Avaliação Biomecânica
Por: Michele Tolentino Souza • 11/12/2015 • Trabalho acadêmico • 1.127 Palavras (5 Páginas) • 215 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI[pic 1]
INSTITUTO DE CIÊNCIA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA - ICET
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
MICHELE TOLENTINO SOUZA
TRABALHO DE ERGONOMIA I
Teófilo Otoni – MG
Dezembro/ 2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI[pic 2]
INSTITUTO DE CIÊNCIA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA - ICET
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA
Trabalho apresentado pela discente: Michele Tolentino Souza, matrícula 20142021040 ao curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri- UFVJM, como requisito parcial para aprovação da disciplina Ergonomia I, sob orientação do prof. Wevergton Lopes Hermsdorff.
Teófilo Otoni – MG
Introdução
As tarefas da construção civil exigem que o operador trabalhe em diversas posições e realize um grande esforço físico decorrente de medições, transporte e manuseio de cargas pesadas e a execução do serviço em geral. Além disso, o trabalhador rotaciona e flexiona o tronco, os braços, pernas e mãos, repetindo movimentos de abaixar, levantar e empurrar, diversas vezes. Neste, como em diversos ramos, nem sempre os funcionários seguem um padrão de execução de determinada tarefa, cada um a realiza de uma forma diferente.
Segundo Dul e Weerdmeester (1998), em função da natureza da tarefa, das diferentes formas de executá-la e de interagir com a organização do trabalho, alguns indivíduos apresentam problemas de saúde que podem se manifestar de diferentes formas, como as doenças do sistema musculoesquelético, dentre elas, as posturais.
Adotar posturas inadequadas na realização da atividade, além de causar fadiga muscular imediata, pode, a longo prazo, trazer inúmeras consequências à sua saúde, como lesões nos discos vertebrais, desvios de coluna, entre outros.
Metodologia
A avaliação biomecânica foi realizada através da análise postural de alguns trabalhadores da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, utilizando o software 3D SSPP (Programa de Predição de Posturas e Forças Estáticas) e o programa de edição e criação de imagens GIMP (GNU Image Manipulation Program).
O método utilizado demandou o uso de fotos dos trabalhadores em suas respectivas ações de trabalho, onde os seus movimentos foram congelados e utilizados para medição dos ângulos entre as articulações no programa GIMP, e os valores obtidos foram aplicados no módulo bidimensional do software 3D SSPP para realização da análise postural.
Análises
A avaliação foi realizada por meio da análise das forças aplicadas nas articulações:
- Wrist – Pulso;
- Elbow – Cotovelo;
- Shoulder – Ombro;
- Torso – Tronco;
- Hip – Quadril;
- Knee – Joelho;
- Ankle – Tornozelo.
Ela fornece também, a carga limite de compressão sobre o disco L5-S1 da coluna vertebral.
Segundo Knoplich (1982) o encontro da 5ª vértebra lombar com o osso sacro (L5-S1) é uma das articulações mais importantes da coluna, pois nela ocorre a maioria dos movimentos do tronco sobre os membros inferiores. Meldau (2011) cita que a articulação sacro-lombar (L5 e S1) corresponde ao ponto de equilíbrio do corpo humano, sendo assim, problemas assimétricos no quadril comumente resultam em problemas por toda a extensão do corpo. A hérnia de disco mais comum é a ocorrida entre as vértebras L5 e S1.
Observação: Todas as análises fornecem as forças aplicadas nas diversas articulações, bem como a carga limite de compressão sobre o disco L5-S1 da coluna vertebral, que corresponde ao peso que mais de 50% dos homens conseguem levantar. Considerando que os mesmos tenham cerca de 175,1 cm de altura, peso de 83,9 Kg e força das mãos em torno de 44.5 N cada.
Posição 1
[pic 3]
Análise 1
[pic 4]
A carga limite induz a uma força de compressão medida em Newton (N), da ordem de 2931 N sobre o disco da coluna vertebral.
Essa avalição dada pelo programa mostra o percentual de pessoas capazes de realizar essa atividade sem causar danos nas articulações. O percentual para cada articulação é de:
Pulso: 98%
Cotovelo: 100%
Ombro: 100%
Tronco: 88%
Quadril: 75%
Joelho: 59%
Tornozelo: 41%
Considerando os dados, o maior risco nesta posição se encontra no tornozelo, já que apenas 41% das pessoas são capazes de trabalhar nessa posição sem sofrer danos nos mesmos. Deve-se também levar em consideração os joelhos, pois mostrou que apenas pouco mais da metade é capaz de trabalhar em tal posição sem ter danos neles.
Posição 2
[pic 5]
Análise 2
[pic 6]
A carga limite induz a uma força de compressão medida em Newton (N), da ordem de 3136 N sobre o disco da coluna vertebral.
O percentual de pessoas capazes de realizar essa atividade sem causar danos nas articulações é de:
Pulso: 99%
Cotovelo: 100%
Ombro: 100%
Tronco: 86%
Quadril: 51%
Joelho: 6%
Tornozelo: 5%
Considerando os dados, podemos notar que a situação é alarmante nas articulações joelho e tornozelo, já que apenas 6% das pessoas são capazes de trabalhar nessa posição sem sofrer danos no joelho e 5% no tornozelo. Deve-se também levar em consideração os quadris, já que apenas 51% é capaz de trabalhar em tal posição sem ter danos nos mesmos.
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