C2 Em Combate
Dissertações: C2 Em Combate. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Erick_Veiga • 9/11/2014 • 925 Palavras (4 Páginas) • 308 Visualizações
INTRODUÇÃO
O projeto de Comando e Controle em Combate é a iniciativa oficial do Exército Brasileiro na área da Tecnologia da Informação (TI) aplicada em apoio às operações. Iniciado em 2002, com estudos realizados no Estado-Maior do Exército, O projeto C2 em Combate é a materialização de um antigo anseio, qual seja, o de dotar a Força Terrestre com um sistema moderno de comando e controle operacional, utilizando recursos computacionais em larga escala,, e que vem sendo desenvolvido de forma integrada, por órgãos localizados em diversos pontos do país.
CONCEITOS DE COMANDO E CONTROLE
A aplicação no setor militar de tecnologias consagradas em sistemas privados tem sido objeto de pesquisa ao redor do mundo, por meio da adaptação dessas tecnologias para as necessidades das Forças Armadas. Um dos conceitos surgidos, como resultado deste enfoque, foi o de Guerra Centrada em Rede – Network Centric Warfare (NCW), que é definido como a habilidade de forças geograficamente dispersas criarem um alto nível de “consciência situacional”, com vistas a atingir os objetivos da guerra. A consciência situacional (Figura 1) demanda grande volume de informações sobre o espaço de batalha, englobando conhecimento sobre a situação amiga, a situação inimiga e o cenário operacional.
O NCW é composto por três malhas: informação, sensores e atuadores.
A Malha de Informação provê infraestrutura para as comunicações e processamento de dados, constituindo-se em uma malha física e permanente, onde o principal aspecto é a segurança, com três objetivos fundamentais:
- sigilo (criptografia e controle de acesso);
- integridade (totais de controle e assinatura digital);
- disponibilidade (rotas alternativas).
A Malha de Sensores é integrada por sensores baseados em terra, mar e ar, podendo ser isolados, instalados em plataforma de sistemas de armas, transportados por tropa ou sensores de situação logística. Tais sensores provêm alto grau de consciência do espaço de batalha. É uma malha transiente, isto é, existe apenas para uma determinada missão, e é capaz de realizar alocação dinâmica de sensores e fusão de dados. A Malha de Atuadores permite o planejamento e execução da guerra, de forma a se alcançar a projeção de força em tempo e local precisos pelo conhecimento do espaço de batalha. Com estas ideias e conceitos em mente, pode-se caracterizar Comando e Controle (C2) como sendo o ciclo que envolve o sensoriamento, o processamento e a atuação, e cuja matéria prima básica do processo é a informação, sempre com o objetivo de auxiliar o processo decisório do Comandante.
HISTÓRICO
O trabalho realizado em 2002 estabeleceu a modelagem conceitual do sistema, sendo inicialmente definido o foco do desenvolvimento no nível tático e no escalão Brigada. No entanto, desde o início da fase de análise, ficou evidente que os fundamentos doutrinários e as soluções técnicas adotadas deveriam ter condições de serem adaptadas para atender a outros escalões. Já nessa oportunidade, foi identificado que a atividade de C2 necessita de uma sólida base de meios de TI, funcionando de maneira integrada e permitindo a utilização de comunicações de voz e dados para usuários fixos e móveis. Tal infraestrutura é a via pela qual trafega a informação, que é obtida, armazenada e utilizada de acordo, principalmente, com as necessidades dos sistemas operacionais de combate (Figura 3) doutrinariamente previstos. Sob esta ótica, no início de 2003, foi emitido o Plano de Integração e Modernização do Sistema de Comando e Controle da Força Terrestre, o qual atribuiu responsabilidades, estabeleceu prazos e definiu metas, para que aquele modelo conceitual estabelecido se tornasse realidade. Dessa forma,
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