As Bases da Teoria Cinética dos Gases
Por: Joseph Roberto • 29/10/2018 • Relatório de pesquisa • 1.431 Palavras (6 Páginas) • 269 Visualizações
Introdução
As bases da Teoria Cinética dos Gases abordam os estudos acerca do comportamento dos mesmos, no que tange o estudo de agregação através de um modelo simples. O estudo do comportamento dos gases tem em suas bases de origem conceitos diretamente mecanistas, uma observação de Bernoulli (1738) afirma que a pressão de um gás se deve a dinâmica de impacto das partículas que o compõe nas paredes do recipiente onde está contido.
Em 1738, o físico e matemático Daniel Bernoulli, publica pela primeira vez a base teórica para compreensão da cinética dos gases, sob a perspectiva de entender o seu comportamento, e aplicou considerações predominantes para essa compreensão, como por exemplo, que os gases consistem em grandes quantidades de moléculas se movendo em todas as direções.
Esse experimento tem o viés de compreender e aplicar a Teoria Cinética dos Gases, de uma forma simples e eficaz, enfatizando suas bases teóricas e sua execução prática (experimento).
Teoria
A Teoria Cinética dos Gases é baseada em vários postulados, ou afirmações pressupostas, mas não comprovadas. Com relação a isso, é semelhante à teoria de Dalton sobre a estrutura atômica da matéria, que também é baseada em certas pressuposições. A teoria cinética dos gases é baseada nas seguintes afirmações:
- Gases são compostos de partículas minúsculas de matéria.
- Essas partículas minúsculas estão em constante movimento quando na fase gasosa.
- Essas partículas minúsculas não interagem umas com as outras, nem com as paredes do recipiente. Porém, quando ocorre uma colisão, a energia total antes da colisão é igual à energia total depois da colisão. Um modo de expressar uma colisão ideal como essa é que a energia total é conservada (ela não varia) e que as colisões são elásticas.
A matemática e as previsões da teoria cinética dos gases podem ser determinadas a partir dessas afirmações.
Primeiro, vamos considerar uma propriedade geralmente medida para uma fase gasosa: sua pressão. Essa é uma das propriedades observáveis básicas de um gás.
Se as partículas de gás estão se movendo constantemente, cada partícula de gás tem energia cinética.
Energia cinética = [pic 1]
Onde m é a massa do corpo em movimento e v é sua velocidade. A velocidade é um vetor e em três dimensões podemos separar a velocidade em seus três componentes , , . [pic 2][pic 3][pic 4]
Energia cinética = m(++)[pic 5][pic 6][pic 7][pic 8]
As partículas de gás estão em constante movimento e, durante alguns movimentos, colidem com a parede do recipiente que contém o gás. Antes da colisão a partícula tem uma velocidade inicial chamada de , e após a colisão tem uma velocidade final . A variação da velocidade, que é uma quantidade vetorial, durante o intervalo de tempo que leva para colisão ocorrer, indica que a partícula acelerou.[pic 9][pic 10]
Aceleração = = [pic 11][pic 12]
Aceleração = [pic 13]
A força é dada pela segunda lei de Newton:
F = m.a
Onde F é força, m é a massa do objeto e a é a aceleração. Usando a equação para aceleração na forma derivada, ela se torna
F = m.[pic 14]
A terceira lei de Newton diz que para cada força deve haver uma força igual e oposta, assim, se uma partícula de gás colide com uma parede e uma força é produzida sobre a partícula, uma força igual é produzida na parede. F, então, se refere à força sobre a partícula, bem como à força sobre a parede.
Nas expressões acima, F representa a força exercida por uma partícula de gás fazendo uma colisão com a parede do recipiente. Para uma amostra macroscópica, muitas partículas de gás estão colidindo com as paredes do recipiente durante certo intervalo de tempo. Portanto, a força sobre a parede pode variar com o tempo, e é melhor considerar a força F(t) como uma função do tempo. A força média, , é a força total durante certo intervalo de tempo dividida pelo intervalo de tempo total. Se dividirmos o tempo em intervalos muito pequenos, obtemos[pic 15]
= [pic 16][pic 17]
É claro que os intervalos são tão pequenos a ponto de serem infinitesimais, o somatório pode ser substituído por uma integral:
= = [pic 18][pic 19][pic 20]
= [pic 21][pic 22]
= [pic 23][pic 24]
= . m . [pic 25][pic 26][pic 27]
Onde representa a variação na velocidade das partículas de gás. Se existem N partículas de gás no recipiente, a força média total será[pic 28]
= N . . m . [pic 29][pic 30][pic 31]
Onde representa a variação média na velocidade das N partículas. Essa equação é um problema em potencial, porque a velocidade, e portanto a variação da velocidade, , são vetores no espaço tridimensionais, e a força média, dividida em três componentes que são equivalentes. Assim, podemos considerar o problema unidimensional e utilizar nossas conclusões para as outras duas dimensões. Considerando a dimensão x, a força total na dimensão x que é aplicada à parede é[pic 32][pic 33]
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