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Capacidade de carga sapatas

Por:   •  20/3/2016  •  Seminário  •  833 Palavras (4 Páginas)  •  646 Visualizações

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Capacidade de Carga

Capacidade de carga de um elemento de fundação é a tensão que provoca a ruptura do maciço de solo em que a mesma está embutida ou apoiada. Na literatura geotécnica tem havido predominância pela expressão capacidade de carga, mas outros são usados, como: capacidade de suporte, carga de ruptura, carga última, capacidade de carga na ruptura etc. São utilizados símbolos, como: Pr, PR, Pu, Qu, Pult, Qult etc.

Para a determinação da carga de ruptura de uma fundação, pode-se utilizar além da prova de carga:

  1. Métodos Teóricos: Teoria de Terzaghi etc (fundações rasas).
  2. Métodos Empíricos: Correlações com NSPT, CPT etc (fundações rasas e tubulões).
  3. Métodos Semi-empíricos: Aoki/Veloso, Decourt/Quaresma, Teixeira etc (fundações profundas).
  1. Teoria de Terzaghi

Karl Terzaghi, o pai da Mecânica dos Solos, foi pioneiro no desenvolvimento de uma teoria de capacidade de carga de um sistema sapata-solo. Em seu livro de 1943, considera 03 hipóteses para desenvolver sua equação:

  1. “L” é bem maior do que “B” (5B ≤ L), sistema bidimensional.
  2. A profundidade de embutimento é inferior à largura (h ≤ B), o que permite desprezar a resistência ao cisalhamento, considerando somente uma sobrecarga q = γn x h.
  3. O solo sob a base da sapata é rígida (pouco deformável) caracterizando o caso de ruptura geral.

                   [pic 1]

                 

                 σr = c.Nc.Sc  +  γ.B.Nγ.Sγ + q.Nq.Sq [pic 2]

Onde:

C = coesão do solo ( [pic 3]

γ = peso específico natural do solo onde se apoia a fundação

B = menor largura da sapata

q = tensão efetiva do solo na cota de apoio da fundação

Nc; Nγ e Nq = fatores de carga (função do ângulo de atrito interno do solo – Ф)

Sc; Sγ e Sq = fatores de forma

Fatores de forma:

[pic 4]

Fatores de capacidade de carga

[pic 5]

No gráfico representado acima, temos:

  • Linhas cheias: ruptura geral.
  • Linhas pontilhadas: ruptura local, nesse caso usa-se para a coesão (c)  da coesão real do solo.[pic 6]

Conhecido o valor de σr, a tensão admissível σs será dada por:

                                                  [pic 7]

Em que fs é o fator de segurança que, geralmente é adotado igual a 3. Quando não se dispõe de ensaios de laboratório em que constem c, Ф e γ podem-se estimar esses valores por meio das seguintes relações:

Coesão em solos argilosos

Argilas

SPT

Coesão (c) KPa

Muito mole

Menor que 2

Menor que 10

Mole

2 a 3

10 a 25

Média

4 a 8

25 a 50

Rija

9 a 15

50 a 100

Muito rija

16 a 30

100 a 200

Dura

Maior que 30

Maior que 200

              c = 10Nspt (kPa) (Terzaghi)

Ângulo de atrito em solos arenosos

Areias

Compacidade Relativa (CR)

SPT

Ângulo de atrito    (Ф)

Fofa

Menor que 0,2

Menor que 4

Menor que 30°

Pouco compacta

Maior que 0,2 a 0,4

4 a 10

30° a 35°

Mediamente compacta

Maior que 0,4 a 0,6

11 a 30

35° a 40°

Compacta

Maior que 0,6 a 0,8

31 a 50

40° a 45°

Muito compacta

Maior que 0,8

Maior que 50

Maior que 45°

...

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