As Patologias em Construção
Por: Andre Melo • 25/8/2020 • Trabalho acadêmico • 1.483 Palavras (6 Páginas) • 179 Visualizações
Introdução
A construção civil objetivava, em seus primórdios, demonstrar poder, dessa forma, suas obras imprescindivelmente necessitavam aparentar robustez, com pilares enormes e paredes grossas. No decorrer dos tempos e com o avanço da tecnologia, as estruturas foram se tornando mais esbeltas e maiores os vãos livres
O crescimento do mercado imobiliário promoveu a expansão da indústria da construção civil, gerando o aumento da concorrência entre as construtoras. Deve-se a esse fato a implantação da nova fase da construção civil, com estruturas mais esbeltas e menos onerosas. Em contrapartida, surgiram estruturas com menor qualidade, no que diz respeito a execução bem como ao projeto, com a finalidade de redução de custo, visando a competitividade de mercado
Essa nova concepção de construção civil, com grandes problemas patológicos em suas estruturas, fez com que o Poder Público de São Paulo, utilizando seu grande poder de compra, obrigasse os fornecedores a adotarem determinados padrões, criando o programa QUALIHAB
Em decorrência disso em dezembro de 1998 o Governo Federal estabeleceu o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat, PBQP-H, deixando claro que o objetivo básico seria “apoiar o esforço brasileiro de modernidade e promover a qualidade e produtividade do setor da construção civil, com vistas a aumentar a competitividade de bens e serviços por ele produzido”.
Nesse contexto, para atender os limites mínimos de qualidade e durabilidade das edificações, faz-se necessário um aprofundamento na área das patologias em edificações.
Objetivos
Geral
O trabalho tem como objetivo geral identificar os tipos de manifestações patológicas mais comuns presentes nas fachadas dos edifícios na cidade de Cascavel - PR.
Específico
a) Identificar os edifícios construídos acima de 5 anos.
b) Levantar a quantidade de edifícios construídos na cidade de Cascavel.
c) Selecionar e caracterizar as edificações que farão parte da amostra da pesquisa.
d) Levantar as manifestações patológicas identificadas nas fachadas.
e) Identificar a incidências das manifestações patológicas.
JUSTIFICATIVA
Adquirir um imóvel, seja ele uma casa ou um apartamento, consiste no sonho de grande parte dos trabalhadores brasileiros, e, para muitos, é um sonho penoso e demorado. Dessa forma, a casa própria representa uma conquista, no momento em que o trabalhador consegue sua casa própria, ele espera que esta satisfaça suas necessidades.
Outro fator que está intimamente ligado à existência de patologia em fachadas é a desvalorização do imóvel. Pesquisas apontoam que fachadas mal conservadas são responsáveis por uma desvalorização da ordem de 10% do imóvel.
Diante desse exposto, observa-se que há a necessidade de estudos na parte de patologias para conseguir avaliar as condições das edificações na cidade de Cascavel-PR e descobrir qual o sintoma predominante, podendo, assim, fazer uma generalização da qualidade das construções além disso, proporcionar um maior cuidado na execução das edificações de modo a evitar os tipos mais frequentes de patologias.
REVISAO BIBLIOGRÁFICA
A palavra patologia derivado do grego pathos, sofrimento, doença, e logia, ciência, estudo
é a parte da Medicina que estuda o desvio em relação ao que é considerado normal do ponto de vista fisiológico e anatômico e que constitui ou caracteriza uma doença.
Estudiosos do ramo da Engenharia Civil, adotaram esse termo para caracterizar os defeitos ou disfunções que algumas edificações veem apresentando.
a) Congênitas: são aquelas originárias da fase de projeto, em função da não observância das normas técnicas, ou de erros e omissões dos projetistas, que resultam em falhas no detalhe e concepção inadequada dos revestimentos
b) Construtivas: quando a sua origem está relacionada com a fase de execução da obra, resultante do emprego de mão de obra desqualificada, produtos não certificados, ausência de metodologia para assentamento das peças;
c) Adquiridas: quando ocorrem durante a vida útil dos revestimentos, sendo resultado da exposição ao meio em que se inserem, podendo ser naturais, decorrentes da agressividade do meio, ou da ação humana, em função de manutenção inadequada ou realização de interferência incorreta nos revestimentos
d) Acidentais: caracterizadas pela ocorrência de algum fenômeno atípico, resultado de uma solicitação excepcional, como a ação da chuva com ventos de intensidade superior ao normal e até mesmo incêndio.
Custo de intervenção
Os custos de intervenção na estrutura, para atingir um certo nível de durabilidade e proteção, crescem exponencialmente quanto mais tarde for essa intervenção e que a evolução desse custo pode ser assimilada ao de uma progressão geométrica de razão 5, conhecida por “Lei dos 5” ou regra de Sitter.
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Desse modo, para economia financeira e melhor aproveitamento das partes da edificação deve-se realizar as manutenções preventivas, ou seja, antes de atingir um patamar insatisfatório de utilização.
Vida útil
Segundo, ABNT (NBR 5674 – 1999), vida útil é o intervalo de tempo ao longo do qual a edificação e suas partes constituintes atendem aos requisitos funcionais para os quais foram projetadas, obedecidos os planos de operação, uso e manutenção previstos.
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Desse modo, analisando o gráfico, infere-se que manutenções periódicas são necessárias para um acréscimo na vida útil dos edifícios. Percebendo que manutenções são menos onerosas que recuperações, conclui-se que uma manutenção periódica e sistematizada é mais eficiente para os condôminos.
Revestimento de fachadas
Revestimento em fachadas tem como função, além de estética, proteger o substrato adjacente impedindo infiltração, abrasão e exposição da camada seguinte às ações do meio ambiente. Visto que esse revestimento é o mais externo, e está diretamente exposto aos agentes agressivos do meio ambiente, conclui-se que um revestimento mal feito ou com uso de materiais de baixa qualidade resultará mais precocemente em redução de eficiência e consequentemente patologias
No Brasil, os métodos mais comuns de revestimento de fachadas se dá por meio de cerâmica, pintura convencional ou textura
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