos operacionais para o futuro da gestão do tráfego aéreo (ATM). O relatório FANS foi publicado em 1988 e lançou as bases para a futura estratégia da indústria para a ATM através da comunicação, navegação e vigilância digitais (CNS), usando satélites e links de dados. Surgia então um novo conceito na aviação: o conceito CNS/ATM.

A OACI reconheceu que a implementação de novos conceitos de sistemas exigiria coordenação global e planejamento em uma escala sem precedentes. Assim, estabeleceu-se um comitê para ajudar a garantir uma abordagem coerente, em termos de custo-benéfico e implementação global do novo conceito de sistema.

Para avançar o processo de implementação de sistemas CNS/ATM, foi criado um plano de ação. O primeiro esforço nessa direção foi o Plano Global Coordenado da OACI para a Transição para os sistemas CNS/ATM . O documento revisado, ficou conhecido como Plano Global de Navegação Aérea para o sistemas CNS/ATM, DOC 9750, sendo um documento estratégico que foi elaborado para fornecer orientações   sobre   a   implementação   de   sistemas   CNS/ATM.

Percebendo que também era preciso o desenvolvimento de um conceito operacional capaz de estabelecer os requisitos de implementação dos sistemas tecnológicos CNS/ATM, a OACI por meio da 11ª Conferência de Navegação Aérea aprovou o Conceito Operacional de Gestão de Tráfego Global - DOC 9854. Esse documento estabelece como os sistemas tecnológicos deverão ser empregados.

O Plano Global de Navegação Aérea para os sistemas CNS/ATM - DOC 9750, juntamente com o Conceito Operacional de Gestão de Tráfego Aéreo Global - DOC 9854 são as bases para o desenvolvimento e a implementação de um sistema de navegação aérea integrado, harmonizado e interoperável em todo o mundo.

O Plano Global de Navegação Aérea para os sistemas CNS/ATM - DOC 9750 é composto de um conjunto de iniciativas, as quais dão suporte ao planejamento e às implementações através de objetivos de desempenho, definidos a curto prazo e se estendendo ao longo dos anos.

Uma dessas iniciativas previstas no Plano Global é a integração entre os sistemas de solo com os sistemas de bordo das aeronaves, que permitirá uma otimização da Área de Controle Terminal (TMA) a fim de prover o uso eficiente de combustível, através de procedimentos de Chegadas Padrão por Instrumentos (STAR) baseados em FMS ( Sistema de Gerenciamento de Voo) e integração entre sistemas de bordo de aeronaves e sistemas de solo.

A estratégia para conseguir essa maior economia de combustível é o planejamento de trajetórias de chegadas e saídas contínuas nas TMA, fazendo melhor uso dos sistemas embarcados automatizados e com isso obtendo vantagens operacionais na concepção do espaço aéreo.

Com a finalidade de orientar os países signatário quanto ao Planejamento do Espaço Aéreo e a elaboração de Procedimentos de Navegação Aérea que possibilitem operações de descidas contínuas para as aeronaves, a OACI publicou em 2010 o DOC 9931 - Operações de Descida Contínua. Esse documento contém recomendações que viabilizam a implementação desse novo conceito.

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