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OS PROCESSOS E OS IMPACTOS AMBIENTAIS DECORRENTES DO DESCARTE DE PNEUS INSERVÍVEIS.

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Por:   •  3/3/2015  •  6.524 Palavras (27 Páginas)  •  715 Visualizações

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OS PROCESSOS E OS IMPACTOS AMBIENTAIS DECORRENTES

DO DESCARTE DE PNEUS INSERVÍVEIS.

José Carlos Fernandes Gamarano

Alexandre alvarenga

Resumo

O aumento crescente de resíduos sólidos é uma grande preocupação na sociedade moderna. Entre estes resíduos, estão os pneus inservíveis que devido à significativa quantidade existente no mundo transformou-se em um sério problema ambiental. Sendo assim, com a necessidade de reduzir o passivo ambiental representado pelo estoque de pneus descartados que hoje existe, tornou-se inadiável um debate que crie soluções para minimizar os impactos ambientais e tecnologia para reaproveitar estes resíduos. A metodologia utilizada para este trabalho baseou-se em um levantamento bibliográfico sobre os problemas ambientais relacionados ao acúmulo e disposição inadequados de pneus inservíveis além de analisar os processos conhecidos de fabricação, reutilização e reciclagem desse material. Além de tentar identificar e entender a legislação em vigor que cobra responsabilidades quanto ao uso e o descarte correto dos pneus inservíveis. A disposição final dos pneus inservíveis no mundo não deve ser considerada uma tarefa a ser resolvida apenas pelo poder público, deve haver uma conscientização com o engajamento de toda população. Várias soluções são apresentadas, algumas até sendo empregadas com sucesso econômico, como o uso da matéria prima dos pneus, porém ainda são ações pontuais e muito pequenas, com relação à quantidade de pneus usados descartados anualmente no Brasil.

Palavra chave: Impactos Ambientais; Processos de Reutilização; Vida Útil; Legislação Pertinente.

1 INTRODUÇÃO

A sociedade moderna confronta-se com questões socioambientais que não mais permitem prorrogação em seu prazo de solução. O resíduo produzido pela humanidade ainda é um grande desafio a ser solucionado. Entre os problemas a serem resolvidos, indiscutivelmente a destinação final do lixo, especificamente neste caso, resíduos sólidos, pneus inservíveis ainda é um desafio.

O inevitável resíduo gerado pela sociedade altamente consumista necessita de correta destinação final. Afirmar que esta preocupação seja algo recente não corresponde com a verdade, pois desde a década de sessenta os padrões de consumo da sociedade capitalista e os impactos negativos, sobre a natureza vem sendo discutido. Historicamente desde esta década muitas alternativas vêm sendo estudadas, para os países se desenvolverem economicamente sem acentuar ainda mais a degradação do meio ambiente, no entanto apenas em 1972 houve o primeiro debate mundial sobre o tema com a Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) em Estocolmo.

Conforme Barbieri (1997), o que se verificou na Conferência de Estocolmo foi à explicitação de conflitos entre países desenvolvidos e os nãos desenvolvidos. Os primeiros, preocupados com a poluição industrial, a escassez de recursos energéticos, a decadência de suas cidades e outros problemas decorrentes dos seus processos de desenvolvimento; os segundos, com a pobreza e a possibilidade de se desenvolverem nos moldes que se conheciam até então.

O grande marco desta discussão em 1972 é que não seria mais possível continuar a produzir mundialmente bens e produtos sem pensar na degradação ambiental. O desenvolvimento econômico deve estar alinhado com a preservação da natureza, surge então, o conceito que alia crescimento econômico e meio ambiente, o chamado “eco desenvolvimento”. A determinação é que a natureza fosse tratada não mais como uma fonte inesgotável de recursos.

Desde então uma nova tendência vem se apresentando como forma ecologicamente correta de produzir, atitude que não dependeu e nem depende apenas da boa vontade das empresas em querer preservar a natureza. Alguns fatores que surgiram e começaram a vigorar no competitivo ambiente empresarial das últimas décadas, entre eles normas e legislação de proteção ambiental; fiscalização de órgãos governamentais; cobrança da sociedade civil organizada; e por fim, e não menos importante, a adequação diante das exigências do mercado.

Objetivo geral deste estudo é analisar os processos e os impactos ambientais causados pelo descarte dos resíduos sólidos que esta pesquisa se desenvolverá, tendo como foco principal a destinação final ambientalmente correta dos pneus inservíveis. Fazer uma análise de acordo com a literatura atual referente ao ciclo de vida dos pneus; Verificar as formas de reutilização dos pneus; e Analisar a legislação em vigor.

Este estudo justifica-se pelo fato de que a disposição final dos resíduos sólidos no mundo é uma questão preocupante, pois ela depende de um empenho muito grande por parte da sociedade para tentar solucioná-la, e não deve ser considerada uma tarefa a ser resolvida apenas pelo poder público, deve haver uma conscientização com o engajamento de toda população. Além disso, tentar inserir uma filosofia de reaproveitar; reciclar ou reusar o material que se tem em mãos, antes de descartá-lo totalmente no meio ambiente. Para isso seria necessário que a população os fabricantes e o poder público, trabalhassem na conscientização e diminuição da geração de resíduos sólidos, no entanto isso vai de encontro à busca incansável da produção de riqueza e do crescimento econômico perseguido pelos países desenvolvidos e em desenvolvimento. A partir de tal justificativa pode-se aqui utilizar como questão norteadora a seguinte questão: Quais os principais processos e os impactos ambientais decorrentes do descarte de pneus inservíveis?

A situação no Brasil não é diferente do que a observada em outros países, o que se percebe, que ainda há muito a ser feito em relação à deposição dos resíduos sólidos, que vão parar diariamente nos lixões, e muitas vezes são jogados e descartados de qualquer forma no meio ambiente. Entre os resíduos sólidos, encontrados no meio destes, o pneu velho que vem preocupando e muito ambientalistas, governos e sociedade.

O descarte final do pneu inservível traz sérios prejuízos à sociedade, seja na forma inadequada do descarte, no armazenamento, como depósito de água que pode ser foco para doenças como a dengue; ou a eliminação através de queima a céu aberto que contamina o solo e o ar, ou a criação

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