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Caracterização dos Processos Morfodinâmicos e Impactos ambientais

Por:   •  19/5/2015  •  Relatório de pesquisa  •  3.118 Palavras (13 Páginas)  •  791 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA- UNEC[pic 1]

ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL – 7º PERÍODO

PROF.: KLEBER RODRIGUES


HIDROLOGIA APLICADA

- Caracterização dos Processos Morfodinâmicos  e Impactos ambientais -

GRUPO: Luana Xavier, Ludmar Paiva, Dalila Rodrigues, Maria Gabriela Lima, Marcelo Augusto, Luciana Rodrigues.

CARATINGA-MG

MAIO/2013

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA- UNEC[pic 2]

ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL – 7º PERÍODO

PROF.: KLEBER RODRIGUES


HIDROLOGIA APLICADA

- Caracterização dos Processos Morfodinâmicos  e Impactos ambientais -

Trabalho desenvolvido durante a aula de Hidrologia Aplicada

              no curso de Engenharia Ambiental.

CARATINGA

MAIO/2013

INTRODUÇÃO

Os processos morfogenéticos são os responsáveis pela esculturação das formas de relevo representando a ação da dinâmica externa sobre as vertentes. Esses processos não agem separadamente, mas em conjunto, no qual a composição qualitativa e a intensidade dos fatores respectivos são diferentes. Esses conjuntos de fatores responsáveis pela elaboração têm desenvolvimento diferente e sua eficácia é igualmente variada conforme o meio no qual agem. Eis a razão pela qual é possível distinguir os vários sistemas morfogenéticos e as regiões morfogenéticas. Os processos morfogenéticos constituem fenômenos de escala métrica ou desmétrica, e o seu estudo traz informações de ordem teórica e prática.

DESENVOLVIMENTO

Considerando os processos isoladamente podemos distinguir as seguintes categorias mais importantes na morgênese do modelo terrestre:

METEORIZAÇÃO OU INTEMPERISMO: É a responsável pela produção de detritos a serem erodidos constituindo etapa na formação do regolito; representam pré requisito necessário para movimentação de fragmentos rochosos ao longo das vertentes; pode-se distinguir entre meteorização química e bioquímica, responsável pela fragmentação das rochas.

[pic 3]

Fonte: meioambiente.culturamix.com/natureza/intemperismo-processo-fisico-e-quimico

No que tange a fragmentação rochosa, três processos assumem importância básica:

TERMOCLASTIA: Resulta das oscilações do calor entre o dia e a noite, ocasionando amplitudes altas de temperaturas. Essas elevadas amplitudes ocorrem mais comumente em ares desérticas, e a alternância sucessiva de dilatação e contração provoca a fragmentação rochosa. Ela é fenômeno lento e variável conforme as rochas e suas características (cor, polimento, textura e etc.).

[pic 4]

 Fonte: http://glosarios.servidor-alicante.com/geografia-fisica/termoclastia

CRIOCLASTIA: Resulta da alternância de gelo-degelo, sendo fenômeno comuns nas zonas periglaciárias. Nas superfícies horizontais o solo alternadamente gelado e degelado sofre uma mistura, intricamento dos materiais, cujo processo recebe o nome de crioturbação ou geliturbação.

[pic 5]

Fonte:

 http://glosarios.servidor-alicante.com/montanismo-y-senderismo/crioclastia

HALOCLASTIA: Resulta da cristalização e estufamento dos sais, podendo ocorrer nas zonas litorâneas e desérticas. Responsável pela fragmentação das rochas e os resultados são semelhantes aos da crioclastia. Os fragmentos intricam-se gerando o processo de haloturbação.

MOVIMENTO DO REGOLITO

 Corresponde a todos os movimentos gravitacionais que promovem a movimentação de partículas ou paredes do regolito pela encosta abaixo. A água exerce função importante no movimento do regolito por reduzir o coeficiente de fricção e aumentar o peso da massa intemperizada, preenchendo os espaços entre os poros. Dentre os diversos processos de regolito temos:

RASTEJAMENTO OU CREEP OU REPTAÇÃO: Corresponde ao deslocamento das partículas, promovendo movimentação lenta e imperceptível dos vários horizontes do solo. A velocidade do rastejamento é maior na superfície e gradualmente diminui com a profundidade, chegando a ser nula, tornando-se incapaz de desgastar ou causar abrasão nas rochas soterradas. Várias são as causas do rastejamento, podendo-se citar o pisoteio do gado, o crescimento de raízes e o escavamento de buracos pelos animais que podem gerar uma série de movimentos minúsculos às partículas terrosas. O rastejamento também é auxiliado pela presença da água, em sua forma líquida. A expansão provocada pelo congelamento ou pela umidificação faz com que a partícula se eleve em direção perpendicular a superfície, enquanto a contração relacionada com o degelo e desencadeamento faz com que a mesma se abaixe no sentido vertical e isso ocasiona uma movimentação das partículas para jusante. A velocidade do movimento é de poucos centímetros por ano perceptível em postes e muros.

SOLIFLUXÃO E FLUXOS DE LAMA: Corresponde aos movimentos coletivos do regolito quando este se encontra saturado de água podendo-se deslocar alguns centímetros por hora ou por dia. Ocorre quando a presença de uma camada impermeável do regolito impede a penetração da água impede a penetração de agua, provocando a contração e saturando a camada sobrejacente. Rompido o limite de fluidez (quantidade de água acima da qual o terreno se comporta como um líquido), há um fluir de uma parte do regolito pela vertente. Uma camada de argila ou uma camada rochosa do embasamento impermeável pode provocar a solifluxão, mas a melhor condição é exercida pela camada permanentemente gelada dos solos das regiões frias. É nas áreas periglaciarias que o processo é muito comum, pois durante o rápido degelo estival da superfície do solo há excesso de água saturando-o.  A fim de distinguir esse processo daquele que se verifica em todas as zonas, o mesmo foi designado como gelifluxão.Os fluxos de terra ou lama são movimentos do regolito muito similares à solifluxão. A diferença é que são mais rápidos e atingem áreas maiores. Os fluxos de terra são comuns onde a camada de argila esta soterrada por areia. A argila apesar de saturada de água, é estável, a não ser que seja perturbada por choque explosivo, terremoto ou carga artificial excessiva. Desde que as tênues ligações entre as partículas argilosa e as águas sejam rompidas, a massa liquefaz-se espontaneamente. Ocorrência desse fenômeno é comum nas regiões periglaciares e nas áreas afetadas por abalos sísmicos, como o acontecido no Alasca em 1964.

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