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CARREGAMENTO

Por:   •  15/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.104 Palavras (9 Páginas)  •  1.193 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Dentro de um ambiente produtivo existem diversos problemas de decisão associados à coordenação dos recursos produtivos.

De forma geral, planejar a produção significa estabelecer metas para um período de tempo futuro, chamado de horizonte de planejamento, visando melhorar o uso de recursos produtivos, atendendo as demandas de mercado e antecipando oportunidades de vendas futuras. Para estas atividades são necessárias algumas informações (inputs) como: níveis e políticas de estoque; posição de pedidos pendentes (backorders); previsões de demanda; estoque em processo; níveis de força de trabalho; capacidade produtiva; disponibilidade de material; padrões de produção; padrões de produção; padrões de custos e preços de venda; e, políticas de gerenciamento.

As informações contidas nos planos de produção conduzem ao estabelecimento dos programas que irão determinar o que, quando, quanto, onde e em que sequência o produto será fabricado.

Pela definição de Slack, Chambers e Johnston (2009), podemos entender a etapa de programação como a conciliação entre suprimento e demanda, definidos em termos de volume e tempo. Ou seja, quanto, quando e em que sequência devemos produzir para atender a demanda? Note que a resposta a essa pergunta está relacionada diretamente ao nível operacional da produção e associada à definição da quantidade de trabalho a ser colocado a cada centro de trabalho (carregamento), à determinação da ordem em que as tarefas serão executadas (sequenciamento) e à programação de prazos de início e fim de cada tarefa.

Desta forma, podemos definir o carregamento como a quantidade de trabalho alocado para um centro de trabalho, levando em conta o tempo real de operação (que desconta do máximo tempo disponível os períodos não trabalhados, as trocas de preparação e os tempos de máquina parada para manutenção, por exemplo).

2. CARREGAMENTO

A etapa de carregamento (ou carga) trata de alocação de trabalho para determinada máquina (ou centro de trabalho ou trabalhadores). É necessário levarmos em consideração os seguintes aspectos:

Tempo normal disponível: refere-se ao tempo de disponibilidade em condições normais de uso, observando, por exemplo, que a máquina não será utilizada em finais de semana e feriados.

Tempo de planejamento de operação: deve-se levar em consideração o tempo despendido entre o término e o início de uma nova carga de produção, ou seja, o tempo consumido entre a entrega de um produto finalizado e o início de produção de um novo produto.

Tempo real de operação: considera o fato de que a máquina, para trabalhar em condições normais, necessita de manutenção, como por exemplo, limpeza e substituição de componentes. O tempo consumido com esse tipo de tarefa é observado para a determinação do tempo real de operação da máquina.

Veja a seguir, a relação entre os tempos disponíveis de carga de trabalho numa determinada máquina.

Tempo máximo disponível

Tempo normal disponível

Não Trabalhado

Tempo planejado disponível

Tempo planejado de operação

Trocas

Tempo disponível

Tempo real de operação

Máquina parada

Fonte: adaptado de

Além do fator tempo, a confiabilidade da máquina deve ser levada em consideração para a determinação de carga que, por sua vez, apresenta, segundo Reid e Sanders (2009), duas abordagens: carregamento finito; carregamento infinito.

Carregamento finito: a carga é alocada numa máquina (ou centro de trabalho) respeitando-se um limite de atividade. Esse limite é definido em função da disponibilidade de tempo para carga.

[pic 1]

Figura 1: Carga Finita

Segundo Slack, Chambers e Johnston (2009), exemplos de carga finita podem ser encontrados em situações que: é possível limitar a quantidade de trabalho exigida (agendamento de atendimento em consultórios); é necessário limitar a quantidade de trabalho (números de alunos alocados a uma disciplina em função do tamanho da sala de aula); o custo em limitar a carga não é relevante (a fila de espera formada para acesso a uma casa noturna pode atrair mais clientes).

Na carga finita, podem ocorrer problemas relacionados a subdivisão das tarefas em longo do prazo, visto que, caso determinado equipamento apresente falha, as etapas subsequentes deveram ser reprogramadas, estendendo-se, com isso, o prazo de execução de cada etapa.

Carregamento infinito: Nesse caso, as máquinas (ou centros de trabalhos) não apresentam limitações de tempo de atividade para a execução de determinadas tarefas.

[pic 2]

Figura 2: Carga Infinita

A carga infinita de trabalho nos permite identificar períodos em que exista a sobrecarga de trabalho, que pode vir a ser realocada naqueles períodos que apresentam ociosidade. Para Slack, Chambers e Johnston (2009), o carregamento infinito é utilizado em operações em que: não é possível limitar a carga de trabalho (um escritório de advocacia não pode limitar o número de clientes que o procura); a limitação da carga de trabalho pode resultar prejuízos (um banco não pode recusar a entrada de clientes em função do número de pessoas dentro da agencia, sob pena de perder esses clientes).

Aspectos gerenciais

Devemos estabelecer os tempos de operação de cada máquina, centro de trabalho ou, até mesmo, de grupos de trabalhadores, levando em consideração as interrupções naturais que ocorreram no processo. Esse aspecto é importante pelo fato de retratar a real capacidade de trabalho, evitando um superdimensionamento que não será cumprido, uma vez que as máquinas terão de sofrer pausas (como substituição de peças, tempo transcorrido entre a saída de uma carga de trabalho e a entrada da próxima ou, no caso de pessoas, as pausas naturais ocorridas durante o trabalho).

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