CONTRIBUIÇÃO DA ENGENHARIA MECÂNICA PARA O ANO INTERNACIONAL DAS LEGUMINOSAS (AIL) 2016
Por: Brunolage • 16/3/2019 • Artigo • 2.502 Palavras (11 Páginas) • 167 Visualizações
CONTRIBUIÇÃO DA ENGENHARIA MECÂNICA PARA O ANO INTERNACIONAL DAS LEGUMINOSAS (AIL) 2016
Resumo: O presente artigo trata-se do tema do Ano Internacional das Leguminosas (AIL), que aborda a importância das leguminosas na alimentação e os problemas enfrentados pelo agronegócio, assim como a engenharia mecânica contribui para a produção das leguminosas. Neste contexto, mostra como o avanço tecnológico e a utilização de maquinários acelera e beneficia a produção. As atividades agrícolas necessitam de mecanização para atender a demanda adequadamente. Mostra também as principais características e o funcionamento dessas máquinas. E, finalmente, são apresentadas algumas soluções sustentáveis para poupar o meio ambiente dos danos que essas tecnologias podem provocar, como por exemplo, a retirada de água do lençol freático através de energia solar e o uso de tratores movidos a biometano ou óleo de fritura.
Palavras chaves: Ano Internacional das Leguminosas. Leguminosas. Agronegócio. Engenharia Mecânica. Soluções sustentáveis.
Abstract: The present work This It is International Year of the Legumes (IYL), that addresses the importance of legumes in food and the problems faced by agribusiness, as well as the Mechanical Engineering contributes to the production of legumes. In this context, it shows how the technological advancement and the use of machinery speeds and production benefts. Agricultural activities require mechanization to meet the demand properly. Also shows how main features and run these machines. And, finally, some sustainable solutions are presented to save the environment from damage that these technologies can cause, for example, the removal of water from groundwater by solar energy and tractors of use powered by biomethane or oil frying.
Key words: International Year of Legumes. Legumes. Agribusiness. Mechanical Engineering. Sustainable Solutions.
1 INTRODUÇÃO: As leguminosas exercem um papel fundamental em nossas vidas, pois são excelentes fontes de proteínas, vitaminas do complexo B e sais minerais. Dentre os principais sais minerais podemos citar o Ferro, Zinco, Cálcio e o Fósforo. Pesquisas científicas apontam que o consumo diário ajuda a combater doenças como a obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2 e até mesmo alguns tipos de cânceres. As leguminosas são essenciais para a manutenção de nossas vidas. Descrever todos os seus benefícios seria algo prolixo, apontando assim uma demasiada diversidade de nutrientes e benefícios.
O feijão é uma das leguminosas mais consumidas no Brasil, é o prato tradicional brasileiro. Ele é um dos alimentos mais ricos em ferro, evitando a anemia ferropriva. Recentemente tivemos uma alta do preço do feijão em nosso país (um aumento de cerca de 58%). A alta do preço ocorreu por fator climático. A questão é como a engenharia e as tecnologias podem ser aplicadas para otimizar desde a produção até o transporte, evitando situações desagradáveis como essa e tornando fácil o acesso das leguminosas as nossas mesas.
Tais levantamentos e diversos desafios do agronegócio serão discutidos nesse presente artigo.
2 PROBLEMAS ENFRENTADOS PELO AGRONEGÓCIO:
Terras não aproveitadas: somente 8,2% das terras brasileiras são cultivadas. 46,4% são utilizadas para a pecuária, que é um número alto e desnecessário, pois o gado não necessita de tantas terras. As matas ocupam 24,1% e 14,8% de terras incultas.
Financiamento: a dificuldade do crédito rural e os juros elevados dificultam o investimento do produtor em tecnologia, diminuindo a produção.
Escoamento da produção: a infraestrutura precária das rodovias e a falta de investimentos em ferrovia e hidrovias, aumentam o tempo de viagem do produto. Tal situação é agravada com a capacidade de estocar grãos. O Brasil tem a capacidade para estocar 125 milhões de toneladas de grãos, sendo que o ideal seria armazenar até o dobro da produção agrícola nacional.
Meio ambiente: a produção de leguminosas, principalmente em áreas de cerrado, aumenta o desmatamento, acompanhado da aplicação de corretivos no solo, sementes selecionadas e mecanização pesada, gerando grandes danos ao solo, à biodiversidade de animais e plantas e produz alteração do clima na região.
Capacitação profissional: a tecnologia de ponta é a realidade no campo. A mão de obra no campo é cada vez mais escassa e faltam pessoas qualificadas para manipular as novas tecnologias do setor.
Biotecnologia: os alimentos transgênicos são modificados geneticamente em laboratórios, onde o material genético de uma espécie é introduzido em outro, utilizando a Engenharia Genética. Os benefícios dessa técnica são: o desenvolvimento de plantas com características desejáveis, o armazenamento por um longo tempo, alteração do valor nutricional e maior produção agrícola. Essa técnica também tem seus malefícios que são: a resistência á agrotóxicos, antibióticos e a outras espécies, perda de biodiversidade (acarretando um desequilíbrio na cadeia alimentar), desconhecimento dos males a saúde humana (muitos estudos indicam que os alimentos transgênicos acarretam cânceres), etc.
Agrotóxicos: são substâncias utilizadas para controlar insetos, doenças ou plantas daninhas. O mau uso dos agrotóxicos acarreta diversos malefícios à saúde humana e ao meio ambiente. Lei 7.802, em 11 de julho de 1989, regulamentada pelo Decreto 4.074, de 04 de janeiro de 2002: a classificação dos produtos agrotóxicos é apresentada no parágrafo único do art. 2º, sendo classificados de acordo com a toxicidade em: I- extremamente tóxico (faixa vermelha); classe II - altamente tóxica (faixa amarela); classe III - medianamente tóxica (faixa azul) e classe IV - pouco tóxica (faixa verde). A Portaria Normativa IBAMA N° 84, de 15 de outubro de 1996, no seu Art. 3° classifica os agrotóxicos quanto ao potencial de periculosidade ambiental baseando nos parâmetros bioacumulação, persistência, transporte, toxicidade a diversos organismos, potencial mutagênico, teratogênico, carcinogênico, obedecendo a seguinte graduado: Classe I (Produto Altamente Perigoso), Classe II (Produto Muito Perigoso), Classe III (Produto Perigoso) e Classe IV (Produto Pouco Perigoso).
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